RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Monografias: RELAÇÕES INTERNACIONAIS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: juliap • 22/8/2014 • 1.013 Palavras (5 Páginas) • 196 Visualizações
Controle de leitura: Kenneth N. Waltz; Teoria das Relações Internacionais
Alunas: Isadora Afonso 11121RIT027; Milena Resende 11121RIT041
Palavras chave: Atores, Sistemas, Relações, Equilíbrio de poder e Estruturas.
Waltz escreve em um período que a teoria realista estava sendo contestada. Esse momento foi marcado pelo fortalecimento das relações existentes no pós-segunda guerra. Neste período, surgiram as Organizações Não Governamentais, Empresas Internacionais, contradizendo algumas das premissas realistas clássicas, as quais afirmam que somente o Estado (como ator unitário) tem força para governar.
Ao apresentar sua teoria, portanto, o autor acaba fazendo uma revisão da Teoria Realista Clássica, demonstrando que apesar da ausência de Organizações Internacionais e Agências Internacionais, essa teoria foi importante para explicar as relações internacionais em determinados períodos. Entretanto, devido às mudanças no sistema internacional, faz-se necessário que suas explicações evoluíssem também.
O neorrealismo reforça a ideia de que o Estado é o principal ator - o mais forte e o que rege as relações - porém não descarta a existência de outros atores.
Além disso, o teórico enfatiza a ideia de que a anarquia no sistema sofistica o significado de Equilíbrio de Poder, apresentando esse de forma circular onde todos os pontos estão agregados. Ao contrário da ordem no âmbito doméstico onde há uma autoridade central – o Estado-, o sistema internacional permanece em constante anarquia. Essa anarquia internacional induz os Estados a agirem de forma a garantir primeiramente, sua segurança. Discute ainda outros temas na agenda não atendo-se somente à Segurança Internacional.
Como dito, os principais atores das Relações Internacionais para Waltz continuam sendo os Estados - os únicos que conseguem alterar as estruturas- todavia, afirma o impacto no sistema de atores secundários. Essa é a justificativa do autor para validar a Teoria Realista. Sofistica o argumento, mas acaba reforçando o ponto de vista de que grandes transformações continuam sendo dirigidas pelos Estados.
Waltz trabalha com conceito de estrutura, entretanto, para explica-la, devemos antes conceituar sistema. O teórico afirma que a Teoria de Relações Internacionais não pode prender-se às questões de nível estatal apenas, mas sim a um nível sistêmico, no qual as unidades vão interagir entre si formando uma estrutura (disposição dessas unidades). Ao conceituar estrutura, subentende-se a existência de um conjunto de unidades em constante interação. Mas Waltz se abstrai dessas características comportamentais das unidades, para assim entender como a disposição das unidades no sistema internacional influencia nas ações estatais. A política interna é ordenada hierarquicamente. Esse é um dos fatores para se entender a significação de estrutura.
O autor ressalta o princípio de autoajuda – que funciona para manter uma harmonia entre os Estados integrantes do Sistema Anárquico-, enfatizando o fato dos Estados serem “auto interessados” e assim, buscam seu próprio interesse. Apesar de possuírem a mesma função no sistema internacional, que é de serem unidades soberanas e autônomas, os Estados diferem em sua capacidade e também em seu princípio ordenador.
Na teoria neorrealista, as ações dos Estados são constrangidas e limitadas pela competição Internacional. À medida que o ator tem seus objetivos individuais e está pensando somente em seu próprio ganho, não se coloca empecilho ao alcance daquilo que almeja, pois se todos tiverem o mesmo objetivo haverá um conflito entre as partes. Existe, portanto, um limite dessa ação do Estado que é dada pela relação com outras unidades. Afirma que em um sistema, conforme as unidades procuram um mesmo objetivo é natural que acabe tropeçando nos interesses alheios.
A teoria de Waltz faz uma comparação com a microeconomia, sendo a última, uma parte integrante do Liberalismo (a mão invisível de Estado,
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