Princípios Físicos E Matemáticos Para A Construção De Um Arco
Artigos Científicos: Princípios Físicos E Matemáticos Para A Construção De Um Arco. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: andermarcelo • 30/3/2014 • 796 Palavras (4 Páginas) • 349 Visualizações
O uso do arco surge com as civilizações da Antiguidade embora o Antigo Egito, a Babilónia, a Grécia Antiga e a Assíria o tenham restrito a construções no subsolo, nomeadamente em estruturas de drenagem e abóbadas. Por outro lado a sua arquitetura exterior é, sobretudo caracterizada por uma tipologia onde se conjuga o uso da coluna com a viga horizontal. Assim, pela necessidade de minorar o impulso vertical sobre os lenteis de pedra, propaga-se o uso de colunas sucessivas de colocação próxima e que têm como função suportar a tal carga. Das diversas aplicações que um arco pode ter, observa-se principalmente a sua utilização em portas, janelas, pontes, aquedutos, como elementos de composição tridimensional de abóbadas e até em paredes de retenção ou barragens (onde a pressão se efetua horizontalmente). Também em formações geológicas naturais se podem encontrar arcos como resultados da erosão. Mas além da sua função prática de distribuição da carga o arco possui também uma forte componente decorativa permitindo uma grande variedade formal. É neste sentido estético que o arco se torna um elemento útil à identificação e classificação dos diversos movimentos artísticos na arquitetura.
Conhecendo os componentes do arco nos facilita a entender o processo de construção e montagem.
Os oitos componentes a seguir são:
1. Chave: Bloco superior ou aduela de topo que “fecha” ou trava a estrutura e pode ser decorada. Também designa o ponto de fecho de uma abóbada onde os arcos que a compõem se cruzam geralmente em forma estilizada de flor.
2. Aduela: Bloco em cunha que compõe a zona curva do arco e é colocada em sentido radial com a face côncava para o interior e a convexa para o exterior.
3. Extradorso: Face exterior e convexa do arco.
4. Imposta: Bloco superior do pilar que separa o pé-direito do bloco de onde começa a curva, a aduela de arranque. É sobre a imposta que assenta esta primeira aduela que tem pelo menos um dos lados (junta) horizontal.
5. Intradorso: Face interior e côncava do arco.
6. Flecha: Dimensão que se prolonga desde a linha de arranque (delimitada pela imposta e pela aduela de arranque) até à face interior da chave. Esta área pode ser tapada dando lugar a um tímpano.
7. Luz: Vão, largura do arco, geralmente maior que a sua profundidade. A relação entre a flecha e a luz é geralmente traduzida numa fração (ex: 1/2, 1/3, etc.)
8. Contraforte: Muro que suporta a impulsão do arco. Caso não exista uma parede esta impulsão pode ser recolhida por outro arco lateral e assim sucessivamente (arcada).
A figura a seguir indica onde cada componente se situa:
Seja uma circunferência de centro O sobre a qual tomamos dois pontos distintos, A e B. A seguir, ainda sobre a circunferência, tomemos um terceiro ponto M, distinto dos anteriores. A circunferência fica dividida em duas partes, cada uma das quais é um arco de circunferência:
* Arco de circunferência AMB, e
* Arco de circunferência AM'B.
A e B são as extremidades do arco.
É importante lembrar que:
A cada arco tomado corresponde um ângulo central
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