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Questao Social

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Por:   •  8/12/2014  •  995 Palavras (4 Páginas)  •  1.417 Visualizações

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Resenha Temática- Questão Social

O livro A Categoria “Questão social” em Debate, de Alejandra Pastorini, apresenta de forma clara e objetiva a questão social do século XX, sua ruptura com o capitalismo industrial e transformações diante da crise econômica capitalista mundial, que alteraram as ações sociais entre a classe capitalista e trabalhadora, nos anos 70. Essas análises são associadas as mudanças do mundo capitalista, no “paradigma da exclusão “que passou a dominar a luta de classes e das desigualdades causadas pelo capitalismo, a crise no “Estado do bem-estar social e, de maior relevância o laço social e os riscos da coesão social.

O livro é composto por quatro capítulos, que se referem sobre a trajetória da construção do conceito da nova “questão social”, seus agentes e suas interferências no meio social, em abordagens que se complementam.

No primeiro capítulo, a autora ressalta sobre as ideias de Rosanvallon(1995), e Castel (1998), ambos destacam a crise dos anos 70, o crescimento do desemprego e o surgimento da “nova questão social” consequência do aparecimento de novas formas de exclusão social.

É apresentado o pensamento de Jeremy Kifkin, que faz uma caracterização de um mundo praticamente sem trabalhadores, denominados de desempregados tecnológicos, em consequência da era pós-mercado. Para Kifkin, a saída salvadora para o fim do desemprego, se daria graças á um terceiro setor (que não seriam nem empresa privada e nem governamental), e também a adoção da redução da carga horária de trabalho, de 40 horas para 30 horas, onde os trabalhadores teriam horas livres pra utilizar em tarefas construtivas, tanto na esfera social, como familiar, contribuindo assim para a diminuição do caos da atualidade (violência, pobreza e exclusão social).

Pastorini apresenta ainda neste capítulo, as ideias de Gorz (1987), Antunes (1996 e 1997), que explicam o desemprego e a nova conjuntura social sob a ótica do fim do trabalho, apoiadas nas oposições binárias: emprego/desemprego; tempo de trabalho/tempo livre; trabalho abstrato/trabalho concreto. Temos também as ideias de Aznar, que diante da substituição do homem pela máquina, oferece como solução para o desemprego: a repartição da renda independente da participação dos sujeitos na esfera de produção.

A influência dos Estados Unidos na política de outros países capitalistas, que se veem obrigados a liberar os fluxos internacionais de capital e á financiarem as dividas públicas. Todo esse processo trouxe mudanças no mundo do trabalho capitalista contemporâneo, tanto na sua organização do processo de produção, quanto na organização dos trabalhadores e a perda de muitos direitos por eles conquistados, com o sentimento de aceitação de “exploração” pela oportunidade de trabalhar. Há também alterações no papel do Estado, com certa diminuição para o social e maximização para o capital.

No segundo capítulo, indica elementos que permitem analisar “a nova questão social contemporânea”, sem perder aquilo que se antecede, num processo de conservação e renovação, sem cortes temporais fixos. Neste capitulo, a autora tem como principais referências as obras de Rosanvallon (1995), que dar ênfase entre a nova e a velha “questão social”, que a era pós-industrial traz retorno aos problemas sociais do passado, mas sim um novo fenômeno de exclusão. Para Rosanvalon, o Estado-providencia passa por uma crise filosófica, incapaz de solucionar os problemas atuais, ele defende a retomada dos modelos de Estado-providencia, bismarckiano e beveridgeano, tornando-se um Estado servidor, mas para isso, era necessário refundar o principio da solidariedade.

O Estado-providencia ativo poderia constituir uma justificação e sistematização do processo de individualização, onde estaria cada vez mais vinculado ás classes sociais, as populações homogêneas, aos grupos sociais e aos indivíduos particulares, oferecendo os meios específicos para modificar o curso de sua vida, sem questionar a ordem estabelecida, baseado no

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