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O Arco E O Cesto

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Por:   •  20/6/2013  •  1.195 Palavras (5 Páginas)  •  1.376 Visualizações

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O arco e o cesto.

Segundo o autor, quando se fala de uma vida em tribo e afastada da civilização ocidental, esbarramos em leis passadas de pai para filho e validadas ao longo dos tempos. Há uma necessidade de não sair da tradição ou quebrá-la. Para a sociedade Guaiaqui, o importante é que cada um tenha em mente o seu papel e função a serem exercidos.

O capítulo “O arco e o cesto” desse livro tem o nome dos mais importantes objetos ou símbolos da tribo, que interfere nas existências e define os papéis dos caçadores ou coletores, respectivamente para homens e mulheres. Como regra não é permitido a troca de papéis e cada um cuida de sua habilidade no que diz respeito à área de sua competência, não sendo admitidas opiniões externas. Porém, se um homem tocar um cesto ou se uma mulher tocar o arco, o homem se sente amaldiçoado, perdendo o status de caçador colocando em risco sua vida e de sua família, uma vez que a caça é a principal fonte de sobrevivência da tribo e da família do caçador. Curiosa a citação do convívio dos Guaiakis. Uma relação estável baseada nas diferenças, essencialmente sexuais, reforçadas através de signos materiais e recitativos poéticos. Especialmente no que diz respeito, se seus membros estão ou não verdadeiramente contentes com seu modo de viver, isto é, um caso a parte para ser observado. No que diz respeito a tribo, o que é mais curioso ainda, é que essa tribo vive consideravelmente bem, mesmo não tendo se desenvolvido tecnologicamente como a nossa sociedade

Irônico, pois a tecnologia ao invés de encurtar distâncias e facilitar o trabalho do ser humano para que o mesmo tivesse tempo livre para o convívio social, muitas vezes se torna um caminho para o isolamento. Um bom exemplo é o computador. Existem pessoas que vivem em função do computador, mas não se sentem confortáveis diante de outras pessoas. O computador acaba tornando-se o único sentido da vida dessa pessoa, se “essa máquina lhe for tirada, seria como se não houvesse mais sentido para viver, pois lhe restariam apenas as pessoas’’. (autor anônimo).

A falha da nossa sociedade é a preocupação com interesses próprios ao invés dos interesses conjuntos e em consequência disso, surgem os inúmeros problemas sociais que geram inúmeros debates e discussões quando a solução é simples, entretanto, atualmente complexa de ser executada.

Dentre os vários pontos observados pelo autor, um chama a atenção que é a relação do caçador com a caça. O melhor caçador não é o que mais acumula, mas o de mais habilidade, já que sobrevive da caça do outro, ou seja, cada um caça para a tribo e não pode comer de sua própria captura. Se assim o fizer, será amaldiçoado pela “pané” (maldição), o que é uma vergonha, uma desonra uma mudança de sexo para a comunidade, vindo a se tornar um pária, portanto, exposto à morte.Ocorre também que em relação aos sentimentos que um caçador experimenta na sua atividade solitária e quase egoísta, não deve interferir no desejo de fracasso do outro, já que corre o risco de passar fome.

Sociedade pode ser brevemente definida como vida em grupo sustentável. Será que vivemos realmente em sociedade ou o modelo indígena é bem mais consistente do que o nosso? Creio que a tribo Guaiaki possui uma ótima estrutura social, apesar das mulheres ainda serem destinadas ao trabalho doméstico, com papéis e obrigações bem definidos, justamente pela necessidade de união proporcionada pelas suas regras. É exatamente essa necessidade de viver em grupo que fortalece a estrutura social da tribo e os difere da nossa sociedade dita "civilizada". Enquanto os índios cooperam entre si, nós promovemos disputas e competições para nos sobressairmos socialmente. Creio também que um fator contribuinte para nos tornarmos mais individuais tenha sido o’’ avanço tecnológico’’

Conclui-se que, o modelo Guaiaki é um estilo de sociedade que não daria certo no mundo de hoje tendo em vista que a divisão de tarefas baseada na tradição e no sexo, não subsiste numa sociedade globalizada de hoje, onde todos buscam oportunidades iguais, sem discriminar o sexo ou preferências sexuais e sem induzir as pessoas a fazerem opções sexuais baseadas em suas competências como no caso dos índios, que não eram exímios arqueiros e por isso, eram expostos ao ridículo e sua masculinidade era desprezada por todos da tribo. Nos tempos de hoje pode-se até

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