O Trabalho Sobre a ONU

Vivemos em um mundo violento, e isso não é novidade a muito tempo. Após o mundo estar vivendo um cenário devastador relacionados a conflitos internacionais diretamente envolvidos com a violência, há 77 anos atrás, após a segunda guerra mundial, ocorreu a criação da ONU (Organização das Nações Unidas), com o objetivo de garantir o direito de segurança entre as nações, a igualdade entre os cidadãos e o desenvolvimento socioeconômico e cultural dos povos. A ONU nada mais é do que uma organização internacional que reúne países voluntariamente com a principal finalidade de promover a paz, cooperação e desenvolvimento mundial. Atualmente, a ONU é composta por 193 Estados-membros, voluntariamente.

De forma literal, segundo o site de notícias Made for Minds, quando as tropas de paz das Nações Unidas estão em campo, o objetivo não é conquistar territórios ou eliminar exércitos inimigos, mas sim promover a paz entre duas partes em guerra e assegurar vidas humanas. Podemos citar alguns principais exemplos de mediações de conflitos, onde a ONU foi convocada a atuar em grandes tragédias como na Somália (1993), em Ruanda (1994) e em Srebrenica (1995).

A violência luta contra a paz em diversos cenários, principalmente no esporte. Há dois principais tipos de violência no esporte: aquela dentro da prática esportiva, ou seja: pelos próprios atletas, e outra fora da prática: aquela exportada para as arenas esportivas, por torcedores. Sabe-se que o Brasil é o país latino-americano que mais investe em esportes, e não é à toa que somos mundialmente conhecidos como o país do futebol. Diariamente, são notificados pela mídia atos violentos dentro dos estádios de futebol, arenas, ginásios, etc., e não têm padrões definidos, seja no comportamento de esportistas e espectadores. Isso é comum, mas não devemos olhar para isso como algo normal. Banir as torcidas organizadas, prender os torcedores, punir os clubes são estratégias para que a violência dentro do esporte seja contida. Mas não basta somente punir, é necessário prevenir e principalmente educar.

Precisamos estar atentos que a paz não é algo que vem pronto, não se trata de um produto que podemos comprar no mercado. A paz trata-se de um processo complexo, que deve ser ensinada, educada e praticada. De acordo com a ONU, ela nada mais é do que um grande conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida baseados em alguns pontos e, vale lembrar que a paz não é apenas a ausência de violência ou guerra, mas também lutar em prol da justiça e solidariedade.

Nós como educadores temos o direito-dever de educar para a paz, encontrando possíveis estratégias e ações para a promoção e prática por meio da educação, do diálogo e da cooperação.

Citarei aqui três exemplos de ações que podem ser aplicadas por profissionais de educação física para o fortalecimento da educação e cultura da paz.

- Meio escolar: um dos papéis do professor de educação física no âmbito escolar, seria trabalhar as questões de violência em suas ações pedagógicas, por meio de jogos e brincadeiras cooperativas por exemplo, que tenham por objetivo a educação em forma de regras, criando um clima participativo e democrático para todos.

- Meio recreativo: criar estratégias junto ao município. Um exemplo seria organizar uma tarde de recreação. Divulgar e convidar a população a estar participando de uma roda de conversa, onde seriam desenvolvidas palestras, dinâmicas, jogos e diversas outras atividades de interação direcionadas a paz mundial e os seus principais objetivos.