Resenha - O Principe
Trabalho Universitário: Resenha - O Principe. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: LelaP • 6/2/2014 • 2.646 Palavras (11 Páginas) • 450 Visualizações
RESENHA O PRÍNCIPE
Nicolau Maquiavel era um Italiano, nasceu em Florença no ano de 1469 e faleceu no de 1572, ele foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. E ficou conhecido como fundador do pensamento da ciência política moderna pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são. Uma das suas obras O Príncipe é um livro escrito por ele em 1513, cuja primeira edição foi publicada postumamente, em 1532, e trata-se de um dos tratados políticos mais fundamentais que tem papel crucial na construção do conceito de Estado como modernamente conhecemos. Nesta obra ele tinha como principal objetivo mostrar ao príncipe como unificar a Itália, transforma-la num estado-nação.
No primeiro capitulo Maquiavel diz que os governos para terem autoridade têm que ser repúblicas ou principados. Os principados podem ser hereditários ou novos. Os novos ainda podem ser totalmente novos, ou acrescidos aos principados hereditários do príncipe que o obteve. Os reinos adquiridos podem ter estar acostumados ao domínio de um príncipe ou a liberdade, e vão ser obtidos através da força (tropas), da virtude ou da fortuna.
No segundo capítulo o autor fala que os estados hereditários são mais fáceis de governar contanto que seu príncipe siga as tradições e que ele saiba ser flexível diante das situações que podem surgir. E seguindo isso ele se manterá no poder e caso alguém usurpe seu trono ele o reconquistará.
No terceiro capítulo fala que nos principados novos a dificuldade de governar é maior. Primeiro é dito que os habitantes das novas áreas a serem adquiridas ajudam a derrotar seu príncipe, por que acreditam que vão melhorar suas condições de vida, mas depois percebem que suas pretensões de melhora não acontecem. Caso o príncipe perca o novo estado conquistado, ao reconquista-lo fica mais difícil perde-lo, por que aumenta a vigilância às possíveis rebeliões. Nos casos dos estados conquistados que falam o mesmo idioma e que estavam acostumados a viver subordinados a um príncipe é mais fácil de manter o controle, basta para isso extinguir a linhagem do antigo príncipe, não alterar as leis, os impostos e os costumes. Para o caso das províncias a serem conquistadas que tem idioma, costumes ou leis diferentes tem-se maior dificuldade, podendo o conquistador e habitar o lugar, sendo necessário colocar colônias e não tropas (visto que as colônias são menos abusivas para os habitantes do que o implemento do exército), conquistar a amizade dos menos prestigiados, enfraquecer os mais poderosos, não deixar que nenhum estrangeiro poderoso chegue ao poder e vigiar presentes e futuras desordens.
No quarto capítulo fala do caso de um estado recém-conquistado, o qual o príncipe pode ter a ajuda para governa-lo ou de seus assistentes ou de barões da área. Se o príncipe não tiver auxilio de barões, ele terá maior dificuldade de dominar a área, em compensação vai ter mais facilidade de mantê-la após a conquista, porque ele terá mais autoridade, os assistentes trabalharam com a graça e licença do príncipe, enquanto os barões não estão a mercê do soberano e já tem seus próprios súditos e territórios, assim se tornando para o conquistador mais fácil de conquistar e difícil de manter.
No quinto capítulo é dito que existem três maneiras de conquistar estados acostumados a viver em liberdade ou que seguiam suas próprias leis, sendo elas arruína-los, habita-los ou permitir continuar com seus tributos e colocar poucas pessoas amigas para governar. No caso repúblicas é mais difícil de manter o controle, já que o povo está mais acostumado com a liberdade e sabe se articular melhor, tendo assim maior risco de rebelião e, portanto é necessário habita-los ou destruí-las. Já nas cidades que tiveram a linhagem do príncipe aniquilada o povo não está acostumado a viver em liberdade logo é mais fácil manter o domínio.
O sexto capítulo analisa a existência de algumas formas de conquistas, uma delas é a pelo valor e armas próprias. Primeiro se faz necessário circunstancias favoráveis, nas quais o conquistador mostrará sua capacidade e assim conseguirá o domínio. Este tipo de domínio feito pelo valor é difícil de conseguir e fácil de manter, tendo um pouco de dificuldade apenas de introduzir uma nova organização, lhe dando com a insatisfação das pessoas que eram beneficiadas com a antiga ordem e com o apoio daqueles que se beneficiam da nova. Além da virtude é necessário as armas, após a conquista do lugar pode surgir os inovadores, se esse forem dependentes eles não vão a lugar nenhum, entretanto se estes tiverem forças próprias podem se impor é por isso que o conquistador precisa fazer o uso das armas.
O sétimo capítulo expõe outra forma de conquista que é a conquistas feitas com armas alheias e boa sorte. Chegar ao poder exclusivamente pela sorte ou pela graça de outro é fácil, contudo se torna mais difícil se manter no poder, visto que a sorte e vontade dos que proporcionaram a chegada ao poder, são qualidades instáveis, e assim a ascensão ao poder por essas vias não vão ser sólidas e, desta forma na primeira dificuldade a não ser que o conquistador tenha muita virtude ele será derrubado. Caso o conquistador chegue por sorte ou graças alheias ao poder ele ainda pode construir alicerces depois, mas vai demandar de muito mais trabalho.
O oitavo capítulo trás mais duas maneiras além das já mostradas nos capítulos anteriores de como chegar ao poder ainda tem mais duas, sendo ela por concidadãos ou por crime. Para chegar por crime seria por meio de traições e massacres que levariam ao poder, mas não a gloria. O crime para chegar ao poder não seria o melhor, tem que saber fazer tanto o bem quanto o mal, fazendo as crueldades de uma vez para ofender menos os súditos, e dando os benefícios gradualmente, pois assim o povo aprecia melhor as ações do príncipe e este poderá confiar mais nos seus súditos e eles no seu soberano.
O nono capítulo mostra a ultima forma de se chegar ao poder. Que é quando o soberano chega ao poder pelos concidadãos e da início a um governo civil. Neste o conquistador não dependerá apenas do valor e da sorte, mas também da astúcia afortunada. Esse tipo de governo surge a partir ou do povo querendo acabar com a opressão dos ricos ou deste grupo querendo oprimir o povo. Ao chegar ao poder apoiado pelo povo têm-se uma maior facilidade de governar, ao contrário de quando é com ajuda da nobreza, porque nesta classe vão ter vários querendo se igualar no poder, e também é mais fácil satisfazer os pobres do que os ricos. O príncipe deve sempre ter o apoio popular e fazer com que a população sempre dependa do seu governo, pois assim sempre
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