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Questão ambiental e Desenvolvimento Sustentável: um desafio ético político ao Serviço Social

Por:   •  11/3/2018  •  Artigo  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  351 Visualizações

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Questão ambiental e Desenvolvimento Sustentável: um desafio ético político ao Serviço Social

O debate em torno da questão ambiental tem abarcado várias formas de conhecimento. Há de se considerar que existe certa organização da ação capitalista frente às demandas impostas pela degradação ambiental e o enfrentamento da questão ambiental.

Alguns elementos podem contribuir para que a gestão ambiental possa engendrar ações que busquem intervir neste campo de forma a superar a condição atual da questão ambiental. A adoção de novas tecnologias limpas, a utilização de matérias primas ditas ecológicas, a redução de danos causados pela poluição, a reciclagem de resíduos sólidos e as mudanças comportamentais.

Todas as alternativas propostas encontram-se amarradas pelo Desenvolvimento Sustentável face ao desenvolvimento econômico embricado junto às implementações dessas ações. O que consiste em reunir interesses antagônicos em nome da preservação ambiental. O termo Desenvolvimento Sustentável, tem amplas aberturas no que diz respeito à forma de conceituação. Os sujeitos sociais envolvidos nessa causa são de natureza diversa. Ademais, importa que o Desenvolvimento Sustentável tem assumido discursos no âmbito do capital, tornando-se deste modo, uma estratégia do próprio capital na manutenção de sua hegemonia sobre a temática.

A questão ambiental e os desafios ao Serviço Social

O próprio modo de produção capitalista tem assegurado continua produção e reprodução da questão ambiental. O capital tem e manifestado no sentido de administrar as mazelas causadas pela sua própria ação sobre a natureza, por meio de discursos de solidarismo, programas compensatórios, respeito aos direitos humanos e defesa ao meio ambiente.

O discurso da sustentabilidade tem adquirido papel relevante no adensamento das questões ambientais, bem como, afirmado características ideopoliticas para justificar a decrescente capacidade do planeta de absorver tanta destruição da biodiversidade.

No plano teórico, o que vem sendo construído em relação a essas questões enquanto resposta do capital é o deslocamento da questão social, das dimensões econômicas, ideológicas, cultural e política em detrimento a dimensão ecológica. O que ocorre é que essa concepção é sustentada pelo viés capitalista da geração do lucro, do redimensionamento das expressões da questão social, sendo que esse discurso leva ao fracasso, porque não se compreende a questão social atrelada a questão ambiental, logo assume-se que são antagônicas e não se problematiza a realidade de forma complexa e contraditória.

Nesse sentido, as alternativas defendidas pelo capital tem se mostrado insuficientes para a resolução das diversas mazelas decorrentes dessa relação questão ambiental- questão social. Além disso, sabe-se que a cisão entre sustentabilidade ambiental e sustentabilidade social aprofunda ainda mais a contradição entre elas, pois afetam de formas diferentes as classes sociais. Além disso, a questão ambiental encarada enquanto problemática que afeta apenas o ambiente material e não o social, justifica a naturalização da pobreza.

No campo do Serviço Social, o trabalho com a questão ambiental tem revelado aspectos importantes no que diz respeito à intervenção profissional mediada pela incorporação dessa temática ao universo da empresa,

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