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Resumo "As Consequências Da Modernidade", De Anthony Giddens

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Por:   •  24/1/2015  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  33.715 Visualizações

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Resumo do texto “As Consequências da Modernidade”, de Anthony Giddens

Para compreendermos quais são as consequências da modernidade, primeiro temos que definir o que é “Modernidade”.

Anthony Giddens define primeiramente modernidade como:

“O estilo, costume da vida ou organização social, que emergiam

na Europa a partir do sec. XVII e que se tornaram mais ou menos

mundiais em sua influência.”

(GIDDENS, p. 11, , 1991)

Partindo deste conceito podemos considerar que a modernidade é um determinado período de tempo, nas quais surgem inicialmente em um determinado local geográfico e posteriormente se espalha pelo mundo.

Para Giddens, a discursão sobre Modernidade passa por questões como as descontinuidades da modernidade, segurança e perigo, confiança e risco, a Sociologia e a Modernidade, tempo e espaço, desencaixe, reencaixe, confiança, reflexividade da modernidade e pós-modernidade.

As dimensões institucionais da modernidade, a globalização, confiança e modernidade, confiança em sistemas abstratos, confiança e perícia, confiança e segurança ontológica, o pré-moderno e o moderno. Giddens ressalta conceitos como desencaixe e reencaixe, realismo utópico e discute o papel dos movimentos sociais e, por fim, questiona se a modernidade é um projeto ocidental, em seguida faz as suas observações finais.

Na verdade, nós não estamos, segundo Giddens, entrando em um período que possa ser denominado pós-modernidade, mas em um período em que as consequências da modernidade estão se radicalizando e se universalizando de uma forma que jamais vimos antes. Ele enfatiza que, além da modernidade, pode-se perceber o advento de uma ordem nova e diferente, a qual é pós-moderna, entretanto, essa ordem nova difere bastante daquilo que hodiernamente muitos chamam de “pós-modernidade”.

As teorias evolucionistas, representam realmente “grandes narrativas”, ainda que não sejam de inspiração teleológica. Para o evolucionismo, a “história” pode ser contada como um “enredo”, o qual nos apresenta de forma impositiva uma imagem ordenada acerca de um conjunto de acontecimentos humanos.

A desconstrução do evolucionismo social é o mesmo que aceitar que não se pode ver a história como uma unidade, ou como algo que reflete determinados princípios unificadores de organização e transformação.

Relacionando a Sociologia e modernidade, Giddens ressalta que a Sociologia é um campo do saber muito amplo e diverso e que, portanto, quaisquer inferências sobre ela são passíveis de questionamento, contudo, é salutar considerar três concepções que são defendidas de forma ampla e que derivam parcialmente do prolongado impacto da teoria social crítica na Sociologia.

Tias concepções provocam uma inibição de se analisar com satisfação as instituições modernas. A primeira concepção, segundo Giddens, é a que concerne ao diagnóstico institucional da modernidade, a segunda concepção é concernente ao foco primacial da análise sociológica, qual seja a “sociedade”, a terceira tem em evidencia o conhecimento sociológico, reconstituindo-se tanto no universo como a si mesmo como parte integral deste processo.

No texto o autor aborda a questão do perigo e afirma que Perigo e Risco estão intimamente relacionados, entretanto, eles não são a mesma coisa. Depois ele salienta que Risco não é somente um problema de ação individual, pois existem, segundo ele, ambientes de risco, os quais afetam coletivamente grandes massas, às vezes, por todo o planeta, como no caso de desastres ecológicos ou guerra nuclear.

O risco não é apenas uma questão de ação individual.

A Reflexividade da Humanidade é contrastada com a Tradição e Modernidade. Giddens explica que nas culturas tradicionais, as pessoas honram o passado e valorizam os símbolos, porque eles contêm e perpetuam a experiência geracional.

Ele salienta que a Tradição não é completamente estática, pois ela tem de ser reinventada a cada nova geração, de acordo com a maneira pela qual esta assume o legado cultural dos antecedentes. Ele ressalta que:

“A reflexividade da vida social moderna consiste no fato em que as práticas sociais são constantemente examinadas e reformadas à luz de informação renovada sobre estas próprias práticas”. (GIDDENS, p. 45, 1991)

Segundo Giddens, as Ciências Sociais estão implicadas na modernidade com mais profundidade do que as Ciências naturais à medida que a revisão crônica das práticas sociais à luz do conhecimento no que concerne a essas práticas integra o próprio tecido das instituições da modernidade. Todas as Ciências Sociais participam da relação reflexiva, mas a Sociologia possui um lugar central.

Ele prossegue, abordando as dimensões da modernidade. Nesta parte do livro ou do “ensaio alongado”, ele fala sobre o capitalismo como um sistema de produção baseado na relação entre a propriedade privada do capital e o trabalho assalariado sem a posse da propriedade que se constitui no eixo principal de um sistema de classes. Ele argumenta que se pode reconhecer as sociedades capitalistas como um subtipo específico das sociedades modernas.

Para Giddens, uma sociedade capitalista só é uma “sociedade” porque é um estado - nação. Ele trata do problema do controle dos meios de violência, abordando a questão militar, a industrialização da guerra, etc..

Também é apresentado nesta parte introdutória o conceito de Desencaixe. Segundo ele, há um vínculo entre a Confiança em Sistemas Abstratos à natureza com mobilidade reflexiva destes sistemas, assim como gera encontros e rituais que perpetuam a confiabilidade entre colegas.

As relações de confiança são fundamentais para o distanciamento Tempo-Espaço dilatado, associado à modernidade. A Confiança nesses sistemas assume a forma de compromisso sem rosto em que a fé no funcionamento do conhecimento é preservada em relação ao qual o leigo ignora completamente.

Já a Confiança em pessoas envolve compromisso com rosto em que são requisitos imprescindíveis os indicadores de integridade das outras pessoas dentro das dimensões de ação dadas.

De acordo com Giddens, tais pontos são lugares de vulnerabilidade para os Sistemas Abstratos, porém são também junções em que se pode manter ou reforçar a confiança. Ele afirma que:

“A confiança em sistemas abstratos é a condição do distanciamento Tempo-Espaço e das grandes áreas de segurança na vida cotidiana que as instituições modernas oferecem em comparação com o mundo tradicional”.

(GIDDENS, 1991)

A história não está do nosso lado, não tem teleologia, não nos proporciona garantias, mas a natureza contratual do pensamento orientado para o futuro, um elemento essencial da reflexividade ad modernidade, tem implicações positivas, bem como negativas, pois podemos vislumbrar alternativas futuras cuja proporção mesma pode ajudá-las a se realizar.

A teoria Marxiana vincula interpretação e prática e nela a história tem uma direção geral e converge para um agente revolucionário, qual seja, o proletariado que seria uma “classe universal”, a qual conteria o “resíduo acumulado da opressão histórica”, faria a revolução, agindo em nome de toda a humanidade.

Giddens alerta que nós devemos resistir a essa concepção de Marx, pois os interesses dos oprimidos não são uniformes e coincidem com frequência entre si, ao passo que as mudanças sociais benéficas frequentemente requerem o uso de poder diferencial que somente as pessoas privilegiadas detêm, além do que, diversas mudanças benéficas acontecem se depender da vontade de ninguém.

A modernização destruiu tais formas e as substituiu com uma forma de trocas “universal”: o dinheiro. O dinheiro passou a agir como meio de troca universal, ao contrário das trocas particulares e locais entre os indivíduos. O dinheiro foi capaz de mover os indivíduos de contexto local a global e pode então estabelecer relações sociais através do tempo e do espaço. O dinheiro fez o mundo parecer diminuir. A globalização acelerou o processo que começou com a modernização.

Os Sistemas peritos vêm surgindo como resultado das revoluções da ciência. Um exemplo de tais sistemas é o “Sistema médico moderno” de cuidado à saúde. Um modelo baseado nas reivindicações universais da ciência. Um modelo que se estende através do globo, com outras perspectivas de cuidados à saúde pode ser ou ridicularizado ou rotulado “alternativo”. As sociedades modernas passaram a confiar nestes Sistemas Peritos. Mas enquanto elas fazem isso, diz Giddens, isto significa que “confiança” é, com uma certeza cada vez maior, a chave do relacionamento entre o indivíduo e esses sistemas peritos. Na verdade, Giddens sugere essa confiança como o “cimento” responsável por manter as sociedades modernas juntas. Onde confiança é o que pessoas podem questionar aquilo que Giddens chama de “insegurança ontológica”. Literariamente, indivíduos e grupos sociais, sentirão certa insegurança no que refere à sua realidade social.

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