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O Trabalho Do Assistente Social Nas Organizações Privadas não Lucrativas.

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Por:   •  14/5/2014  •  642 Palavras (3 Páginas)  •  7.102 Visualizações

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ALENCAR, de Torres Maria Monica. O trabalho do assistente social nas organizações privadas não lucrativas.

RESUMO

O texto discute o papel do assistente social nas organizações privadas não lucrativas enquanto um novo espaço sócio-ocupacional da profissão. Segundo a autora houve na década de 90, no Brasil, um alargamento na abertura do setor privado não lucrativo para atuação do assistente social em decorrência da entrada tardia do neoliberalismo no cenário brasileiro, posto que este já andasse em curso em outros países desde o final da década de 70. Na década de 80 o neoliberalismo já era uma realidade no cenário mundial, que não se encaixava ao momento que vivíamos. O país, saindo de um período ditatorial, com a recente promulgação da Constituição Federal de 1988, a ‘Constituição Cidadã’, que trazia em si, se não todos, pelo menos parte dos ideais de uma sociedade que ansiava pela liberdade e pela democracia. Essa constituição representou um avanço no campo dos direitos sociais, pois colocou a assistência como um dos pilares do tripé da seguridade social brasileira (saúde, previdência e assistência). Sendo o neoliberalismo uma doutrina que apregoa o Estado e seus gastos como um dos causadores da crise econômica que assolava o a economia global, um dos seus ditames estava justamente em reduzir o papel do Estado ao mínimo, assim como seus gastos para com o social. Diante disso a adoção do neoliberalismo no país naquele momento era, no mínimo, destoante. Porém, a crise que o país enfrentava se agrava nos finais desta década e a economia brasileira vive um momento crítico caracterizado pela paralisia e estagnação econômica brasileira, visíveis nos elevados patamares inflacionários, na crise cambial e na retração da atividade econômica. Este é o cenário que permite a adoção neoliberal pelo governo brasileiro para sair crise na década de 90, o que significa dizer redução dos gastos públicos e aumento das privatizações, além de uma engajada campanha a favor da iniciativa privada em prestar serviços sociais, ou seja, repassar ao “Terceiro Setor” as responsabilidades que o governo negligenciou. A autora aponta essa reorganização governamental do processo de contrarreforma do Estado brasileiro que transferiu para a sociedade civil serviços sociais de responsabilidade estatal e repercutiu na profissão de Serviço Social com um novo espaço de atuação, que sendo novo, implicava numa mudança em seus parâmetros curriculares, haja vista que exigia novos conhecimentos em novas áreas de saber. O assistente social tal qual tinha sido preparado não daria conta de responder a essa demanda se não se inteirasse da realidade na qual essa se inseria, exigindo, portanto, a qualificação do profissional que já se encontrava atuando no mercado e a preparação dos que estavam graduando. A gestão de programas sociais, campo em que vem requisitando cada vez mais o assistente social, implica o desenvolvimento de competências no campo do planejamento, formulação e avaliação de políticas sociais. Para tal, é preciso que o profissional domine uma série de conhecimentos na área da gestão e da gerência de programas sociais que até então não fazia parte de sua formação profissional (análise de dados técnicos de pesquisa, diagnóstico e indicadores sociais de forma a orientar

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