O Serviço Social Na Contemporaneidade
Trabalho Escolar: O Serviço Social Na Contemporaneidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: coxi • 15/6/2014 • 1.545 Palavras (7 Páginas) • 227 Visualizações
“O Serviço Social na Contemporaneidade”
A autora faz uma análise dos tempos atuais, demonstrando que dentro desse contexto de desempregos, de luta pela sobrevivência, os assistentes sociais precisam enfrentar os diversos desafios com coragem e persistência, alimentando e concretizando seus sonhos passo a passo, na busca de tempos mais justos e mais humanos.
Essa época de globalização mundial com a supremacia do capital financeiro vai gerar um maior desenvolvimento das forças produtivas do trabalho social, do desenvolvimento da ciência, da tecnologia e dos meios de comunicação, causando ao mesmo tempo uma diminuição na demanda de trabalho e um aumento na exclusão social de homens, jovens, mulheres e crianças. Em um primeiro momento o texto irá tratar do contexto em que a questão social é produzida e das repercussões do mercado de trabalho do assistente social. Em um segundo momento irá procurar recuperar alguns dos recursos teóricos para explicar o processo de trabalho em que o assistente social se insere. Sintonizando o Serviço Social com os novos tempos
Neste capítulo a autora vai explicitar os pressupostos para uma análise da profissão nos dias de hoje. No primeiro pressuposto ela coloca que devemos sair da redoma de vidro que aprisiona os assistentes sociais numa visão de dentro pra dentro do serviço social para que possamos decifrar a realidade e construir novas propostas criativas de trabalho, buscando ser um profissional que apresenta propostas e não simplesmente as executa. O assistente social hoje irá formular e participar das políticas públicas, bem com irá atuar na gestão das políticas sociais. Vale ressaltar que o assistente social deve também evitar o fatalismo histórico, onde a realidade já estaria definida na historia, o que acaba trazendo uma acomodação e mediocridade à profissão. Outro aspecto que devemos evitar é o messianismo profissional que mostra o serviço social como o responsável pelas mudanças sociais. O segundo pressuposto irá mostrar o serviço social como um tipo de trabalho na sociedade, uma especialização de trabalho, uma profissão particular inscrita na divisão social e técnica do trabalho coletivo da sociedade. Somos trabalhadores assalariados que participam da produção e redistribuição da riqueza social através das políticas publicas. O terceiro pressuposto fala que tratar o serviço social como trabalho supõe privilegiar a produção e a reprodução da vida social, como determinantes na constituição da materialidade e da subjetividade das classes que vivem do trabalho. Este pressuposto lembra também a visão de Marx e Engels, que o homem precisa estar em condições de viver para fazer história. É necessário, portanto a produção de meios (trabalho) para satisfazer essas necessidades, e é através do trabalho que as relações sociais vão se estabelecer, relações estas que envolvem poder, luta de classes e segmentos sociais. Podemos então concluir que o serviço social é considerado como uma especialização do trabalho e a atuação do assistente social é a demonstração de seu trabalho que está inserido no âmbito de produção e reprodução das relações sociais.
A autora estabelece a relação que o Serviço Social tem com a questão social, afirmando que aquele tem a base de sua fundação como especialização do trabalho nesta, sendo esta o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista. Sendo assim, os assistentes sociais trabalham com essa desigualdade que também produz a rebeldia e a resistência dos que sofrem com elas. Por isso, então, esses profissionais precisam decifrar as novas mediações por meio das quais se expressa à questão social para que possam apreender as várias expressões que assumem na atualidade as desigualdades sociais e possam, além disso, forjar formas de resistência e de defesa da vida.
Outro aspecto tratado é o cenário que se insere o Serviço Social hoje, as novas bases de produção da questão social. É necessário, repensar essa questão, e a autora faz isso através de uma apresentação da economia após a segunda guerra mundial até a atual revolução industrial que trouxeram mudanças geradoras da raiz de uma nova pobreza de amplos segmentos da população devido às radicais transformações tecnológicas envolver uma ampla expulsão da população trabalhadora de seus pontos de trabalho.
Com essa Revolução Industrial, outros países se fortaleceram e mudanças no modo de produção ocorreram. As propostas neoliberais obtiveram êxito para o Estado, porque com esse sistema a responsabilidade de “se dar bem” no mercado vai para cada pessoa, mas para a grande parte da população não houve progresso com essas mudanças, pois o desemprego e as desigualdades sociais aumentaram.
Como no Neoliberalismo o próprio mercado é o regulador das relações econômicas, as iniciativas privadas aumentam e o Estado fica submetido aos interesses daqueles que dominam, ou seja, dos que tem dinheiro. Assim, no âmbito da prestação dos serviços sociais públicos prevalecem o interesse da iniciativa privada e a ação do Estado é reduzida. Nesse cenário, o Estado se importa com os ricos e o dinheiro público acaba sendo canalizado para outros fins, que não são os serviços sociais públicos.
Na sociedade brasileira, que é marcada pelas relações de troca e favor, isso não foi algo surpreendente ou escandalizador, era apenas mais um momento no qual prevaleceriam os interesses do grupo minoritário poderoso enquanto as necessidades (direitos) do grupo majoritário eram esquecidas. Assim, o discurso neoliberal continuou conservando as desigualdades sociais. E essas desigualdades fazem da questão social um fato tanto antigo quanto atual.
Analisando esse contexto, percebe-se a necessidade de um assistente social que esteja atento às realidades do nosso país, para que este possa entender e identificar as expressões próprias da questão social aqui. Como o profissional está no meio dessas relações
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