Por Que Escolhi O Direito
Seminário: Por Que Escolhi O Direito. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jogadorfbi • 8/2/2015 • Seminário • 438 Palavras (2 Páginas) • 214 Visualizações
Acordei não muito cedo, tomei banho e algo já me avisava que hoje seria um dia para refletir sobre minha vida. Não que isso não aconteça frequentemente, mas um refletir de modo mais sensato. Por que estou morando tão longe de onde nasci? Por que me distanciei tanto das pessoas? O que estou fazendo da minha vida?
A pergunta que mais me deixou perplexa foi a última, porque com ela me veio a que mais me fez repensar sobre tudo que aconteceu nesses últimos anos: Por que direito?
Nesses quase três anos, me descobri. Descobri que posso fazer minha parte, ajudando ao próximo, escolhendo o que é melhor não só pra mim, cobrando, mudando, agindo. Por isso, creio eu, que mesmo parecendo tolo, não fui eu que escolhi o direito, ele me escolheu.
Encontrei aqui o melhor de mim, cresci, amadureci, aprendi muito com todos meus erros e acertos, e se não tivesse sido aqui, tão longe de casa, se não tivesse sido direito, eu não seria quem sou. Considero-me uma cidadã, que não se satisfaz com que o que vê na televisão e nem engole o que colocam na capa das revistas. Tornei-me e continuo sempre sendo o mais crítica, receosa, questionadora e imparcial possível e principalmente, ciente que ainda tenho muito o que aprender.
Percebi que a única coisa que se pode fazer é fazer diferente. Se nós, pessoas que cobram, exigem, fizéssemos diferente, creio que não seria necessário mais leis, pois o que são as leis se não o resultado da falta de sabermos lidar com o poder e com a nossa liberdade? Tornei-me um ser pensante, que sabe que não adianta aumentar as penas ou até mesmo crimes, e sim, fazer com que eles não aconteçam. Respeitar o espaço do outro, a boa fé, a camaradagem. Ah, se fossemos todos camaradas!
“As misérias do Processo Penal” foi um livro me trouxe uma inquietação tremenda, e que possui uma passagem que resumi bem tudo que aprendi até agora: “Para merecer o título de homem civilizado, é preciso derrubar este comportamento; somente quando conseguimos dizer sinceramente “eu sou como este”, então verdadeiramente seremos dignos da civilização.” Nos igualarmos, nos unirmos, lutarmos e transformarmos não só nossas atitudes, mas fazermos transformar. E isso que fará com que nosso país tropical, seja não só bonito, mas justo por natureza.
E por essa busca incessável, que continuarei, continuarei até que não me sobrem mais forças, até que me acabe a esperança, pois sei, que todos nós, somos capazes de trazer mudança, e sei também que como Carnelutti disse “Se, talvez, um só dos meus grãos germinasse, não terei semeado em vão.”
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