PESSOAS COM DEFICIENCIAS

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como principal objetivo a reflexão e discussão sobre o terceiro setor, o qual é um assunto atual e pertinente ao acadêmico de serviço social. Portanto a dimensão e o significado do terceiro setor necessitam ser compreendidos dentro da conjuntura social, econômica e política que tem determinado a sua configuração no contexto contemporâneo.

A abordagem desse tema não pode ocorrer de forma ufanista como se o terceiro setor ocupasse o papel que é do estado na formulação e execução de políticas sociais e nem de forma pessimista, negando a sua importância e a dimensão de suas ações no enfrentamento de diferentes manifestações da questão social brasileira.

O Terceiro Setor agrega organizações como fundações, associações, institutos, entidades que atendendo demandas sociais. Dessa forma compreendemos que relacionar o Terceiro Setor e o Serviço Social é uma extrema relevância, levando em consideração que o assistente social é um profissional que tem a capacidade de se interdisciplinar e ter sua pratica profissional ligada aos princípios que norteiam os direitos humanos como a igualdade social, liberdade, democracia e justiça.

Constata-se, portanto, que o Terceiro Setor é um modelo que surge além do Estado e do Mercado, transferindo para o setor privado de ações desenvolvidas pelos órgãos estatais, criando para o Serviço Social espaços alternativos através das novas demandas e competências. (MONTAÑO, 2001).

Através deste estudo observamos também um pouco da atuação de um assistente social no terceiro setor, colocando em foco sua atuação e de demais profissionais que forma um grupo interdisciplinar.

2 DESENVOLVIMENTO

O Terceiro Setor é a denominado por organizações sem fins lucrativo e econômicos vêm crescendo em todo o mundo de uma forma significativa, promovendo o impacto na realidade social. Ele vem se consolidando como uma nova possibilidade de atendimento a sociedade assumido ações relacionadas a projetos sociais.

Os desafios deste setor faz com que os Assistentes Sociais busquem conhecer tanto as especificidades dessas organizações, quanto a especificidade de seus processos de gerência social, tornando-se um novo campo de atuação para o profissional capacitando-se assim para desenvolver as principais funções gerenciais das instituições do Terceiro Setor para desenvolver as principais funções gerenciais das instituições do Terceiro Setor.

De acordo com TENORIO, (1997), por serem instituições que sobrevivem principalmente de doações e voluntariado, os gestores deste setor deve estar atento a funcionalidade da instituição. E primordial que a gestão deste setor tenha funções essenciais: planejamento, organização, direção e controle.

Contudo, Drucker (1997) e Hudson (1999), destacam que podem-se estabelecer algumas características comuns que compõem a função gerenciar: o planejamento estratégico, o gerenciamento descentralizado, o trabalho em equipe e a liderança.

Em estudo a vário modelos de análise de gestão citados por Reed (1997:3), a gestão é uma prática social, ou seja,”[...] um conjunto de atividades inter-relacionadas e de mecanismos que organizam e regulam a atividade produtiva no trabalho” tende a compreender melhor os processos e estruturas do poder, bem como o controle, pois acaba sendo vista como uma estrutura contextualizada no âmbito social. Mediante a isso, pode-se observar a gestão como um todo destacando não um trabalho isolado, e sim o trabalho em conjunto, as ações os objetivos, os problemas, em fim, toda prática realizando meios e recursos comuns mesmo com limitações e situações atípicas com um objetivo focado em realizar um projeto. Dessa forma o gestor pode articular uma prática diversificada assegurando a integração e a coordenação social.

Vejamos passo a passo as cinco vertentes inerentes ao gestor em sua prática:

Ações comuns desenvolvidas pelos gerentes ,a interação dos gerentes por meio dos objetivos e problemas compartilhados, a percepção dos gerentes sobre a função social das práticas que executam, meios e recursos comuns utilizados, condições de sucesso e insucesso.

Ações comuns desenvolvidas pelo gerente como: organizar, coordenar, planejar acaba por diversificar quando problema se restringe há uma determinada atividade em um setor ou específico de uma instituição, vejo assim um profissional polivalente onde exerce diversas funções dentro de um segmento inclusive na área social.

Mediante a essa pesquisa pode observar também que uma dos maiores desafios os quais se enfrenta, é a captação de recursos visando a organização do terceiro setor. Sendo que,não visa lucros para o funcionamento, porém precisa de recursos para sobrevivência. Não é fácil administrar o terceiro setor, há quem compare essa atividade administrativa com setor público e privado, pois são atividades corriqueiras executadas em qualquer organização. Porém, vale lembrar que se tratando te terceiro setor, destaca-se na atividade pela característica de uma gestão que refere-se ao trabalho social como característica da prática.

Interação dos gerentes por meio dos objetivos e problemas compartilhados, nessa segunda vertente, é necessário que tantos os objetivos bem como a problemática estejam integradas entre colaboradores e gerente, esse é o grande diferencial. Assim entra a primeira dificuldade nessa atividade, manter a mesma relação entre todos os colaboradores, o gerente tem que ser capaz de manter a interação com diversos públicos e aí entra o desfio. Essa interação é extremamente necessária para troca de experiência isso exemplifica muito bem uma prática social, sendo muito pertinente para a solução de problemas no setor. Outro ponto discutido pelos gerentes são os trabalhos voluntários pois na maioria não tem comprometimento, vem o dia que quer e a hora que quer, dificilmente há voluntários diaristas, isso não flui para um trabalho com integração ou em equipe.

A percepção dos gerentes sobre a função social das práticas que executam, essa terceira vertente estudada como prática social. Para que esse observação seja verdade, é necessário que a percepção de gerente colaborador seja semelhante. “De acordo com Reed (1997), essa convergência de percepções dos gerentes sobre os resultados das