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Politicas Sociais

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Por:   •  9/10/2013  •  949 Palavras (4 Páginas)  •  364 Visualizações

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As políticas sociais no Brasil estão relacionadas diretamente

às condições vivenciadas pelo País em níveis econômico, político

e social. São vistas como mecanismos de manutenção da força de

trabalho, em alguns momentos, em outros como conquistas dos

trabalhadores, ou como doação das elites dominantes, e ainda como

instrumento de garantia do aumento da riqueza ou dos direitos do

cidadão O Serviço Social, como profi ssão inserida na divisão sociotécnica

do trabalho, deve ser entendido a partir das confi gurações expressas

pelas relações de classe estabelecidas pelo modelo societário, o

capitalismo.

Dessa forma, o Serviço Social como uma das profi ssões responsáveis

pela mediação entre Estado, burguesia e classe trabalhadora

na implantação e implementação das políticas sociais destinadas a

enfrentar a “questão social”, que emergiu na primeira metade do

século XIX, com o surgimento do pauperismo, na Europa Ocidental

(Pastorini, 2007, p.16), é que ganha hoje, novos contornos a partir

do complexo cenário formado pelos monopólios e pelo ideário

neoliberal. O estudo das políticas sociais, na área de Serviço Social, vem

ampliando sua relevância na medida em que estas têm-se constituído

como estratégias fundamentais de enfrentamento das manifestações

da questão social na sociedade capitalista atual.

Não se pode precisar um período específi co do surgimento das

primeiras identifi cações chamadas políticas sociais, visto que, como

processo social, elas se originam na confl uência dos movimentos de

ascensão do capitalismo como a Revolução Industrial, das lutas de

classe e do desenvolvimento da intervenção estatal.

Sua origem relaciona-se aos movimentos de massa socialmente

democratas e à formação dos estados-nação na Europa Ocidental

do fi nal do século XIX, porém sua generalização situa-se na transição

do capitalismo concorrencial1 para o capitalismo monopolista,

A CONSTRUÇÃO DO PERFIL DO ASSISTENTE SOCIAL NO CENÁRIO EDUCACIONAL

Capitalismo concorrencial fase do capitalismo que teve início com aparecimento

de máquinas movidas por energia não-humana. Inicia-se na Inglaterra

com a máquina a vapor, por volta de 1746 e fi nda com o início dos monopólios

especialmente em sua fase tardia, após a Segunda Guerra Mundial

(Behring & Boschetti, 2006, p.47).

Historicamente, o estudo das políticas sociais deve ser marcado

pela necessidade de pensar as políticas sociais como “concessões ou

conquistas”, na perspectiva marxista (Pastorini, 1997, p.85), a partir

de uma ótica da totalidade. Dessa forma, as políticas sociais são entendidas

como fruto da dinâmica social, da inter-relação entre os diversos

atores, em seus diferentes espaços e a partir dos diversos interesses e

relações de força. Surgem como “[...] instrumentos de legitimação e

consolidação hegemônica que, contraditoriamente, são permeadas

por conquistas da classe trabalhadora” (Montaño, 2007, p.39).

A política econômica e a política social estão relacionadas intrinsecamente

com a evolução do capitalismo (conforme proposta

de refl exão), fundamentando-se no desenvolvimento contraditório

da história (Vieira E., 2007, p.136). Tais políticas vinculam-se à

acumulação capitalista e verifi ca-se, a partir daí, se respondem às

necessidades sociais ou não, ou se é mera ilusão.

Segundo Vieira E. (1995, p.15), a acumulação é o “[...] sentido

de concentração e de transferência da propriedade dos títulos representativos

de riqueza”. As transformações ocorridas nas revoluções

industriais acarretaram uma sociedade com um vasto exército de

proletários.

A política social2 surge no capitalismo com as mobilizações operárias

e a partir do século XIX com o surgimento desses movimentos

populares, é que ela é compreendida como estratégia governamental.

Com a Revolução Industrial na Inglaterra, do século XVIII a meados

do século XIX, esta trouxe consequências como a urbanização

exacerbada, o crescimento da taxa de natalidade, fecunda o germe da

consciência política e social, organizações proletárias, sindicatos, cooperativas

na busca de conquistar o acolhimento público e as primeirasações de política social. Ainda nesta recente sociedade industrial,

inicia-se o confl ito entre os interesses do capital e os do trabalho.

Para Vieira E.

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