Profissão ética E Moderna

O movimento de reconceituação representou um marco decisivo no desencadeamento do processo de revisão critica do serviço social, foi também um saldo qualitativo que foi se reestruturando uma profissão interventiva no combate das desigualdades sociais e também um marco no processo de politização e mobilização de profissionais e estudantes com participação do sindicato de todo país. A transição foi marcada por uma forte efervescência de lutas sociais, após a queda da ditadura.

O movimento teve diversas conquistas, mas a principal foi o da recusa do profissional de serviço social, como um agente técnico puramente executivo.

Os desafios atuais levaram a construir coletivamente um projeto ético politico profissional que possa enfrentar competência e compromisso, no interior das forças sociais.

Podemos afirmar então que, o movimento de reconceituação do Serviço Social na América Latina constituiu-se numa expressão de ruptura com o Serviço Social tradicional e conservador; e na possibilidade de uma nova identidade profissional com ações voltadas às demandas da classe trabalhadora cujo eixo de sua“ preocupação da situação particular para a relação geral e passa a ter “uma visão política da interação e da intervenção”, sob uma perspectiva preventiva, corretiva e proporcional.

A pobreza vai se transformando em um tema central na agenda social por sua crescente visibilidade, pois a década deixou um aumento considerável do numero absoluto de pobres pelas pressões da democratização que caracterizavam a transição. A ideia é fazer com que esses indivíduos sintam-se parte da sociedade, eliminando ou reduzindo o sentimento de exclusão social.

Enfim, com a reconceituação tornou possível a formação de profissionais com novos perfis, criticando as vertentes individualistas, procurando embasamento científico e ético para sua intervenção, além de uma formação continuada, para dar suporte ao caráter moderno e atuante da profissão, formando uma nova identidade profissional. Representou para o Serviço Social o início um novo modo de refletir pensar e agir de maneira a criar vínculos com ações transformadoras que vai muito além do capital, como a “defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo”.