O Homem De Vocação Política
Artigos Científicos: O Homem De Vocação Política. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: cristinatheresa • 16/1/2014 • 3.147 Palavras (13 Páginas) • 465 Visualizações
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 04
2. O QUE É POLÍTICA ........................................................................ 05
2.1 ONDE SURGE A DEMOCRACIA? ..................................... 07
2.2 A POLÍTICA BRASILEIRA ................................................. 08
3. CONCLUSÃO .................................................................................. 11
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 12
5. ANEXO ............................................................................................. 13
1. INTRODUÇÃO
Quando se fala em política, diversas são as opiniões das pessoas sobre este assunto. Muitos preferem dizer que não gostam, que não se envolvem, que política é coisa de gente que só quer se aproveitar, que nenhum político é honesto, que toda política é um negócio sujo.
O que acontece é que ninguém pensa a política como algo presente em nossas vidas independente de nossa vontade. Só se pensa na política como ação dos políticos. E ela vai muito além disso! Não é reduzida ao ato de votar.
O presente trabalho pretende trazer à tona esta análise do universo político, da Política como um todo e da vocação do homem para a política. O homem, naturalmente, é um ser competitivo e a partir destas relações surgem as nuances onde se revela a política.
A política é essencialmente humana. Isto, por si só, confirma que todo homem é um ser político por natureza, característica revelada na gama de estratégias que, desde a pré-história ele desenvolve para sobreviver e viver em sociedade.
2. O QUE É POLÍTICA
Não é fácil discutir política nos dias de hoje. Na verdade, nunca foi. Isto porque todos os assuntos relacionados à política acabam associados apenas a política partidária, a eleições, a políticos, desonestidade e corrupção.
Mas política vai muito além disso! Segundo Fayt (in ALBIAZZETTI & BARBOSA, 2009: 13):
Política é o conjunto de conhecimentos sistematizados referentes à organização e governo das comunidades humanas passadas e presentes, de suas instituições e das diversas doutrinas políticas que tem inspirado seu desenvolvimento, levando em conta as relações de poder estabelecidas entre seus membros.
Isto significa dizer, então, que no próprio relacionamento cotidiano, quando as pessoas desenvolvem atitudes para alcançar seus objetivos nas relações sociais, familiares, de trabalho, entre outras, está desenvolvendo política; uma política que consiste em aplicar na prática determinados princípios em benefício da sociedade.
O conceito de política, como conhecemos hoje, nasceu na cidade grega de Atenas e está intimamente ligado a idéia de liberdade. Portanto, o sentido da política é a liberdade, porque se baseia na pluralidade dos homens e mulheres na sociedade; a política deve organizar e regular o convívio das pessoas em comunidade. Nossa ação política está, de fato, presente em todos os momentos de nossa vida. E quando o assunto é política, fala-se em relações de poder entre os homens, em governos e em ética.
Para Aristóteles, a principal forma de exercitar o comportamento ético é através do diálogo. A discussão sobre ética vem de muito longe; remonta a antiguidade grega. Sempre se buscou produzir um conhecimento capaz de dar respostas exatas a todo e qualquer questionamento humano. Porém, mesmo dominada por conceitos e preceitos religiosos, a noção de ética até meados do século XVI continuava a corresponder a um padrão de comportamento universal aplicado a todas as circunstâncias. Nesse período, começaram algumas reflexões, e Santo Tomás de Aquino e Santo Agostinho, por exemplo, refletiram a respeito da atividade política como a realização de um governo ideal, desconectado de condicionantes, tornando viável, em última instância, uma vontade divina. Em outras palavras, até então o pensamento filosófico vinculava o comportamento do governante a um comportamento ético universal ordenado por Deus. Por isso, os filósofos se limitavam a pensar num governo ideal e não num governo real.
Após isso, Maquiavel produziu uma ruptura drástica com o pensamento político de sua época. Buscando inspiração no Renascimento, Maquiavel rompeu com a noção até então predominante de política como uma mera reprodução de um código de ética universal, e passou pensar a política, e mais propriamente a prática de governar, a partir de um código de conduta particular que pode ser sintetizado no conceito de razão de Estado. Ele atribuiu como causa da queda da República Romana a corrupção generalizada. Por conta disso, buscou produzir em sua obra, O Príncipe, conselhos práticos para que os governantes (príncipes) mantivessem seu poder público. Maquiavel descreve a política como ela é, e não como deveria ou poderia ser.
Muitas vezes, de fato, o ingresso na carreira política acaba por gerar um dilema para aquele que está começando neste caminho: ele deve seguir sua convicção pessoal ou tomar decisões impostas pelas circunstâncias? Este questionamento acontece porque as decisões dos políticos não podem ser tomadas tão livremente. Ao contrário, eles precisam levar em conta uma série de situações e condições que também afloram um juízo de valor pessoal. Porém, quem assume estas responsabilidades teria que ter também grandes qualidades morais e competência. Infelizmente, na prática, não é isso que acontece.
Neste contexto, a discussão sobre a ética na política acaba sempre por estar em evidência. Para Max Weber, quanto mais determinado político se envolve com a política, mais ele se afasta de suas convicções pessoais e daquele comportamento orientado pela circunstância. Ele estabeleceu, então, a configuração entre o que seria a Ética da Convicção e a Ética da Responsabilidade. A ética da convicção é, para Weber, o conjunto de normas e valores que
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