O MÉTODO CARTOGRÁFICO
Por: Taiciclei Lopes • 15/11/2018 • Trabalho acadêmico • 388 Palavras (2 Páginas) • 234 Visualizações
A busca pelo melhor método ou o mais seguro fez com que eu me interessasse pela cartografia. O método está sendo bastante utilizado atualmente (não só na área da educação). A cartografia foi formulada por Gilles Deleuze e Félix Guattari.
Segundo Deleuze (2006.a) apud Oliveira (2012),
O objetivo cartográfico é a dissolução da forma e a instauração da velocidade. Primeiro, porque um objeto a ser cartografado não é, assim, algo fixo, um objeto de dado empírico, organizado e fechado segundo as exigências de representação. Ele é como alguma coisa que de estende sobre uma superfície, geográfico, geológico, e que pode tomar emprestado um grande número de modos de existir. O que temos são processos de (des)territorialização, que se fazem nas conexões entre fluxos heterogêneos, dos quais qualquer objeto e sues contornos são apenas uma resultante parcial que transborda por todos os lados. Pura lógica da multiplicidade na qual fragmentos e fluxos se articulam, sem horizonte de totalização. (P.284)
O que importa na cartografia é o que o objeto de pesquisa pode ter de atributos. “O/a cartógrafo/a entra em campo sem conhecer os alvos a serem perseguidos que surgirão de modo mais ou menos imprevisível, sem que se saiba nem de onde, nem muito bem para onde ou para quê.” (OLIVEIRA, 2012. P.292)
De acordo com Costa (2014), “a cartografia não tem um único modo de utilização, não busca estabelecer regras ou caminhos lineares para que se atinja um fim. O pesquisador-cartógrafo terá que inventar os seus na medida em que estabelece relações e passa a fazer parte do seu próprio território de pesquisa.” (p.71)
De acordo com Oliveira (2012),
Um método não é um caminho para saber sobre as coisas do mundo, mas um modo de pensamento que se desdobra acerca delas e que as toma como testemunhos de uma questão: a potência do pensamento. A cartografia é uma figura sinuosa, que se adapta aos acidentes doo terreno, uma figura de desvio, do rodeio, da divagação, da extravagância e da exploração. (…) como a cartografia desterritorializa, faz estranhar e potencializa os sistemas de pensamento da pesquisa. (P.282)
Uma vez que as identidades são construídas a partir das subjetividades que existe no indivíduo. Os corpos negros femininos tem a sua construção normalizada e são inseridas de maneira perversa em padrões culturais, que automaticamente invisibilizam a multiplicidade e a diversidade étnica e cultural.
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