Proposta Construtiva
Trabalho Universitário: Proposta Construtiva. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: klecyaa • 31/10/2013 • 1.344 Palavras (6 Páginas) • 482 Visualizações
Proposta Construtivista
Para se trabalhar com a proposta construtivista é preciso primeiramente avaliar em que fase a criança se encontra e o que faz parte da realidade dela, para que seja possível realizar um trabalho a partir deste universo. Então, o educador realizará atividades desafiadoras para o pensamento das crianças e gerar conflitos cognitivos que permitam a participação integral da criança e as ajudem a buscar novas respostas.
Os estudos de Piaget, Ferreiro e Teberosky mostram que outras propostas de ensino funcionam, mas não desenvolvem o aluno cognitivamente e a proposta construtivista pretende sanar essa necessidade.
A grande vantagem deste método é que a criança é o principal agente da aprendizagem, gerando um maior interesse por parte dela, e o professor sente uma maior necessidade de se manter atualizado.
Segundo o texto estudado, existe duas desvantagens: a proposta não se adapta a organização de séries, ficando mais difícil a compreensão dos pais, pois a aprendizagem não é imediata, respeita a fase da criança; e a insegurança do professor por não trabalhar com uma plano fechado.
O construtivismo se refere ao processo de aprendizagem, que coloca o sujeito da aprendizagem como alguém que conhece e que o conhecimento é algo que se constrói pela ação deste sujeito. Nesse processo de aprendizagem o ambiente também exerce seu papel, pois, o sujeito que conhece faz parte de um determinado ambiente cultural.
Para que a proposta construtivista seja realizada, portanto, também é preciso modificar o ambiente alfabetizador, incorporando materiais que estimulem o desejo pela leitura, porém, também é preciso que o professor esteja preparado para utilizar-se desses materiais adequadamente.
"... A minha contribuição foi encontrar uma explicação segundo a qual, por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa" (Emília Ferreiro)
Segundo Magda Soares*, a perspectiva construtivista trouxe importante e diferentes contribuições para a alfabetização:
[...] Alterou profundamente a concepção do processo de construção da representação da língua escrita, pela criança, que deixa de ser considerada como dependente de estímulos externos para aprender o sistema de escrita, concepção presente nos métodos de alfabetização até então em uso, hoje designados tradicionais, e passa a sujeito ativo capaz de progressivamente (re) construir esse sistema de representação, interagindo com a língua escrita em seus usos e práticas sociais, isto é, interagindo com material para ler, não com material artificialmente produzido para aprender a ler; os chamados para a aprendizagem pré-requisitos da escrita, que caracterizam a criança pronta ou madura para ser alfabetizada - pressuposto dos métodos tradicionais de alfabetização - são negados por uma visão interacionista, que rejeita uma ordem hierárquica de habilidades, afirmando que a aprendizagem se dá por uma progressiva construção do conhecimento, na relação da criança com o objeto língua escrita; as dificuldades da criança no processo da construção do sistema de representação que é a língua escrita- consideradas deficiências ou disfunções, na perspectiva dos métodos tradicionais - passam a ser vistas como erros construtivos, resultado de constantes reestruturações.
Ou seja, a criança desenvolve um senso de responsabilidade por seu próprio aprendizado, entende o mundo espontaneamente por assimilação, organizando os dados do exterior de uma maneira própria. As idéias de Piaget garantiram que havia um mecanismo natural de aprendizagem e que a escola deveria acompanhar a curiosidade da criança, propondo atividades com temas que a interessassem naquele momento, sem se prender a um currículo rígido.
No entanto, aconteceu uma redução do construtivismo à uma teoria de aquisição de língua escrita e transformação de uma investigação acadêmica em método de ensino. Com esses equívocos, difundiram-se, sob o rótulo de pedagogia construtivista, as idéias de que não se devem corrigir os erros e de que as crianças aprendem fazendo "do seu jeito". Essa pedagogia dita construtivista, trouxe sérios problemas ao processo de ensino e aprendizagem, pois desconsidera a função primordial da escola que é ensinar, intervindo para que os alunos aprendam o que, sozinhos, não têm condições de aprender.
Em relação a alfabetização pode-se, nesse caso, dizer segundo Terezinha Nunes, "talvez a contribuição mais significativa que o construtivismo já ofereceu à alfabetização (foi) auxiliar as alfabetizadoras na tarefa de compreender as produções da criança e saber respeitá-las como construções genuínas, indicadoras de progresso, e não como erros absurdos.” No construtivismo a maneira de construir o saber é muito ampla, incluindo realmente as idéias de descobrir, inventar, redescobrir, criar; sendo que aquilo que se faz é tão importante quanto o como e porque fazer.
Durante minha prática em sala de aula e experiência em diferentes redes de ensino pude perceber que existiram e ainda existem muitas idéias que distorcem o construtivismo, e as mais comuns são:
- Não se deve corrigir o erro do aluno.
Mas os erros dos alunos podem dar pistas importantes sobre as capacidades de assimilação.
- Ser construtivista é colocar o aluno para trabalhar em grupo.
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