Questão da educação especial no contexto de Problem Education
Artigo: Questão da educação especial no contexto de Problem Education. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcos098 • 17/6/2014 • Artigo • 492 Palavras (2 Páginas) • 339 Visualizações
A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA:
COMPREENSÕES NECESSÁRIAS
Marlene ROZEK1
Resumo
Este artigo busca refletir sobre a Educação Especial no contexto da Modernidade e
problematizar a Educação chamada Inclusiva. Considera que as promessas de emancipação
pretendidas pela razão iluminista, desembocam na incorporação de concepções e práticas
educativas fortemente influenciadas pelo modelo de racionalidade derivado das ciências
empírico-matemáticas, revestindo-se de um caráter classificatório e excludente, ao não
considerar as contingências do processo educativo e, em particular, dos diferentes sujeitos
envolvidos neste processo.
Palavras-chave: Educação especial; Educação inclusiva; Exclusão; Inclusão;
Diferença.
O mundo moderno, ao separar a natureza da cultura, ou da sociedade, estabeleceu,
acima de tudo, uma forma de raciocinar e de compreender o mundo, ou melhor, os mundos
natural, de um lado, e social, do outro. Para Santos:
1
Doutoranda em Educação pela UFRGS. Professora da Faculdade de Educação da PUCRS. Coordenadora do
curso de Pedagogia da Instituição Educacional São Judas Tadeu, Porto Alegre/RS. E-mail:
rozek@cpovo.net ; marlene.rozek@pucrs.br.O paradigma da ciência moderna, sobretudo na sua construção positivista, procura
suprimir do processo de conhecimento todo elemento não-cognitivo (emoção, paixão,
desejo, ambição, etc.) por entender que se trata de um fator de perturbação da
racionalidade da ciência. Tal elemento só é admitido enquanto objeto da investigação
científica, pois se crê que dessa forma será possível prever e logo neutralizar os seus
efeitos. A verdade, enquanto representação da realidade, impõe-se por si ao espírito
racional e desinteressado. Mesmo a paixão da verdade, que, em si, representa a fusão
de elementos cognitivos e não-cognitivos, é avaliada apenas pela sua dimensão
cognitiva. A paixão é incompatível com o conhecimento científico, precisamente
porque a sua presença na natureza humana representa a exata medida da incapacidade
do homem para agir e pensar racionalmente (1989, p. 117).
Esse modo de pensar a relação homem/natureza contribuiu para a afirmação do
homem como existência, ao proporcionar-lhe a sensação de dominação sobre a natureza
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