O Serviço Social Na Contemporaneidade
Relatório de pesquisa: O Serviço Social Na Contemporaneidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Valdenice de oliveira • 16/9/2014 • Relatório de pesquisa • 3.069 Palavras (13 Páginas) • 391 Visualizações
O Serviço Social na Contemporaneidade
Não é todo mundo que tem tempo para ler todas as obras indicadas pelos professores, na íntegra.
Eis um resumo de uma das "bíblias" do Serviço Social, que pode ser encontrado na internet, no site http://www.oboulo.com/ , sem autoria mencionada:
O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional (autora: Marilda V. Iamamoto)
Introdução
Na introdução do livro a autora irá fazer uma análise dos tempos atuais, focalizando o serviço social dentro deste contexto. Num primeiro ângulo demonstrando que há um momento de desafios, onde não há facilidades, porém não podemos deixar de lutar por nossos sonhos.
“(...)os assistentes sociais são desafiados neste tempo de divisas, de gente cortada em suas possibilidades de trabalho e de obter seus meios de sobrevivência, ameaçada na própria vida”(p.18).
Estamos na era do grande capital financeiro, onde cresce o desemprego. Mais uma vez este tempo traz como desafio ao assistente social a luta dos trabalhadores por sobrevivência, estando cada vez mais difícil um trabalho estável. Aumenta ainda, contudo, a exclusão social de jovens, mulheres e crianças.
A primeira parte do texto irá cuidar das repercussões do mercado de trabalho do assistente social
Já na segunda irá tratar de recuperar alguns dos recursos teóricos para explicar o processo de trabalho em que se insere o assistente.
Sintonizando o Serviço Social com os novos tempos
Neste tópico Iamamoto, irá explicitar os pressupostos para uma análise da profissão nos dias de hoje.
O primeiro pressuposto diz que “devemos romper com a visão endógena, focalista, uma viso de dentro do Serviço Social, prisioneira em seus muros internos”(p.20).
Pois o assistente social hoje irá formular e participar das políticas publicas, bem com irá atuar na gestão das políticas sociais.
Iremos ser o profissional que irá romper com a rotina institucional e buscamos aprender o movimento das realidades para detectar tendências e possibilidades de inovações que podem ser impulsionadas pelo assistente. Podemos enfatizar que não seremos as mágicas que resolveremos todos os problemas, mas iremos possibilitar a solução, ou seja viabilizar
Devemos também evitar o fatalismo histórico, onde a realidade já estaria definida na historia, isto traz uma certa acomodação dando a profissão uma mediocridade profissional.
Outro aspectos que devemos evitar é o messianismo profissional que mostra o assistente como o alavancador de todas as mudanças sociais.
O segundo pressuposto irá mostrar o serviço social como um tipo de trabalho na sociedade (uma especialização de trabalho).
A profissão irá se ter a partir da intervenção do estado na questão social, pois as mudanças vem ocorrendo no mundo do trabalho e na esfera estatal, em suas relações com a sociedade civil, incidem diretamente sobre os rumos do desenvolvimento da nossa profissão na sociedade. A compreensão da questão social é de fundamental importância.
Temos um código de ética profissional que demonstra a riqueza do trabalho e os âmbitos dos quais podemos atuar.
Somos caracterizados por sermos trabalhadores contratados por empregadores , e conjuntamente entramos no processo de mercantilização. Dentro das empresas iremos atuar no processo de reprodução da mão de obra com a política dos recursos humanos. Somos trabalhadores assalariados que participamos de produção e redistribuição da riqueza social através das políticas publicas.
O terceiro pressuposto é “(...)tratar o serviço social como trabalho supões privilegiar a produção e a reprodução da vida social, como determinantes na constituição da materialidade e da subjetividade das classes que vivem do trabalho(...)”(p.25).
Este pressuposto irá pois caracterizar as condições de trabalho nas quais estamos inseridas. A partir da possibilidade de alterar o quotidiano.
Sabemos que os homens tem suas necessidades que pode serão satisfeitas por meio do trabalho.
“o trabalho é, pois, uma atividade que se inscreve na esfera da produção e reprodução da vida material”(p.26). Os homens tem que ter esta condição de viver para que possa fazer a história.
Podemos então, juntamente com a autora, concluir que o serviço social é considerado como uma especialização do trabalho e a atuação do assistente social é a demonstração de seu trabalho que está inserido no âmbito de produção e reprodução das relações sociais.
Questão social e serviço social
A autora irá afirmar que o serviço social tem na sua base de especialização, a questão social, onde esta é expressada pelas inúmeras desigualdades sociais da sociedade capitalista, na qual o trabalho é coletivo, mas os resultados deste são privados.
O assistente social irá trabalhar unto as questões nas mais diversas áreas da vida quotidiana. Onde demonstrada a desigualdade desenvolve-se a rebeldia.
“(...)é nesta tensão entre produção de desigualdade e produção de rebeldia que trabalham os assistentes sociais, situado neste terreno movido por interesses distintos(...)”
é um desafio para o assistente dar conta de toda essa dinâmica, e tentar ser sucinto ao revelar formas de reversão destas questões.
Outro ponto citado é o cenário de atuação do Serviço Social, que está ligado ao objeto de trabalho do assistente, que é a questão social em suas novas bases de reprodução.
Essas bases sofrem uma transformação de acordo com as novas formas de acumulação do capital. Onde teremos as estratégias taylorista e fordista de produção e consumo em massa. Onde o Estado entra com o financiamento do capital e a reprodução das forças produtivas, onde esta passa a liberar rendas para o consumo. Há então a implantação de serviços sociais para a reversão das crises cíclicas do capitalismo no pós-guerra. Este avanço tornou possível o Estado de bem-estar-social.
Nessas relações tayloristas e fordistas os Serviços Sociais encontra a expansão do seu mercado de trabalho.
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