Questao Social
Pesquisas Acadêmicas: Questao Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: prita • 28/10/2014 • 2.537 Palavras (11 Páginas) • 266 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 7
1 INTRODUÇÃO
Originalmente, a questão social foi constituída em torno das transformações econômicas, políticas e sociais ocorridas na Europa do Século XIX, devidas à industrialização. Inicialmente essa questão foi levantada quando com a tomada de consciência da sociedade, ou parte dela, dos problemas decorrentes do trabalho urbano e da pauperização como fenômeno social, ou seja, o processo de urbanização, somado ao da industrialização, deu origem ao empobrecimento do proletariado, mas ao mesmo tempo, consciencializou essa classe da sua condição de exploração e levou à contestação da mesma. Por isso, a Questão Social atingiu contornos problemáticos, em especial para a sociedade burguesa, que para enfrentá-la recorreu à implementação de políticas sociais (Heidrich, 2006, p.1).
Segundo Iamamoto (1999, p.27), a Questão Social pode ser definida como: O conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que têm uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos se mantém privada, monopolizada por uma parte da sociedade.
Robert Castel, em A Metamorfose da Questão Social, faz uma análise das transformações históricas da sociedade capitalista, confirmando que a questão social, assim nomeada pela primeira vez em 1830, foi suscitada quando da constatação do distanciamento existente entre o crescimento econômico e o aumento da pobreza por um lado e uma ordem jurídico-política que reconhecia o direito dos cidadãos e uma ordem econômica que os negava, por outro lado.
Refletir sobre as manifestações da Questão Social requer levar em consideração o processo histórico da formação da sociabilidade capitalista e suas particularidades
2 DESENVOLVIMENTO
Hoje a “questão social” é a expressão das desigualdades e lutas sociais em suas múltiplas manifestações e todos os segmentos sociais envolvidos (trabalhadores e desprotegidos) são heterogêneos. A questão social é traduzida pela inadaptação dos métodos antigos de gestão social.
A crise, diagnosticada desde o final da década de 1970, teve um influxo no início da década de 1990 e apresenta três dimensões:financeira, uma vez que os gastos são maiores que o ingresso de recursos; ideológica, devido a falta de eficácia do Estado empresário para enfrentar as questões sociais; filosófica, pela desintegração dos princípios que organizam a solidariedade e da concepção tradicional de direitos sociais.
Para amenizar os efeitos danosos tanto da Questão Social quanto das crises econômicas o Estado é chamado a atuar de forma direta/indireta, por meio de instrumentos tais como o Serviço Social, na regulação e manutenção das relações sociais, aprofundando, muitas vezes, a situação de desigualdade social, econômica, política e cultural entre os países “centrais” e de “terceiro mundo”, especialmente, em momentos de crise, como o que atravessamos.
O assistente social tem na “questão social” a base de sua fundação enquanto especialização do trabalho; ou seja, tem nela o elemento central da relação profissional e realidade. Nesta interface, os assistentes sociais são chamados a intervir nas relações sociais cotidianas, visando à ampliação e consolidação da cidadania na garantia dos direitos civis, políticos e sociais aos segmentos menos favorecidos e mais vulnerabilizados socialmente (trabalhadores, crianças, adolescentes, idosos, portadores de necessidades especiais, mulheres, negros, homossexuais e suas respectivas famílias).
É importante salientar que esta questão por muito tempo esteve relacionada à “disfunção” ou “ameaça” de alguns indivíduos à ordem social. Seu reconhecimento deu-se na segunda metade do século XIX, a partir da emergência da classe operária e seu ingresso no cenário político, na luta em prol dos direitos relacionados ao trabalho e na busca pelo reconhecimento de seus direitos pelos poderes vigentes, em especial pelo Estado.
Nos últimos anos, as crises dos padrões produtivos, da gestão do trabalho e as recentes transformações societárias têm repercutido diretamente nas políticas públicas de proteção social. E, nesse quadro a família é redescoberta como agente de proteção social privado de proteção.
As crises dos padrões produtivos, da gestão do trabalho e as recentes transformações societárias têm repercutido diretamente nas políticas públicas de proteção social e no surgimento de novas configurações da “questão social” no cenário brasileiro, em especial, a partir da década de 1970. Diante desse quadro, a “questão social” é redimensionada, sofre alterações e apresenta particularidades e especificidades para a sociedade brasileira no cenário contemporâneo.
As profundas alterações do sistema capitalista, que intensifica o processo de exploração e expropriação das classes trabalhadoras, reduzem o papel do Estado na garantia de direitos e promoção de políticas públicas sociais que atendam às necessidades básicas de maior parte da população.
A família é (e sempre esteve) compreendida como instância de gestão e superação da crise de (mal) bem-estar social que se vive hoje nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento. A família, além de assumir suas tradicionais atribuições na sociedade, torna-se responsável por promover cuidados e serviços que deveriam ser ofertados pelo estado de bem estar social.
Nesse contexto que floresce o debate sobre as novas expressões da “questão social” e a centralidade das famílias nas políticas sociais vigentes entre políticos, estudiosos e organizações sociais; emergindo, no contexto internacional, novas formas de sociabilidade via programas sociais marcados pelas idéias da centralização, privatização e focalização, como é o caso dos Programas de Transferência de Renda.
A família tem papel importante diante das novas expressões da “questão social” no contexto atual. A família e políticas sociais de proteção social apresentam funções correspondentes e essenciais frente a situação de vulnerabilidade social, segmentos representativo da sociedade. Mas, além da sua importância nas políticas não podemos esquecer das estratégias que são criadas, como as redes sociais.
Não se pode pensar na questão das políticas sociais de proteção social e família sem atentar para as construções
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