O Desemprego e Suicídio
Por: Luiz Rogério Filho • 12/9/2018 • Ensaio • 907 Palavras (4 Páginas) • 125 Visualizações
Desemprego e suicídio
O suicídio é um ato intencional de tirar a própria vida. Os fatores são os mais diversos, incluem transtornos mentais e/ou psicológicos como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia e abuso de drogas. Além de outros fatores, temos os causados por problemas financeiros de todo o tipo, e também o desemprego. A taxa de trabalhadores fora do mercado de trabalho chegou a 13,7% no primeiro trimestre de 2018. Uma taxa preocupante, são mais de 14 milhões de brasileiros desempregados. Uma pesquisa sobre empregabilidade divulgada pela Organização Mundial do Trabalho (OIT) indicava que, em 2018, de cada cinco novos desempregados no mundo, um é brasileiro.
É um efeito dominó. A instabilidade financeira acaba gerando uma instabilidade emocional.
“Os momentos de maior risco são os três primeiros meses. Depois disso, normalmente a pessoa se adapta, consegue uma solução, e a idéia de suicídio vai embora”, afirma a coordenadora da Comissão de Combate ao Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria, Alexandrina Meleiro em um artigo na internet.
Mas nem sempre é encontrada uma solução pelo individuo, muitas vezes esse individuo é o principal responsável de custear a vida de sua família, sem saber como resolver seus problemas financeiros e/ou o desemprego, acaba por tirar sua própria vida.
Uma analise de dados da Organização Mundial da Saúde. pesquisadores da Universidade de Zurique concluíram que de 233 mil mortes verificadas entre os anos 2000 e 2011 em 63 países, 45 mil estavam relacionadas a desemprego. Uma outra pesquisa feita pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo mostrou que 80% das pessoas que acumulam débitos sofrem de depressão e ansiedade.
"Vê-se que, na ausência de algo melhor, o suicídio é o último recurso contra os males da vida privada. Entre as causas do suicídio, contei muito freqüentemente a exoneração de funcionários, a recusa de trabalho, a súbita queda dos salários, em conseqüência de que as famílias não obtinham os meios necessários para viver, tanto mais que a maioria delas ganha apenas para comer." (MARX, SOBRE O SUICIDIO, p. 48).
O estado tem alguns programas de prevenção do suicídio pouco eficientes, além de serem escassos. O suicídio é sempre tratado pela opinião publica como um ato de fraqueza, fazem escárnios sobre o ato. Sendo assim, é complexo veicular campanhas que tratem do assunto, e quando veiculadas, por muitas vezes não atingem o publico alvo e são ignoradas pelo restante da sociedade. Se mesmo assim, a minoria que precisa consegue ser atingida, dificilmente consegue tratamento pelo aparato de saúde estatal, que mesmo tendo seus êxitos, não consegue atender os sujeitos em sua totalidade. Já que o estado se mostra falho em prevenir esse atentado a própria vida, conseguiria ele manter o individuo financeiramente com algum programa de renda? Já que o desemprego e a falta de renda é o principal fator pra acarretar nesse ato, algo poderia ser feito.
"Caiu num profundo desânimo e se matou. Em seu bolso, foram encontradas uma carta e informações sobre suas relações pessoais. Sua mulher era uma pobre costureira; suas duas filhas, de dezesseis e dezoito anos, trabalhavam com ela. Tarnau, nosso suicida, dizia nos papéis que deixou “que, não podendo mais ser útil a sua família, e sendo forçado a viver à custa de sua mulher e de seus filhos, achava que era sua obrigação privar-se da vida para aliviá-los dessa sobrecarga; ele recomendava suas filhas à duquesa de Angoulême; esperava, da bondade dessa princesa, que se tivesse piedade de tanta miséria”. Escrevi um boletim ao
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