O Serviço Social E Seu Desenvolvimento No Brasil
Artigo: O Serviço Social E Seu Desenvolvimento No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AMLA • 12/5/2014 • 1.750 Palavras (7 Páginas) • 535 Visualizações
O SERVIÇO SOCIAL E O SEU DESENVOLVIMENTO NO BRASIL
Trabalho apresentado ao Curso de graduação em Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de: Filosofia,Fundamentos Históricos, teóricos e Metodológicos do Serviço Social ll,Psicologia Social e Sociologia.
Profs: Márcia Bastos Almeida
Adarli Rosana Moreira Goes
Lisnéa Rampazzo
Sérgio de Goes Barbosa
Natal
2011
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO......................................................................................4
3 CONCLUSÃO...................................................................................................6
4 AVALIAÇÃO CRÍTICA ....................................................................................7
5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.....................................................................8
O serviço Social e o Seu desenvolvimento no Brasil
1 INTRODUÇÃO
A Trajetória do Serviço Social no Brasil, texto extraído do livro Legitimidade Popular e o Poder Público, 1988, de Raquel Raichelis, professora, graduada em serviço social pela pontifícia universidade católica, PUCSP, mestre e também doutora por esta mesma universidade, em seu segundo capítulo trata de fazer uma análise do serviço social ao longo de sua história. Relata suas raízes fundamentadas sobre o viés da caridade assistencialista da igreja católica; sua institucionalização mediante o papel político da igreja frente á questão social; o papel do Estado neste contexto e, principalmente a relação antagônica entre as classes sociais burguesas e proletárias como também as mudanças decorrentes dos aspectos políticos, históricos, econômicos e sociais que nortearam a profissão nesta trajetória.
2 DESENVOLVIMENTO
Nesta análise a autora enfatiza o papel da igreja católica na profissão do serviço social, como instituição que deu base para o surgimento da mesma na década de 30; como a responsável pelo surgimento das primeiras escolas através e seus movimentos leigos, formados por grupos majoritariamente femininos da burguesia aristocrata agrária da época e ainda pela sua institucionalização diante do posicionamento político frente à questão social. texto relata a questão social como uma consequência da intensificação do processo industrial e para enfrentamento dessa questão a igreja implementava projetos políticos corporativistas com o auxílio do assistente social que de forma assistencialista mediava na relação da instituição com a população. A igreja, porém, tinha um objetivo enquadrar a população à ordem burguesa buscando para isso influências do aparelho do Estado para intervir na vida das famílias operarias. Essas ações eram marcadas pelo conservadorismo inspirado em corrente de pensamentos europeus. Neste período há consolidação da igreja com o Estado o qual só reconheceu a questão social mediante reivindicações da classe operária e uma possível ameaça à ordem burguesa. Essa consolidação formou uma aliança corporativista cristã pregando a “harmonia entre as classes”, porém tendo como perspectiva abolir a luta das mesmas.
A autora destaca as Leis Sociais implementadas no governo Vargas, consideradas a própria origem do serviço social e também uma articulação entre a sociedade e o Estado para consolidação da ordem vigente. Neste contexto o serviço social é tido como uma profissão a serviço da burguesia, mas, no entanto, tendo como alvo a classe trabalhadora. Destaca também os problemas enfrentados pela profissão como a dificuldade de rompimento com sua origem assistencialista e a incorporação de novos instrumentos metodológicos que eram necessários diante dos novos campos de trabalho que surgiam. A década de 40 marcou esses novos campos em virtude do aprofundamento do capitalismo no Brasil, do término da segunda guerra e do fluxo migratório da zona rural que necessitavam serem incorporados ao mercado de trabalho urbano industrial. Período esse marcado por grande exploração da força de trabalho e falta de cumprimento das leis trabalhistas pelo Estado, o qual visava apenas o enquadramento do operariado à reprodução da força de trabalho. Várias foram as ideologias difundidas neste período entre elas a do empresariado que pregavam a colaboração e a harmonia entre as classes, apregoado pelo um novo “espírito social” como fruto dessas ideologias foram criadas instituições como mecanismos assistencialista e educativos, para atender às necessidades sociais bém como para qualificação e aperfeiçoamentos técnicos profissionais. As instituições criadas foram: SESI, SESC, SENAI, LBA entre outras. O serviço social a nível dessas instituições desempenhava o papel de instrumento da ordem dominante vigente. Domínio esse que Raichelis destaca nas palavras de(Ianomoto e Carvalho,1982:40) quando afirmam:
Que a interiorização e aceitação da dominação como forma de manutenção é a reprodução da mesma.
No entanto, a autora não deixou de citar a importância dessas instituições para a profissão que a levou a uma nova postura frente a questão social, ao surgimento de novos campos profissionais, e a implementação de novos métodos profissionais, o modelo norte-americano.
Dando continuidade ao capítulo a autora vem apresentar a base da legitimidade do exercício profissional com uma maior expansão da profissão,
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