O homem: um ser cultural
Artigo: O homem: um ser cultural. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: borges19 • 18/9/2014 • Artigo • 726 Palavras (3 Páginas) • 409 Visualizações
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"Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz" (Is 52,7)
domingo, agosto 27, 2006
O HOMEM: UM SER CULTURAL
A cultura é o conjunto de todas as atividades e de todos os produtos que são frutos da iniciativa e da genialidade do homem. Através do estudo das realizações humanas, poderemos ter definições concretas e profundas sobre o homem, assim como à sua natureza e ao seu destino. A cultura caracteriza uma sociedade. Seria difícil estudar uma realidade social fora de sua cultura.
Tendo como cultura tudo aquilo que o homem adquire, ou mesmo produz, com o uso de suas faculdades, todo o conjunto do saber e com o seu fazer extrai da natureza: poderemos dizer que a natureza é o dado originário que foi posto à disposição do homem; ao contrário, a cultura é tudo aquilo que o homem extrai desse dado original, mediante sua iniciativa. O homem não é somente um produto da natureza e nem apenas da história, mas é constituído, em parte pela natureza e em parte pela história, é uma mistura entre natureza e história, é obra da cultura. Atualmente tem-se feito uma interpretação da relação entre cultura e natureza como uma espécie de diálogo, o qual comporta uma reciprocidade: por meio da cultura o homem humaniza a natureza; e vice-versa: mediante os seus recursos, o mundo naturaliza o homem.
O problema cultural é um tanto abrangente: do ponto de vista de origem, a cultura é humana, já que é uma invenção do homem; do ponto de vista de forma, a cultura é sensível; do ponto de vista da finalidade, a cultura pode ser religiosa, quando se pensa que o seu objetivo é Deus, humanista, se afirma que o alvo principal é o homem, ou naturalista, se a ela propõe como objetivo primário o desenvolvimento e a conquista da natureza.
Segundo alguns autores, o fundamento último da cultura é a religião. Há quem afirme que a religião não é produto da cultura, mas faz parte da cultura como seu princípio vital e essencial; de modo que os altos e baixos de uma cultura correspondem aos altos e baixos de sua alma religiosa. Enquanto as culturas decaem e desaparecem, nas várias religiões que se sucedem há uma ascensão constante da vida espiritual da humanidade. A divisão entre religião e cultura aparece nas faces mais avançadas de uma civilização e nas sociedades altamente complexas, em que se exige a especialização e, portanto, a separação das várias atividades.
Muitos estudiosos viram na cultura uma das pistas mais válidas para descobrir o sentido profundo da realidade humana e, por isso, desenvolveram um ramo do saber que tem por nome antropologia cultural e trata das relações sociais particularmente, mesmo se não exclusivamente, nos povos primitivos. Durante os anos sessenta alguns estudiosos franceses transformaram a antropologia cultural em sistema filosófico universal, a que deram o nome de estruturalismo. Este rege-se principalmente sobre a tese de que a relação é mais importante do que o ser, e o todo mais importante do que as partes. Antes, os elementos particulares não são reais nem têm valor fora do enlaçamento das relações que os constituem. As unidades podem ser definidas apenas por meio das suas relações recíprocas: são formas
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