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Resenha Negros, Indígenas e a Universidade que Precisamos Ter

Por:   •  8/6/2016  •  Resenha  •  849 Palavras (4 Páginas)  •  393 Visualizações

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RESENHA

Ana Carolina Luiz Rahal

TEXTO: QUEIROZ, I.P.; QUELUZ, G.L. Negros e indígenas e a universidade que precisamos ter.

O texto estudado foi escrito por QUEIROZ, I.P.; QUELUZ, G.L., cujo título é Negros e indígenas e a universidade que precisamos ter. O texto problematiza e alerta para a não ocupação da universidades, pelos povos negros e indígenas, explicitando que devem existir mecanismos de acesso e permanências desses povos.

O texto possui a sua estrutura subdividida em resumo, introdução, desenvolvimento, composto por quatro capítulos e considerações finais. Se desenvolve de forma coerente, com linguagem acessível e possui notas quando necessárias, ajudando o leitor a compreender o texto na sua integridade.

Na introdução os autores deixam claro os questionamentos que pretendem responder no decorrer do texto, que são “ universidade pra quê? Universidade pra quem”, utilizando o espaço da UTFPR para fazer tais reflexões, de modo mais próximo da realidade.

No primeiro capítulo do desenvolvimento o texto esclarece a questão da universidade baseada na publicação A Questão da Universidade, de Vieira Pinto, que vê a universidade no quadro brasileiro como á serviço de projetos de dominação, concluindo a partir disso que para transformar essa realidade se faz necessária uma reforma política e não pedagógica. Aborda-se a questão entorno dos que não entraram nas universidades, e sobre o direcionamento do ensino nessas instituições, caracterizando-a como retrógrada e reacionária. Sobre a UTFPR, os autores questionam a efetividade do Decreto que reserva 50 % das vagas para estudantes do Sistema Público de Ensino, estando incluso nesse percentual vagas para estudantes com renda abaixo de 1,5 salários mínimos per capita, ou declarados pretos, pardos ou índios.

No capítulo seguinte, analisa-se o caso da UTFPR, buscou-se entender o caráter tecnológico, que segundo os autores buscam servir aos interesses da economia capitalista. Além disso, a universidade usa o humanismo apenas como slogan, não no seu sentido literal que impede a aplicação de políticas inclusivas. A fim de analisar a questão tecnológica por um outro lado, os autores interpretam esse conceito, levando em conta que a UTFPR deveria possuir laboratórios experimentais onde ocorreria a troca de conhecimentos, buscando uma hetereogeneidade e não uma hierarquização. Além de imaginar a UTFPR, como ela devia ser, caso tivesse uma maior preocupação com a justiça social e não com o mercado de produção capitalista. Os autores procuram demonstrar e analisar as diferentes faces que a tecnologia pode adquirir, levando a discussão para o âmbito da problematização das diferentes técnicas de organização do trabalho. Considera-se como ideal uma formação tecnológica, voltada para a pesquisa e o desenvolvimento de novas formas de organização solidária do trabalho, através da visão de universidade como espaço de experimentação.

No capítulo seguinte aborda-se a problemática do reconhecimento dos índios e negros, que para os autores foram gravemente afetados pelo colonialismo e fortemente subjulgados por um pensamento eurocêntrico. Sendo portanto, o reconhecimento desses povos e sua consequente garantia, através do Estado, de ser tratado condignamente. Questionando perante os dirigentes da UTFPR, “qual o

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