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O Que é Cultura

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Por:   •  18/9/2013  •  1.799 Palavras (8 Páginas)  •  372 Visualizações

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1. A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA REALIDADE

1.1 Significado de Cultura

A cultura pode ser considerada como tudo que o homem, através da sua racionalidade e inteligência, consegue executar. Todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.

É necessário dar-se conta das peculiaridades e diferenças que se tornam cada vez mais complexas e diversificadas na sociedade humana, global e contemporânea buscando as particularidades dentro de um mesmo processo cultural. Somente o homem tem a capacidade de desenvolver culturas, distinguindo-se de outros seres como os vegetais e animais. Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a capacidade de permanecer quase intacta, e são passadas aos descendentes como uma memória coletiva, pois é um elemento social, impossível de se desenvolver individualmente. Os elementos culturais são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser, sentir, pensar e agir.

Não existem culturas superiores, nem inferiores, e sim diferentes, pois não compete à ciência julgar e emitir juízos de valor, porém, constatar como as coisas são e explicar como e porque elas ocorrem. Cada uma é uma realidade autônoma e só pode ser compreendida a partir de si mesma

1.2 Significado de Indivíduo

Émile Durkheim um dos fundadores da Sociologia Moderna enfatiza em “Consciência Coletiva e Fatos Sociais” que "A sociedade não é a simples soma de indivíduos, e sim um sistema formado pela associação, que representa uma realidade específica com suas características próprias". Para ele nada se pode produzir de coletivo, se consciências particulares não existirem; mas esta condição não é suficiente. É preciso ainda que as consciências estejam associadas e combinadas de certa maneira, e desta combinação resulta a vida social. Ele enfatiza que a ação social tem como referência a conduta dos outros, só havendo ação quando ela possui um significado atribuído pelos indivíduos e orientada pelas ações alheias. Por isso, nem toda ação humana é necessariamente social.

Citando o exemplo: O choque entre dois ciclistas é, em si, uma ocorrência semelhante a qualquer outro fenômeno natural, mas passa a ser ação social se existe alguma ação orientada no sentido de evitar o choque, portanto orientada pela ação do outro; algum desentendimento ou algum diálogo amistoso após o choque.

A ação social não é apenas expressa através de comportamento externamente observável, mas também pode ser pela simples omissão ou permissão.

1.3 Significado de Sociedade

Toda sociedade compreende um sistema de status ou posição que ocupa. Max Weber um dos criadores da Sociologia enfatiza que “Poder significa a possibilidade de impor a própria vontade em uma relação social, mesmo contra toda resistência“, refletindo através de status que é a localização do indivíduo na hierarquia social, de acordo com sua participação na distribuição da riqueza, do prestígio e do poder.

Status Adquirido: são posições ocupadas por escolha pessoal; Status Atribuído: são posições ocupadas independentemente da vontade dos indivíduos; Status Específico: é a denominação para cada uma das posições que o indivíduo ocupa simultaneamente; Status Principal: é aquele que dá mais prestígio, poder e riqueza ao indivíduo, em dado momento de sua existência, tende a ser uma ocupação profissional.

A sociedade é uma realidade que está em constante mudança. Algumas transformam - se com grande rapidez. Outras mudam vagarosamente. De qualquer forma, todas estão sempre se transformando. Ela compreende os seguintes fatores: Sociais e Culturais

Análise da vida cotidiana

Para compreender e analisar a vida cotidiana é preciso entender que a mesma apresenta-se como uma realidade interpretada pelos homens e subjetivamente dotada de sentido na medida em que forma um mundo coerente para eles. Origina-se no pensamento e na ação dos homens, sendo afirmado como real para eles.

A realidade está organizada em torno do aqui do meu corpo e do agora do meu presente. A vida diária porem, não se esgota nessas presenças imediatas, mas abraça fenômenos que não estão presentes. Isto quer dizer que a vida cotidiana é experimentada em diferentes graus de aproximação e distancia espacial e temporalmente. A mais próxima é a zona que está diretamente acessível à manipulação corporal. Esta contém o mundo para que seja modificado à sua realidade. Nesse mundo a consciência é dominada pelo motivo pragmático isto é, pelo que já se fez, está fazendo ou se planeja fazer.

Citando o exemplo do mundo de um mecânico que não deveria importar-se com o que se passa nos laboratórios de provas da Indústria Automobilística em Detroit já que dificilmente estaria presente nesse local, mas o trabalho efetuado lá poderá eventualmente afetar a sua vida cotidiana.

O tempo na realidade diária é continuo e finito, já existia e vai continuar a existir. O conhecimento da morte faz o individuo dispor de certo tempo para a realização de seus projetos e o conhecimento deste fato afeta a sua atitude conscientizando-o da urgência da concretização dos mesmos, o que acaba refletindo em todos os aspectos de sua vida cotidiana.

2. A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO

Na década de 70, falar sobre a ingenuidade da classe operaria não é uma novidade sendo comparado a todos os direitos que a classe possui nos dias atuais, porém no filme “A classe dos trabalhadores vai ao paraíso”, o qual nos mostra luta de Lulu, um metalúrgico que perde o dedo. Lulu protagoniza apenas e somente um pequeno episódio de luta sindical. Mas esse episódio vem a ser uma preciosa fonte de ensinamentos sobre o papel da classe operária na história universal da luta de classes.

Com isso podemos destacar alguns pontos fortes que extraímos do filme:

O homem se aliena dos resultados do seu trabalho, dos objetos sob a forma de mercadoria, da materialidade circundante em geral. O operário Lulu Massa se encontra em sua casa cercado de objetos sem utilidade e sem valor, que depois de adquiridos não podem ser consumidos nem sequer revendidos. Na civilização burguesa é mais importante conservar os objetos do que satisfazer os seres humanos.

O homem se auto-aliena no processo de trabalho.

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