QUESTÃO SOCIAL PERÂNTE AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS.
Trabalho Escolar: QUESTÃO SOCIAL PERÂNTE AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: perry24 • 6/5/2014 • 1.637 Palavras (7 Páginas) • 422 Visualizações
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
1 EXPRESSÓES DA QUESTÃO SOCIAL E CONSEQUÊNCIAS ......................... 4
2 E A LUTA CONTINUA ....................................................................................... 7
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 8
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INTRODUÇÃO
A denominação Questão Social - conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos - surgiu no século XIX a partir das manifestações da miséria e pobreza, oriundas da exploração das sociedades capitalistas. Um reflexo da desigualdade social contestada pelo proletariado, gerando problemas para a burguesia.
Tais classes sociais - burguesia, proprietários de terra que se tornaram comerciantes controladores do mercado através de seus monopólios e proletariado, classe empobrecida de camponeses e artesãos que eram obrigados a vender sua força de trabalho - surgiram através da Revolução Indutrial. Revolução esta que marcou o processo de transição da produção artesanal para a produção em série feita por máquinas, promovendo o fim do feudalismo, sua economia mercantil e gerando grande impacto sobre a sociedade, modificando-a completamente. Um dos motivos desta modificação era a necessidade de uma grande quantidade de mão-de-obra, fato este que levou ao surgimento das cidades industrias, pois os trabalhadores eram obrigados a morar nos arredores das fábricas, além, é claro, da exploração absurda da burguesia, que tinha a posse privada dos meios de produção, apoiada pelo Estado que visava apenas proteger o capital. Esta união - burgueses e Estado - gereou grandes dificuldades ao proletáriado, que por sua fez, se organizou contra o sitema, entendendo que a ascensão do capitalismo significava a exploração de suas vidas.
É neste contexto que surge a questão social. Buscaremos, agora, observar suas expressões e a postura da sociedade no passado e no momento presente.
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1 ESPRESSÓES DA QUESTÃO SOCIAL E CONSEQUENCIAS
A questão social se expressava da seguinte forma: total desvalorização do trabalhador, que eram tratados como propriedades da burguesia.
As cidades industriais não estavam preparadas para acomodar toda a população, que chegava em busca de empregos, faltavam habitações adequadas. Os indivíduos pertecentes a classe operária não tinham condições de pagar por uma moradia, porque seus salários eram baixos e o valor do aluguel de uma residência era altíssimo. Como consequência, os trabalhadores eram obrigados a viver em condições miseráveis, amontuados em bairros, junto as instalações industriais, sem água, energia elétrica e esgoto. No ambiente de trabalho, a situação não era melhor, as instalações eram insalubres, além de não terem horários determinados para o fim do expediente ou para almoço e janta, e chegavam a trabalhar por mais de treze horas seguidas. Assistência aos desempregados, doentes, idosos ou à gestantes não existia. Mulheres e crianças eram obrigadas a trabalhar para aumentar a renda familiar, mas tinham uma remuneração inferior, ocasionando preferências na contratação, deixando os homens sem emprego. Outra expessão, não menos humilhante, é a Lei dos Pobres.
[...] a Lei dos Pobres: promulgada em 1897, determinava que os atendidos pela assistência pública vivessem confinados em locais a eles destinados, denominados como a Casa de Correção. A Lei dos Pbres implicava a destituição da cidadania econômica. Sem domínio sobre sua própria vida, poderiam inclusive ser cedidos, independentemente de ônus para os cofres públicos, para suprir transitoriamente a escassez de mão-de-obra em momentos em que atingisse níveis baixos.
(MARTINELLI, 1991, P. 55)
Diante de toda esta situação, o proletariado decidiu lutar, através de manifestações e greves, pelo direito a liberdade individual e à vida digna com igualdade. Em contrapartida, a burguesia aliou-se à Igreja e ao Estado buscando meios de dominação da classe revoltada. Desta aliança surge o Serviço Social como instrumento da racionalização da assistencia e, evidentemente, fruto do
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desejo de reprimir os trabalhadores insatisfeitos através do controle do processo social e das suas condições de vida, mantendo assim um certo dominio sobre a questão social para garantir a expansão do capital.
No Brasil, apesar de sua industrialização ter acontecido de forma tardia, o impacto na sociedade não foi diferente. A classe operária sofria com a exploração do trabalho, assim como na Europa, e suas lutas sociais - greves e manifestações que reivindicavam diretos trabalhistas, como: salário e jornada de trabalho dignos - eram vistas, pela burguesia, como uma ameaça ao acumulo de capital. A questão social era vista como um problema moral de responsabilidade individual dos sujeitos que se rebelavam contra sua realidade e, por isso, trada com repressão, tornando-se um "caso de polícia".
A "questão social" relaciona-se à generalização do trabalho livre, numa sociedade com marcas da escravidão.
[...] Por tanto, o desdobramento da questão social é também a questão da formação da classe operária e de sua entrada no cenário político, de seu reconhecimento em nível de Estado, da implementação de políticas que atendem seus interesses. Sendo assim, a questão social constitui-se, essencialmente, da contradição entre burguesia e proletariado.
(IAMAMOTO; CARVALHO, 1983, PARTE II)
Atualmente, a questão social continua a se expressar através das desigualdades econômica / social e cultural.
No Brasil, a desigualdade econômica é uma das maiores do mundo, gerada pela má
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