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Obras De Debret

Artigo: Obras De Debret. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/3/2015  •  2.264 Palavras (10 Páginas)  •  1.611 Visualizações

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Etapa:1 Formaçao social, econômica do Brasil.

Passo:1

Debret foi um grande artista, pintor e desenhista que nasceu em Paris, na França no ano de 1768. Ele foi peça chave na fundação da Academia Imperial de Belas Artes, uma academia de artes onde ele deu aula durante algum tempo. Suas obras expressam características do neoclassicismo, dando formas bem definidas a suas obras, ainda mais quando se relacionam a humanos, deixando os traços assim ainda mais vivos.

Debret foi aluno na Escola de Belas Artes de Paris e também foi selecionado para ajudar na Revolução Francesa, já que era um brilhante engenheiro. Algumas de suas obras são destaque, como por exemplo: Caçador de Escravos, Guerreiro Indígena a Cavalo, Castigo de Escravo, entre outras. Outra obra conhecida de Debret foi “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”, lançada após seu retorno para a França. Veja a seguir algumas das obras de Debret:

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Viagem pitoresca e histórica ao Brasil

Em Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, Debret revela sua profunda relação pessoal e emocional com o país, adquirida nos 15 anos em que ali viveu.

Jean-Baptiste Debret: guerreiro indígena a cavalo.

Apesar de ter alegado motivos de saúde para retornar à França, há outras duas hipóteses para sua volta: deveria talvez querer o retorno para se reencontrar com familiares, além de organizar o primeiro volume de Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. Outra hipótese sugere que, como em 1831 tinha 63 anos, sua obra seria uma espécie de "trabalho para aposentadoria", visto que uma tal produção (almanaques de viajantes - livros com textos acompanhando imagens) fazia bastante sucesso no início do século XIX - quando Debret partiu para o Brasil - e poderia render uma boa aposentadoria (o que de qualquer forma não foi o que acabou acontecendo: quando da volta à França, esse tipo de publicação já não fazia o mesmo sucesso e a obra causou pouco impacto na França).

Jean-Baptiste Debret: castigo de escravo.

Debret tenta mostrar aos leitores - em especial europeus - um panorama que extrapolasse a simples visão de um país exótico e interessante apenas do ponto de vista da história natural. Mais do que isso, tentou criar uma obra histórica; mostrar com detalhes e minuciosos cuidados a formação - especialmente no sentido cultural - do povo e da nação brasileira; procurou resgatar particularidades do país e do povo, na tentativa de representar e preservar o passado do povo, não se limitando apenas a questões políticas, mas também a religião, cultura e costumes dos homens no Brasil.

Por estas razões, a obra de Debret é considerada grande contribuição para o Brasil, e é freqüentemente analisada por historiadores como uma representação (um tanto quanto realista, apesar de não ser perfeita) do cotidiano e sociedade do Brasil – em especial, da vida no Rio de Janeiro – de meados do século XIX.

Publicada em Paris, entre 1834 e 1839, sob o título Voyage Pittoresque et Historique au Brésil, ou séjour d´un artiste française au Brésil, depuis 1816 jusqu´en en 1831 inclusivement, a obra é composta de 153 pranchas, acompanhadas de textos que elucidam cada retrato.

Tal estilo de obra (textos descritivos acompanhando as imagens) não era muito comum entre os artistas que vinham ao Brasil para retratar o país, o que aumenta ainda mais o destaque e importância de Debret: a obra não é considerada tão importante apenas por aspectos artísticos, mas justamente pela combinação de interesse em retratar o cotidiano, com a presença de textos descrevendo as litografias. Preocupando-se com o sentido dos textos, Debret os compara com as ilustrações contidas em seus trabalhos, e é por isso que o aspecto historiográfico é colocado em primeiro plano em relação ao aspecto propriamente artístico.

O próprio título da obra de Debret apresenta este certo compromisso que ele tentou adquirir nas representações e descrições do Brasil. O uso da palavra “pitoresca” no título Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil denota uma certa precisão, habilidade e talento; características que buscou em suas representações. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil pode ser considerada uma obra em estilo europeu, feita para europeus, visto que o estilo de livro (almanaque) fazia um certo sucesso na Europa na época.

O livro é dividido em 3 tomos: no primeiro, de 1834, estão representados índios, aspectos da mata brasileira e da vegetação nativa em geral. O segundo tomo, de 1835, concentra-se na representação dos escravos negros, no pequeno trabalho urbano, nos trabalhadores e nas práticas agrícolas da época. Já o tomo terceiro, de 1839, trata de cenas do cotidiano, das manifestações culturais, como as festas e as tradições populares.

PASSO:2

• . Nestas cenas, vemos escravos fazendo força para transportar cargas pesadas pelas ruas do Rio de Janeiro. Negros carregadores de cangalhas. Negros de carro

• Quando Debret desenhou estes escravos serradores de madeira trabalhando, comentou que naquela época, na Europa, já havia serras mecânicas, mas, no Brasil, os donos das serrarias preferiam usar a força dos escravos. No regime da escravidão, era mais barato explorar a força física dos escravos do que montar uma serraria mecânica! Negros serradores de tábuas.

• . Alguns escravos faziam trabalhos mais leves. Os escravos vendedores saíam de casa bem cedo e passavam o dia todo na rua. No fim da tarde, voltavam à casa do patrão para entregar o dinheiro das vendas. Observe a riqueza de detalhes que Debret gravou nesta imagens, todas apresentando o trabalho escravo na rua. Vendedor de cestas Negros vendedores de carvão Detalhe de família pobre em sua casa.

• . Vendedor de flores à porta de uma igreja no domingo. Vendedor de palmito. Negros vendedores de aves. Vendedores de capim e de leite.

• . Estes escravos eram barbeiro ambulantes. Atendiam as pessoas na rua, principalmente gente pobre ou outros escravos. Aqui vemos dois deles trabalhando.

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