RESENHA SOBRE O TEXTO: CONDIÇÃO PÓS MODERNA (DAVID HARVEY)
Por: Hannah Góes • 23/2/2021 • Resenha • 1.007 Palavras (5 Páginas) • 412 Visualizações
RESENHA SOBRE O TEXTO: CONDIÇÃO PÓS MODERNA (DAVID HARVEY)
Harvey inicia apontando as visíveis mudanças que o capitalismo ocasionou partindo de sua transformação e política que se deu no final do século XX. Houve, portanto uma mudança na conjuntura, desse modo foram estabelecidas modificações profundas e radicais nos hábitos de consumo, processos de trabalho, configurações geopolíticas, geográficas, práticas e poderes do estado. Para tornar esse sistema possível, é fundamental compreender anteriormente duas áreas que condicionam seu andamento, a primeira vem das qualidades anárquicas dos mercados de fixação de preços, e a segunda procede da inevitabilidade de exercer suficiente controle sobre o emprego da força de trabalho para garantir a adição de valor na produção, e desse modo, lucros positivos para o maior número possível de capitalistas. Partindo desse ponto, podemos ter uma compreensão de suas confusas inter-relações.
Adam Smith reforça a ideia de que a memorada “mão invisível” do mercado, nunca se bastou para garantir um crescimento estável ao capitalismo. Para tal é necessário uma intervenção e regularização do Estado, para desse modo equilibrar as falhas de mercado, sobretudo aos danos causados na sociedade e na natureza que são classificados como danos inestimáveis. As intimidações sofridas pelo estado de entidades políticas, sindicais, religiosas, patronais e culturais como o texto mostra, dissimulam diretamente na vida dinâmica na vivência dinâmica do capitalismo, tendo em si dois tipos de pressão, a direta que pela imposição controlam os preços e salários e a indireta que margeiam mensagens subliminares em prol das primordialidades e anseios básicas da vida e de novos conceitos.
Pode-se compreender que no fordismo há, por conseguinte a preocupação com o consumo da massa, para além da produção em massa. É fundamental destacar a imperativa atuação do Estado como controlador na projeção desse padrão de desenvolvimento. O fordismo tanto se amparou como auxiliou para a estética modernista, singularmente em associação à eficiência e a funcionalidade, porém sua rigidez e o desgaste dos alicerces fiscais do Estado acarretariam, mais tarde, em uma extensa reestruturação política e social. Vale destacar também que o conhecimento científico e técnico sempre teve importância na luta competitiva, a partir das rápidas mudanças de sistema de produção flexíveis, sendo assim, temos o ensino como uma peça chave nesse processo.
Harvey no tópico teorizando a transição nos apresenta uma observação acerca deste assunto, dessa maneira, o autor exterioriza inúmeras perspectivas perante o processo capitalista. Acumulação flexível busca capital financeiro como efeito controlador. Sendo, portanto, o inverso do fordismo, o sistema fordista se qualificava por ser profundamente rígido, entretanto, diferente da acumulação flexível que por uma ordem de práticas procurou romper a rigidez do fordismo. Por bastante, com a transição do fordismo para a acumulação flexível, recordou inúmeras adversidades de entendimento entre as teorias, tais como: o keynesiano, monetaristas e o marxismo. Entretanto há um sinal de imersas alterações do capitalismo, sendo a partir de 1970. É portanto importante entendermos estas mudanças analisando os três relatos que são frutos da transição: o primeiro como texto diz “enfatiza os elementos positivos e liberatórios do novo empreendimento (Halal, 1986)”, já o segundo “acentua a relação de poder e a política com relação a economia e a cultura (Lash e Urry, 1987)” e por último “transformações no campo da tecnologia e do processo de trabalho, ao mesmo tempo em que avalia como o regime da acumulação e suas modalidades de regulamentação se transformaram (Swyngedouw, 1986)”.
O que podemos analisar sobre o pensamento dos autores citados por David Harvey é que existe uma similaridade de ideias, embora seja difícil entender sua essência. Eles acentuam mais a desintegração do que a coerência do capitalismo contemporâneo. Desse modo entendemos que esse molde flexível
...