PROTEÇÃO SOCIAL NÃO CONTRIBUTIVA
Dissertações: PROTEÇÃO SOCIAL NÃO CONTRIBUTIVA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: patriqueel • 2/4/2014 • 778 Palavras (4 Páginas) • 550 Visualizações
Invisibilidade Social
Relato de uma Humilhação Social
Para Costa (2004) O conceito de invisibilidade social se refere a seres socialmente invisíveis é um fenômeno psicossocial definido como o desaparecimento de um homem entre outros. A invisibilidade seria o resultado da humilhação social constituídos durante séculos e sempre determinante nos indivíduos das classes pobres.
Há vários fatores que podem contribuir para a que essa invisibilidade ocorra são: sócias, culturais, econômicas e estéticas. De acordo com o psicólogo Samuel Gachet, um terço dos brasileiros vive sob condições precárias e excluídas sócio culturalmente, para ele a invisibilidade pode levar a processo depressivo de abandono e aceitação da condição de “ninguém”, mas também pode levar a mobilização e organização da minoria discriminada.
A pesquisa traz o relato de humilhação e de exclusão social sofrido pelo o autor e garis, mas o mais interessante neste relato é o compromisso do autor que exerce com a sociedade ao desenvolver esse projeto e como desta forma mostra um resultado crítico, denunciando comportamento preconceituoso desta sociedade.
O psicólogo Costa conseguiu comprovar a existência da invisibilidade pública, por meio de uma mudança de personalidade. Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari na Universidade de São Paulo. Segundo ele, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são “seres invisíveis, sem nome”.
O relato fala dos garis conscientes da sua invisibilidade e o autor vivencia aquilo que só encontrava em livros e revistas, ele mostra a consequência contemporânea da desigualdade de nosso país, e sentiu na pele a dor dessas pessoas “de não se senti gente” por não ser reconhecido por seus colegas e professores, isso o fez refletir e chorar.
Os garis fazem parte de uma categoria de profissionais que desenvolvem um trabalho considerado desqualificado socialmente, rebaixado, trabalho de força bruta, de gente bruta, e vem também a questão econômica é um dos principais fatores desta invisibilidade.
”O sistema capitalista sobrevive sob a lei do mais valia, na qual para que um ganhe é necessário que o outro perca”. Gachet.
Para compreender as relações que o indivíduo estabelece com o outro e com o mundo à sua volta é preciso contextualizar este indivíduo, estar atento à história, ao passado, à cultura na qual ele se insere. Analisando a obra de Fernando Braga da Costa, é possível notar que o sociólogo esforça-se muito para dar conta deste contexto sócio-histórico que possibilitou a construção da desigualdade.
É necessário apontar as dimensões históricas que favoreceram a formação destes fenômenos e também a sua permanência. Costa (2004) rompe com esta distância quando se aproxima literalmente destes sujeitos invisíveis e em certa medida vive como eles, dividindo um cotidiano tão diferente do seu. Mas não é preciso vivenciar a humilhação para saber que ela existe.
Bibliografia
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