Principais Doenças De Enchentes No Brasil.
Pesquisas Acadêmicas: Principais Doenças De Enchentes No Brasil.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fabriciotelex • 25/3/2015 • 978 Palavras (4 Páginas) • 236 Visualizações
Em situações de desastres, como inundações, há uma demanda natural da população por medidas que possam minimizar os efeitos e os riscos decorrentes. Em resposta, não raro, vê-se por alguma razão, não muito clara - o estabelecimento de "campanhas" de imunização e, por vezes, tentativas de distribuição de medicamentos "profiláticos" para as populações atingidas. Essas medidas, além de técnicamente incorretas, são improdutivas e desviam recursos e força de trabalho das ações que realmente são efetivas. Além disso, podem dar à população uma falsa sensação de segurança, levando-a a não observar regras básicas de higiene e a não procurar rapidamente as Unidades de Saúde em caso de adoecimento. As ações para minimizar os riscos de infecções e de suas possíveis conseqüências devem ser imediatas e efetivas. É essencial que as populações atingidas tenham acesso a:
As inundações aumentam os riscos de aquisição de doenças infecciosas transmitidas de água contaminada através contato ou ingestão, como leptospirose, hepatite A, hepatite E, doenças diarreicas (Escherichia coli, Shigella, Salmonella) e, em menor grau, febre tifóide e cólera. As chuvas, e não as inundações, podem também facilitar a ocorrência de dengue, uma vez que o acúmulo de água relativamente limpa em qualquer recipiente (vasos de plantas, latas, pneus velhos etc.) permite a proliferação do Aëdes aegypti. O controle desse mosquito também é fundamental para manter as cidades livres da febre amarela, doença que não é transmitida nos centros urbanos desde 1942.
A leptospirose, a hepatite A , hepatite E, as doenças diarreicas e a febre tifóide ocorrem mais comumente em áreas onde a infra-estrutura de saneamento básico é inadequada ou inexistente. Podem ser adquiridas pela ingestão de água e alimentos contaminados pelas inundações (leptospirose , hepatite A, hepatite E, doenças diarreicas, febre tifóide e cólera) ou através do contato direto das pessoas com a água e a lama das enchentes (leptospirose).
A leptospirose é causada por uma bactéria, a Leptospira interrogans, que é eliminada através da urina de animais, principalmente o rato de esgoto, e sobrevive no solo úmido e na água. As inundações facilitam o contato da bactéria com seres humanos. A Leptospira interrogans pode penetrar no organismo através do contato da pele e de mucosas com a água e a lama das enchentes. A infecção também pode ocorrer por ingestão, uma vez que as inundações podem contaminar a água de uso doméstico e os alimentos. As manifestações, quando ocorrem, aparecem entre 2 e 30 dias após a infecção. A distribuição indiscriminada de antibióticos para a população como profilaxia da leptospirose é tecnicamente inadequada. Além de ser ineficaz para evitar ou controlar epidemias, desvia inutilmente recursos humanos e financeiros. É mais racional diagnosticar e tratar precocemente os casos suspeitos. As manifestações iniciais da leptospirose são clinicamente indistingüiveis das do dengue.
A hepatite A é causada por um vírus. A transmissão do vírus da hepatite A é fecal-oral, e pode ocorrer por meio da ingestão de água e alimentos contaminados ou diretamente de uma pessoa para outra. A infecção é muito comum onde o saneamento básico é deficiente ou não existe, mesmo sem a ocorrência de inundações. Como conseqüência, a maioria da população dessas áreas foi infectada quando criança e tem imunidade contra a doença. Em crianças, a hepatite A é freqüentemente assintomática ou tem manifestações discretas. A vacinação contra a hepatite A, que ainda tem custo elevado, é feita com duas doses, observando-se um intervalo de seis meses entre elas. Poderá ser mais útil quando for introduzida no esquema básico de imunização da infância. A hepatite
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