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O menino e a caixa

Por:   •  26/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  908 Palavras (4 Páginas)  •  150 Visualizações

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O título do texto já propõe a ideia de que existe algo para ser absorvido.

O texto aborda o cotidiano de um menino, que ao decorrer da história, fica claro que se trata de um aluno. O entregador é o educador/professor e a caixa é a ‘’cabeça’’, responsável pela aprendizagem.

O menino está condicionado a ir para a escola, e abri a sua caixa. E guardar todos os objetos que são entregues pelo entregador.

Todos os dias, o menino vai para a escola, e lá são despejadas várias informações as quais, ele julga ser desnecessária. Deve se apenas sentar em sua cadeira, manter -se quieto e copiar a matéria da lousa, já que culturalmente, os alunos não devem pensa no porquê, não devem ter senso crítico. A caixa deve ser preenchida com as concepções que recebe, mas não se deve produzir suas próprias concepções.

No início o aluno tenta assimilar a função de cada objeto, fazer conexões entre eles e com o cotidiano. Com o tempo, ele começa a se confundir já que com a grande demanda, ele não consegue distinguir a função e o gênero de determinados objetos. Enquanto alguns compartimentos estavam cheios, outros estavam vazios. A quantidade aumentou numa proporção, que alguns objetos foram inutilizados.

O aluno pobre (o aluno rico não passa por essa situação), indo contra todas as expectativas da sociedade, vai para a escola com o intuito de aprender o conteúdo, e acaba encontrando um professor despreparado, sem motivação, que recebe um salário muito abaixo do que deveria ser a base, ministrando aulas com métodos pedagógicos arcaicos, buscando através do despejo de informações descontextualizadas, gerar conhecimento.

Aluno este, que não tem condições de questionar, já que a sua vida está limitada a terminar o ensino médio, e trabalhar como empacotador num supermercado qualquer, guarda e decora tudo o que puder, para que consiga a aprovação no final do ano.

Com as atividades extracurriculares, entre um dia e outro, as informações arquivadas são gradualmente esquecidas. Pois não houve entendimento, não houve compreensão, e por isso os objetos sempre serão esquecidos.

Houve um dia em que a caixa não aguentou e cedeu, jogando as peças por todos os lados. Foi quando o aluno percebeu que a sua primeira ideia floresceu.

Num determinado momento, o menino percebeu que não havia mais o que aprender, pois nada fazia sentido. Tudo o que lhe foi ensinado, era difícil de entender a sua utilidade. Talvez, foi quando o aluno percebeu que só aceitar o que foi empurrado pelo professor sem comprometimento, fez dele um analfabeto funcional. O ensino usado considerava importante apenas saber quais os seus heróis e as datas determinantes para a história do Brasil.

E então, depois da sua reflexão e análise, surgiu a sua primeira ideia. Surgiu não porque lhe fora ensinado, e sim, porque na adversidade soube se adaptar e evoluir.

Nas instituições de ensino, o que importa são somente as notas finais. É a porcentagem de alunos aprovados. Não que essa porcentagem considere o aprendizado, o que é contabilizado apenas é o que foi escrito na prova.

Precisamos de um sistema educacional incentivador.

Que faça dos professores seres críticos, para gerarem alunos críticos, que participem e que ajude a sociedade em sua evolução.

Certificar-se que os recursos pedagógicos sejam usados para exercer um papel transformador

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