RUPTURA COM O CONSERVADORISMO DA PROFISSÃO E O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO
Artigo: RUPTURA COM O CONSERVADORISMO DA PROFISSÃO E O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: solangenovo • 14/4/2014 • 3.732 Palavras (15 Páginas) • 4.336 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
POLO DE PELOTAS
Curso de Serviço Social.
Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social II
Nome RA
EVA SOLANGE XAVIER DA ROCHA 5733167207
PAULA XAVIER SIQUEIRA SILVA 4351851237
SOLANGE NOVO DE SOUZA 3821662243
RUPTURA COM O CONSERVADORISMO DA PROFISSÃO E O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO.
Prof. Ma. Laura Santos
Pelotas 17 de abril de 2013.
SUMÁRIO
I – Introdução..............................................................................................................1
II – Desenvolvimento...................................................................................................2
III – Conclusão.............................................................................................................8
IV – Bibliografia...........................................................................................................9
Compreender como o Movimento de Reconceituação influenciou o Serviço Social para uma nova postura profissional, quais os objetivos, e em qual cenário político esse processo se desencadeou foram um dos objetivos de nossa pesquisa, bem como contextualizar as discussões ocorridas nos marcos históricos da profissão: Movimento de Reconceituação e Seminário de Metodologia do Serviço Social, realizados no sentido de aprofundar as teorias e a cientificidade para a metodologia profissional. Percorrer as correntes filosóficas utilizadas pelo Serviço Social nos trouxeram os subsídios necessários para compreender como se iniciou, a partir da erosão da base do Serviço Social, a renovação da profissão que se deu sob três vertentes: a modernizadora baseada na teoria positiva; a de renovação do conservadorismo guiada pela teoria fenomenológica; e a de intenção de ruptura influenciada pelo marxismo. Sistematizar todos os elementos obtidos na realização das etapas do referido trabalho contribuiu para ampliarmos nossos conhecimentos a respeito de temáticas relevantes para entender como o Serviço Social foi se renovando e se desenvolvendo no percurso da sua trajetória no Brasil período pós-64.
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social começou a se articular no Brasil a partir da insatisfação de um grande grupo de profissionais que queriam romper com as práticas conservadoras da profissão influenciadas pela doutrina católica e com o caráter funcionalista dos Estados Unidos fortalecendo a sua ação a partir de teorias mais consistentes e trazendo para o Serviço Social uma nova postura frente à realidade da sociedade e das questões vividas pela população. Consoante com o Brasil o movimento também estava tomando proporções na América Latina e teve o apoio de organizações internacionais, pois percebiam a grande importância de uma melhor qualificação da profissão. Nesse sentido muitas escolas de Serviço Social promoveram encontros regionais, como forma de discussão a respeito da metodologia da profissão, sendo assim os profissionais se reuniram para elaborar algumas diretrizes de adequação em suas práticas metodológicas em relação ao regime político da época, para esse fim foram promovidos vários encontros, entre eles os seminários de teorização do Serviço Social Araxá e Teresópolis e o de metodologia do Serviço Social, Sumaré e Alto da Boa Vista onde foi discutido pelas categorias as críticas referente ao tradicionalismo e a necessidade de um instrumental técnico e científico para uma atuação mais eficiente .O diálogo com o rompimento do conservadorismo sofreu influência crítica dos pressupostos marxistas buscando uma perspectiva diferente para sua legitimidade profissional até então pouco contundente para o enfrentamento da realidade social, redirecionando sua ação de forma comprometida com as classes desfavorecidas. As instituições de ensino começaram a se mobilizar no sentido de qualificar os profissionais através de pesquisas acadêmicas propiciando o acesso as novas teorias concomitantes com a realidade social, lançando uma nova vertente ideológica que se propagou na estrutura do Serviço Social. A opressão gerada nas conjunturas políticas, e que possui uma economia de capital concentrado e um consumismo assolando a maioria empobrecida, levaram o reconhecimento dos profissionais sociais à importância de assumirem seu papel político nas desigualdades de classe em prol dos usuários e também da sua própria classe trabalhadora. Os movimentos sociais desencadeados na época foram muito relevantes para a conquista dos direitos dos trabalhadores, pois foram reconhecidos na Constituição Federal de 1988, permitindo que os direitos e deveres dos profissionais impactassem de forma mais expressiva na sociedade. Grandes possibilidades surgiram para o Serviço Social com eventos importantes como, por exemplo, o projeto ético-político impulsionado pelo Movimento de Reconceituação e Regulamentação da Profissão aprovada em lei e que norteiam os aspectos de transformação social, os cursos superiores foram aprimorando cada vez mais as potencialidades intelectuais de seus acadêmicos ampliando assim uma consciência crítica dos profissionais que perceberam que suas contribuições não deveriam ser apenas como executores, mas também como participantes ativos no planejamento e desenvolvimento das políticas públicas. O processo de reconceituação do Serviço Social foi amplamente debatido e analisado pelos profissionais, sua trajetória foi se moldando devido ao agravamento das questões sociais decorrentes das práticas desenvolvimentistas imprimidos na economia, porém o agravante da ditatura militar suprimiu as articulações, com a anistia militar e a abertura política os profissionais encontraram o solo propício para retomarem suas discussões, pois seus ideais sociais não foram apagados pela repressão
...