O Homen De Vocação Política
Dissertações: O Homen De Vocação Política. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: suelimelo • 10/6/2014 • 2.172 Palavras (9 Páginas) • 387 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
A elaboração do presente estudo visa estimular a reflexão sobre as atitudes do homem público (político) e os respectivos reflexos de suas ações nas concepções dos indivíduos.
Partindo de uma análise textual acerca da Ética da convicção e a Ética da responsabilidade e realizando uma análise ao vídeo “Sociologia Política”, discorrendo sobre a realidade brasileira, espera-se obter uma visão crítica e ampla, tendo em vista que política é um tema extraordinariamente amplo. Todavia, a política não pode ser entendida sob o prisma informal, uma vez que a vocação política se mantém como um aparato capaz de transformar toda uma sociedade.
Sendo assim, o objetivo maior deste trabalho é basicamente relacionar a política com a ética, buscando entender que estas estão interligadas e interdependentes, através de uma análise reflexiva com enfoque na ampliação do conceito e do entendimento de política, identificando principais pontos e contrapontos e como isso afeta a sociedade.
2 DESENVOLVIMENTO
A política é denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados. O termo tem origem no grego política, uma derivação de polis, que designa aquilo que é público.
Política ainda é o ato de governar, é o uso do poder para defender direitos de cidadanias. O nome “política” tem um significado muito importante e comprometedor para aqueles que o cumprem corretamente.
A política é a liberdade de se expressar e de ter uma opinião. Sua finalidade é manter a ordem pública, defesa do território nacional e o bem social da população.
O homem político deve ter acima de tudo vocação e ética para saber lidar com a política de forma que a população o aceite de maneira positiva. Coisa que se torna muito rara nos tempos de altas corrupções e politicagem. O homem de vocação política é aquele que faz suas atividades voltadas para o bem comum. Sua atuação pública é constante luta para conseguir meios de fazer a sua administração ser a melhor possível.
Para Aristóteles, a política era uma continuação da ética, só que aplicada à vida pública; o conceito grego da política, como esfera de realização do bem comum se tornou um conceito clássico e permanece até nossos dias, mesmo que seja como um ideal a ser alcançado.
Platão dizia que “o preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior”. São 03 (três) as qualidades que determinam o homem político: a paixão, o sentimento de responsabilidade e o senso de proporção. O líder político deve ser apaixonado, mas no sentido de trabalhar por uma causa, a natureza desta depende apenas “das convicções pessoais de cada um” como fins humanitários, nacionais, ou mesmo, a uma ideia.
O controle da política pelos partidos, significa simplesmente, o controle pelos grupos de interesse.
Quando se fala sobre política, automaticamente, nos reportamos à ética, contudo, sabemos que a ética está intrinsecamente ligada a política.
Neste sentido, ética é responsabilidade, autonomia e liberdade. E falar em ética é falar em liberdade. Para os gregos, a ética estava relacionada a política. A definição de ética está atrelada à concepção de que a nossa ação tem um fim a ser realizado, portanto, fundamenta-se em uma teoria de valores. Por isso, falar em ética é também falar em consciência moral, o que envolve julgamentos e conceitos de “certo” ou “errado, o justo e o injusto, o bem e o mal, e acaba por imprimir em nós uma capacidade ética, uma posição interna nascida no instante em que refletimos sobre nossa ação futura. É em Aristóteles que encontramos essa concepção.
Nossa experiência histórica tem mostrado que do abuso de poder emerge uma desordem ética, na qual se enraízam desigualdades e arbitrariedades no trato da pessoa humana, em que a liberdade dos mais fortes significa impor sua vontade aos mais fracos, sem dar-lhes escolhas. Ao longo da história tem-se travado uma luta constante para conter as possibilidades desse uso abusivo de poder. Isso implica, pois, a luta para instaurar a liberdade com igualdade, o respeito mútuo ao homem, com todas as suas múltiplas diferenças biológicas e culturais.
Entendemos que, se somos livres, todos nós estamos aptos a nos responsabilizar por nossa própria existência, posto que somos dotados de uma vontade individual que nos dá essa capacidade. Compreendemos também que liberdade é um valor precioso para a constituição da sociedade: cada um deve ser livre para possuir seus próprios valores e dispor de suas escolhas, expressar suas opiniões e definir seu modo de viver.
A liberdade deve estar associada e complementada pela igualdade. Sob essa ideia de que todo homem é livre e igual, se sustenta a noção de cidadania: todos são iguais diante da lei, devendo ter os mesmos direitos, deveres e oportunidades, merecendo igual tratamento e consideração. É a noção moderna de humanidade que foi transposta para o plano da política e do direito.
Para que, efetivamente, ocorra liberdade com igualdade, é necessário que o poder político seja limitado institucionalmente e regido por uma ética que assegure a proteção da dignidade humana. Foi sob essa matriz de pensamento que se instituíram os Direitos Humanos.
Com relação a Ética da convicção e a Ética da responsabilidade, é possível entendermos que a falta de ética e compromisso que envolve a maioria dos políticos brasileiros é assustadora. Isso vem acontecendo desde a antiguidade grega, quando filósofos como Sócrates, Platão, entre outros, já questionavam tal conhecimento em torno da época.
No pensamento de Weber ele descreve o seguinte: "a ética da convicção se refere às ações morais individuais, praticadas independentemente dos resultados a serem alcançados.
Já a ética de responsabilidade é a moral de grupo, das decisões tomadas pelo governante para o bem-estar geral, ainda que pareçam erradas aos olhos da moral individual.
Infelizmente, nosso país não tem se esmerado nem se destacado nisso. Pelo contrário, em recente pesquisa feita sobre quais instituições que mereceriam credibilidade no Brasil, os políticos ficaram em último lugar.
A cada escândalo que envolve figuras da política nacional e regional, não faltam vozes a clamar, com evidente razão, por mais ética na política. Essas contradições revelam quão complexa é a relação entre a ética, a moral, a política e o direito.
Um exemplo de uma política sem ética muito comentada no atual momento
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