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O Orçamento Empresarial .

Por:   •  4/4/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.513 Palavras (11 Páginas)  •  133 Visualizações

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UNIDADE 1: O processo de criação do conhecimento

1.1 A importância do conhecimento

1.2 A criação de conhecimento numa organização

1.3 Os modos de conversão do conhecimento

1.4 Condições promotoras da espiral do conhecimento

1.5 Fases do processo de criação do conhecimento

1.6 A transferência do conhecimento e a busca pela inovação

  1. A importância do conhecimento

O que é o conhecimento? O conhecimento é a fonte de poder de mais alta qualidade e a chave para a futura “mudança de poder”.

O poder econômico e de produção de uma empresa é mais bem representado pelas suas capacidades intelectuais do que pelos seus ativos imobilizados como terra, instalações e equipamentos.

Fatores intangíveis com base no conhecimento: know-how  tecnológico, apresentação de marketing, criatividade pessoal, compreensão do cliente, inovação.

O bem-estar dos indivíduos, organizações e países aumenta com a criação, difusão e utilização de conhecimento.

Os gestores intermediários não podem ser dispensados. Eles desempenham um papel-chave no processo de criação do conhecimento ao resumir o conhecimento tácito dos funcionários e dos gerentes seniores, tornando-o explícito e incorporando-o aos novos produtos e tecnologias.

O conhecimento sempre foi o recurso mais valioso para as organizações, mas só recentemente as empresas tornaram-se conscientes da importância desse recurso nas suas áreas de atuação.

Segundo ranking anual elaborado pela National Science Indicators (NSI), os países que mais produziram conhecimento em 2008 foram: Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Inglaterra e França, seguidos por Canadá, Itália, Espanha, Índia, Austrália e Coreia do Sul. O Brasil está em 13.0 lugar.

  1. A criação de conhecimento numa organização

Epistemologia é a reflexão geral em torno da natureza, etapas e limites do conhecimento humano. Os autores Nonaka e Takeuchy basearam sua teoria em duas dimensões do conhecimento: a epistemológica (tipos de conhecimento: conhecimento tácito e o conhecimento explícito) e a ontológica (níveis do conhecimento: indivíduo, grupo, organização e interorganização).

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Conhecimento implícito ou tácito: aquele não codificável, que não pode ser transmitido por documentos e que está presente no cérebro humano. Transferência oral ou por repetida observação das atividades e práticas.

Conhecimento explícito ou codificável: pode ser armazenado fora do cérebro humano (livros, computadores, CDs). Expresso em palavras, números, fórmulas e é facilmente comunicado e compartilhado.

CONHECIMENTO TÁCITO OU IMPLÍCITO

CONHECIMENTO EXPLÍCITO OU CODIFICÁVEL

-Está presente somente no cérebro humano.

-Não está ainda codificado em documentos escritos.

-Não pode ser transmitido de forma sistematizada, somente por meio de transmissão oral e observação de atividades práticas.

-É informal e não sistemático.

-Exemplos: o talento de um pintor ou escultor, a habilidade de um atleta.

-É aquele que sofreu um processo de migração do cérebro humano.

-Está codificado em documentos e mídias.

-Pode ser armazenado, comunicado e transmitido por meio de diferentes mídias.

-É formal e sistemático.

-Exemplos: procedimentos codificados, fórmulas científicas.

 

O conhecimento tácito é privado e só pode ser utilizado por quem o detém. Já o conhecimento explícito é público e pode ser utilizado por qualquer pessoa, sem ser consumido.

O sucesso na criação de conhecimento nas empresas resume-se à conversão (interação) do conhecimento tácito em conhecimento explícito. Não adianta ter um feeling para uma empresa, a não ser se possa convertê-lo em conhecimento explícito, permitindo, assim, que ele seja compartilhado com outras pessoas.

1.3 Os modos de conversão do conhecimento

Existem quatro modos de conversão entre conhecimento tácito e explícito: socialização, externalização, internalização, combinação.

- A socialização é o processo de compartilhamento de experiências, permitindo a interação entre conhecimentos tácitos. Desta forma, o conhecimento pode ser adquirido de outra pessoa através da observação, imitação ou prática, mesmo sem usar alguma linguagem. Exemplo: Aprendizado de um estagiário na interação com seu orientador numa empresa; amassar e enrolar o pão.

- O processo de externalização é a transformação ou articulação do conhecimento tácito em explícito, com migração do cérebro humano para documentos e mídias diversas, por meio de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos. Esse modo é visto no processo de criação de um conceito e, normalmente, é provocado pelo diálogo ou pela reflexão coletiva. Exemplo: Quando ouvimos ou lemos uma metáfora percebemos ou entendemos intuitivamente algo, imaginando outra coisa simbolicamente.

- A internalização é o processo inverso ao da externalização, de migração do conhecimento explícito para o cérebro humano, através de diversas metodologias e atividades de aprendizagem. É a incorporação do conhecimento explícito ao conhecimento tácito. É o “aprender fazendo”.  Exemplo: A leitura de manuais e documentação auxilia o indivíduo a internalizar conhecimento explícito, transformando-o em tácito.

- Combinação é o processo de interação entre conhecimentos explícitos para geração de novos conhecimentos. É a sistematização de conceitos por meio da combinação de conjuntos diferentes de conhecimentos explícitos. Exemplo:  A criação de conhecimento através da educação (escola, universidade) ou do treinamento formal.

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