Planejamento E Gestão Em Serviço Social
Ensaios: Planejamento E Gestão Em Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: claraazevedo • 19/2/2014 • 2.170 Palavras (9 Páginas) • 1.378 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
POLO ESUD CUIABÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO SUPERIOR EM SERVIÇO SOCIAL
CLARA LINA B. J. DE AZEVEDO RA 397209
GISELE BARRETO DOS SANTOS RA 400085
GISELLE DE OLIVEIRA PRATES RA 396394
MARIA ELICE ALVES GIOTA RA 398869
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
PSICOLOGIA SOCIAL
TUTORA À DISTÂNCIA: MARIA APARECIDA CORRÊA COSTA
PROFª TUTORA: ALCIMARA N. PERIN DOS REIS
CUIABÁ – MT, 17 DE ABRIL DE 2013.
Invisibilidade Social
A invisibilidade social diz respeito á forma como são classificados os trabalhadores considerados desqualificados e sem reconhecimento da sociedade.
São pessoas que executam os trabalhos necessários ao bom funcionamento da sociedade moderna, e que por vários motivos não são valorizados. Vistos como seres inferiores estes trabalhadores são de extrema importância para o bem estar da sociedade.
O nosso trabalho tenta desvendar um pouco dessa invisibilidade social e a forma como a entendemos.
A psicologia social vem desenvolvendo seu papel na sociedade, indicando problemas, que se tornam sem duvida difícil de resolver. A humilhação geralmente é sofrida por pessoas pobres, negros e sem estudo, que são tratados desigualmente perante a sociedade.
A ação pelo qual alguém humilha ou é humilhado muitas vezes são demonstrados em formas de ações nem sempre notáveis para ambos.
A humilhação social conhece seu modo de funcionamento, definição econômica e sabe o que faz, assim sabe-se que é uma particularidade da desigualdade de classes, chegando a se definir psicológico e político.
As relações sociais também nos mostra outros exemplos que com dinheiro pode-se tudo perante uma sociedade. A classe trabalhadora é desfavorecida, pois o ganho só da para colocar comida na mesa, fica claro que não é fácil passar por uma sociedade egoísta, onde se luta por melhores salários.
A humilhação se torna um problema de todos, pois um lugar onde seria agradável se torna um refúgio de sofrimento e exclusão, a humanidade é o que somos e o que possuímos, é preciso que a sociedade tome consciência no sentido de respeito e escolha do próximo. O efeito da desigualdade e a humilhação é um fato que diz respeito ao individuo e a sua vida social, gerando determinantes variados que sem duvida é um problema de falta de ação do homem que se reflete na sociedade.
A aparência é um dos principais motivos que levam o individuo a se esconder-se da sociedade, é quando chega à fase mais grave de uma humilhação, criando ação em sentido contrario, virando uma agitação produzida por emoção, de uma ação sofrida pela pessoa.
Nada seria melhor que a conscientização das pessoas em se aproximar do humilhado sem distinção de raça, religião, e condições financeira, sociedade justa.
A sociedade passa por condições difíceis de entender, onde a humilhação é uma realidade, que as pessoas têm limitações, não podendo ir e vir, assim não conseguindo lutar pelos seus direitos.
Jessé Souza e Fernando Braga da Costa são dois autores que retrataram em suas obras a desigualdade social como algo indesejável que constitui a sociedade brasileira, no entanto há anos está entre nós e infelizmente por falta de conhecimento do assunto passamos essa desigualdade de geração em geração, causando o sofrimento de muitas pessoas. Essa classe de pessoas que são invisíveis á sociedade está presente no dia-a-dia, porém nem sempre são notadas. Os autores buscam compreender a invisibilidade social partindo de uma ampla investigação do tema desigualdade desde sua origem.
O tema da invisibilidade faz parte de um longo projeto de Jessé Souza, com o objetivo de desenvolver uma teoria social para explicar a modernidade externa e a elaboração de uma alternativa em relação ao personalismo e patrionalismo.
Enquanto Costa nos mostra as consequências da desigualdade em nosso país que existe desde sua descoberta, Souza segue a trajetória da desigualdade e sua formação histórica no Brasil a partir do processo de modernização. Revendo algumas trajetórias Jessé Souza conclui que o maior desejo dos excluídos entrevistados por ele, era ser gente, tornar-se gente, de acordo com nossas percepções os excluídos querem a visão da sociedade, querem ser notados e valorizados da mesma forma que um médico ou um advogado. Desejos que são ofuscados pelo preconceito do ser humano. Pois suas profissões os fazem invisíveis aos olhos da sociedade.
Por exemplo, os pobres são as pessoas que fabricam automóveis, nós as pessoas que os utilizamos, depois de anos uso por terceiros os pobres podem comprar os carros que produziram, claro que em condições precárias. Os pobres são pessoas que trabalham como padeiros, porém, muitas vezes seus filhos passam fome.
A atenção que a mídia disponibiliza para cada reportagem, revela a quem interessa e a quem não interessa este problema para a sociedade. Para Souza é preciso ir contra a leitura superficial de um país desigual que têm o fator econômico como a variável determinante. Costa rompe com esta distância, vivencia o que pesquisa e vê o desejo de uma gente que só quer se tornar gente, presenciando cada passo dessa classe desfavorecida.
Temas como a invisibilidade social retratada neste texto, mostram que psicólogos e sociólogos trabalham com o mesmo objetivo e não há mais tema que possa interessar em apenas uma destas áreas. Analisando a obra de Jessé Souza e Fernando Braga da Costa percebe-se que o sociólogo se esforça muito mais para dar conta do contexto sócio-histórico que realizou a construção da desigualdade, enquanto o psicólogo vai direto ao relato dos seus objetivos propondo teorias que possam dar fundamentos ao seu objeto de estudo.
A questão da invisibilidade parte do pré-conceito mal formado que consequentemente se torna um preconceito e a partir daí o desinteresse por situações que até vemos no dia-a-dia, mas não notamos que por trás daquela profissão tão rebaixada pela sociedade tem um ser humano assim como qualquer outro.
O
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