Politicas Sociais No Brasil

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo fazer uma analise das politicas sociais no Brasil. Iniciaremos com um apanhado histórico de acontecimentos que alicerçaram o desenvolvimento e a busca de alternativas para tais ações. Navegaremos rapidamente na revolução industrial e a mudança nos modos de produção que levou a classe burguesa aos mais altos patamares econômicos e políticos, criando também a classe operária que é a base que sustenta o sistema capitalista consolidado com a revolução. Será também abordada a evolução desse processo aqui no Brasil e suas contradições. Acompanharemos as politicas sociais, observando como cada governante encarava a questão social no país e quais os aspectos econômicos, políticos e sociais vividos desde a implantação até os dias atuais.

mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada no Reino Unido em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. Esse processo revolucionário levou a ascensão da burguesia, que é a classe social que detém o meio de produção, e cujas sociais preocupações são o valor da propriedade e da preservação do capital, a fim de garantir a sua supremacia econômica na sociedade. A partir do surgimento desses industriais emergentes, nasce também o proletariado. O proletariado, por não disponibilizar de capitais e meios de produção, esse vive dispondo de seu único “produto”, sua força de trabalho. É nesse contexto histórico que se consolida o sistema econômico capitalista que vigora até os dias atuais, onde o detentor do capital compra a força de trabalho do operário e esse tira a mais valia que é o excedente do trabalho, onde o homem sendo tratado como mercadoria, o valor de seu trabalho é regulado pela lei de oferta e demanda, onde que a exploração do homem pelo homem trazia enormes consequências à questão social.

As cidades ganhavam novas indústrias diariamente e a carência de mão de obra logo foi substituída por excesso. Os meios urbanos de grande e medias cidades ganhavam mais e mais moradores e assim aumentou o numero de desempregados, mendigos, pessoas com problemas com álcool, prostituição e tantos outros ligados a questão social. O trabalhador não era respeitado, tralhava-se muito e ganhava- se pouco, era comum a época umajornada laboral que excedia 14 horas diárias e mulheres e crianças exercendo os mesmo serviços que os homens e ganhando menos. Perante tanto desigualdade e injustiça à classe trabalhadora se organiza e através de varias mobilizações, sentindo a força coerciva do Estado, mas também fazendo ser notado seu peso politico. Diante da luta de classes e as expressões da questão social, a estória do serviço social está claramente vinculada a mudanças que se estabeleceram no decorrer de vários séculos relacionados à efervescência de fatos sociais, culturais e econômicos provindos do capitalismo. A assistência social vem como resposta á classe trabalhadora, como uma forma de amenizar o sofrimento gerado pela desigualdade.

O processo de industrialização brasileira se deu de forma tardia e de certa forma fragmentada, uma vez que houve períodos diferentes no desenvolvimento industrial. No período colonial o Brasil era proibido pela metrópole de produzir, sendo obrigado a consumir produtos manufaturados portugueses. O desenvolvimento industrial brasileiro teve seu inicio no final do século XIX, tendo como seu principal propulsor o capital investido por famílias de grandes produtores cafeeiros de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, sendo o grande número de funcionário que compunha essas instituições formadas por imigrantes italianos. As fabricas nesse primeiro instante, era voltada a produção de tecidos, calçados e manufaturados mais simples. A partir da década de 1930 a industrialização se intensifica, com medidas nacionalistas e protecionistas o governo de Getúlio Vargas, investe em infraestrutura nos grandes centros urbanos da região sudeste, o que culminou em grande disparidade regional. A indústria nacional teve um crescimento considerável nesse período por diversos fatores, entre eles a segunda guerra mundial, pois os países europeus, arrasados pela guerra necessitavam de produtos provenientes de países industrializados entre eles o Brasil.

No governo de Juscelino Kubitschek, o país abriu o mercado ao capital externo. Neste momento varias empresas de diferentes países vem ao Brasil, entre grandes montadoras automobilísticas, química e de exploração da borracha. Grandes rodovias e um aumento na capacidade portuária são feitos neste momento e muda- se a capital do país para uma faixa territorial em Goiás. Nasce Brasília. Depois de JK, o país um crescimento significativo, chegando a uma crise econômica e politica em 1964 que leva ao golpe militar. A ditadura militar se instala no país a principio com o argumento de estabelecer a segurança nacional contra uma possível dominação comunista. Os militares falavam que entregariam o poder em curtíssimo prazo, mas isso realmente se efetivou em 1985.

O regime instalado pelos militares restringia a liberdade do povo brasileiro, medidas como censura a imprensa, direito de greve, banimento e cassação de direitos políticos, o que foi possível graças ao ato institucional numero 5 (AI 5). As decisões políticas

concentraram-se nas mãos do Poder Executivo e os presidentes do período militar conseguiram implantar seu projeto econômico, ignorando as negociações democráticas. As primeiras decisões visavam estabilizar a moeda, reduzir o déficit do governo e modernizar o mercado financeiro. Foi um momento de crescimento econômico e realizações de grandes obras como a ponte Rio/Niterói, a hidrelétrica de Itaipu, transamazônica e tantas outras. No entanto, essa euforia econômica durou pouco tempo, foi de 1968 a 1973 quando veio a crise do petróleo. O governo militar durou 21 anos, e deixou o poder devido a insustentável situação econômica, politica e social. Em 1985 o Brasil elege seu primeiro presidente pós- ditadura militar, porem o mesmo não chega a assumir o cargo, Tancredo Neves morre, sendo empossado como presidente seu vice, José Sarney. A segunda metade da década de 1980 é marcada pela redemocratização da politica brasileira no qual tem sua expressão mais aflorada com a promulgação da constituição de 1988. A constituição de 1988 foi um divisor de aguas em vários aspectos da relação social, chamada de constituição cidadã, esse documento retrata o momento no qual o país vivia naquela época, e que pode ser considerada por muitas pessoas a mais equilibrada das constituições já construídas até hoje no país.

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