ORIENTAÇÃO DOS ESCRITÓRIOS CONTÁBEIS, EM RELAÇÃO À ESTRUTURA DE CAPITAL, EM CAMPO GRANDE-MS.
Trabalho Escolar: ORIENTAÇÃO DOS ESCRITÓRIOS CONTÁBEIS, EM RELAÇÃO À ESTRUTURA DE CAPITAL, EM CAMPO GRANDE-MS.. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: iranicontini • 28/10/2014 • 5.309 Palavras (22 Páginas) • 381 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
A empresa com dificuldade de capitalização ou com prejuízos acumulados apresenta uma estrutura de capital em desequilíbrio com suas necessidades de capital de giro, agravando, em conseqüência, o seu fluxo de caixa. Para resolução do problema, a empresa passa a contratar somas adicionais de capital de terceiros, na forma de empréstimos e financiamentos, aumentando seus custos financeiros, às vezes a limites acima de sua capacidade de absorção, agravando sua situação.
Já numa empresa que dispõe de fundos excedentes, a grande dúvida na opção da estrutura de capital da empresa é quanto à utilização de capital próprio ou de terceiros. Ela deve distribuir como dividendos ou reinvestir no negócio? É interessante buscar empréstimos para financiar projetos, havendo fluxo de caixa excedente?
São perguntas como estas que causam conflitos na tomada de decisão, aos quais cientificamente algumas teorias podem dizer o que é vantajoso ou não, explicando se existe a estrutura ótima de capital.
Diante destas considerações, abordamos por meio desta pesquisa o nível de conhecimento e especialização do profissional contábil de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, sobre tema tão complexo que é a Estrutura de Capital. Verificando se esses profissionais realizam a análise da estrutura de capital dos seus clientes, ou fornecem os dados relevantes para que os mesmos tenham condições de direcionar os investimentos do capital na empresa.
Este trabalho visa subsidiar os meios acadêmico e empresarial nos processos decisórios relativos a avaliação das empresas, análise de investimentos e gestão estratégica de sua performance financeira.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Análise das demonstrações contábeis
Segundo Matarazzo (2003), as demonstrações contábeis evidenciam todas as operações de uma empresa, organizadas segundo as normas contábeis. Sendo assim, podemos extrair diversas informações utilizando as técnicas de analise das demonstrações contábeis.
Analisar um balanço ou demonstração contábil, explica Ribeiro (2002), é uma técnica utilizada para obter a situação econômica e financeira da empresa e também outras posições conforme a necessidade do usuário da analise, sendo que o aspecto econômico está relacionado ao rendimento que o capital aplicado na empresa proporciona aos seus investidores, enquanto o aspecto financeiro trata de capacidade da empresa em saldar seus compromissos assumidos junto a terceiros, ou seja, sua liquidez.
As demonstrações contábeis possuem aspectos dinâmicos e estáticos, sendo que o aspecto dinâmico visa a mensuração da evolução da empresa comparando resultados atuais com os do passado, e o estático mensura a situação atual, não relevando passado nem futuro, Reis (2003).
Os principais interessados nas analises contábeis são basicamente os sócios, credores e administradores. O interesse dos sócios envolve o risco e retorno da empresa, prevendo a maximização de lucros. Os credores estarão objetivando nas analises a situação de liquidez em curto prazo (capacidade de pagamento imediato) e sua lucratividade, já os administradores estarão preocupados com todos os aspectos extraídos no relatório de analise.
Para auxiliar os administradores, contadores e usuários das informações contábeis, os índices das analises, evidenciam a situação da empresa, tornando possível o monitoramento constante para a identificação e correção de qualquer problema em suas operações (GITMAN,1997).
2.1.1 Análise através de índices
Das praticas de analises contábeis existentes, Matarazzo (2003) observa que a técnica utilizando-se índices é a mais usual, pois através dela fica evidente a situação econômica financeira da empresa. São vários índices existentes, porém o importante não é o calculo de vários índices e sim de um conjunto que forneça a informação necessária pelo analista. Na figura 1.1 evidenciamos os principais aspectos revelados pelos índices financeiros.
PRINCIPAIS ASPECTOS REVELADOS PELOS ÍNDICES FINANCEIROS
Situação financeira
ESTRUTURA
LIQUIDEZ
Situação econômica
RENTABILIDAE
Figura 1.1 - Principais aspectos revelados pelos índices financeiros
Fonte: “Analise financeira de balanços” Dante C. Matarazzo pg. 150
2.1.2 Índices de estrutura de capital
Matarazzo (2003) afirma que o índice de estrutura de capital no balanço apresenta a linha de decisão financeira, referente à obtenção e aplicação de recursos e por meio desses indicadores que apreciamos o nível de endividamento da empresa, utilizando capital de terceiros ou próprio.
Ross, Westerfield e Jaffe (1995), descrevem que o endividamento relata o quanto a empresa se apóia em capital de terceiros para financiar suas atividades. Os índices de estrutura patrimonial determinam, a possibilidade de uma empresa ter ou não ter condições de pagar suas dividas, concluindo que o excesso de endividamento com capital de terceiros pode levar uma empresa a sérias dificuldades financeiras e insolvência.
Os Índices de Estrutura de capital são calculados em termos de número de vezes que o numerador contém o denominador. Uma interpretação simplista desses índices seria dizer que quanto menor eles forem melhor será a situação da empresa analisada.
Braga (1989 pg.155) ressalta a importância da coerência na analise dos dados:
Na verdade, não se pode concluir que uma empresa esteja em melhor situação do que outra apenas porque apresentou menores valores nestes índices. Deve-se considerar que os mesmos constituem meros indicadores observados em dado momento e que os aspectos dinâmicos, que afetam a liquidez, não são captados por essas inter-relações. Todavia, uma empresa certamente não estará com uma situação financeira confortável se apresentar elevada participação de recursos de terceiros em relação ao capital próprio e ao ativo total, com predominância de dívidas a curto prazo nas exigibilidades totais, e com elevada imobilização dos seus recursos permanentes
2.1.3
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