Resumo Do Capitulo 1LIVRO: KERLINGER, F. N. Metodologia Da Pesquisa: Um Tratamento Conceitual. São Paulo: EDUSP, 1979

1. A natureza da ciência e da pesquisa científica

A percepção humana enquanto indivíduos sociais, converge da própria experiência de vida, seja ela adquirida através de encontros sociais, pais, amigos, professores, seja através de literaturas como Freud e Dostoievsky. Outra maneira é a observação, mas enquanto fonte de conhecimento pode ser um pouco falha, uma vez que adentram no senso comum perdem sua credibilidade, sendo que algumas vezes, os próprios observadores interferem no estudo de forma a afetar seu resultado.

A busca por uma padronização levou ao desenvolvimento da ciência, com base em um controle seguro e digno de confiança. Era preciso que a ciência quebrasse paradigmas relativos ao homem e a pesquisa. E é o que a psicologia, sociologia e educação tentam abordar de forma a elucidar e resolver problemas mais complexos que norteiam o comportamento humano, relacionando fenômenos psicológicos, sociológicos e educacionais.

1. Um experimento: recompensa maciça e aproveitamento na leitura

Um exemplo de pesquisa foi abordado para avaliar seus resultados, um grupo sendo o alvo da pesquisa e um de controle, afim de que seus resultados fossem comparados e verificados de maneira adequada. O experimento em questão era: recompensa maciça e aproveitamento na leitura, Clark e Walberg (1968), utilizaram um grupo de crianças negras de 10 a 13 anos com um atraso de vida escolar de um a quatro anos. Separando-as em dois grupos ao acaso, definiu-se o grupo experimental o qual seria utilizado a recompensa como forma de melhorar os resultados na leitura e o outro grupo de controle, que neste caso não receberia nenhum estímulo nesse sentido.

Através de testes estatísticos conclui-se que o grupo experimental fez o teste melhor do que o de controle, mas não podemos afirmar que crianças que são elogiadas leem melhor? Isto só será respondido quando fizermos mais pesquisas relacionadas a recompensa (replicação).

2. Um estudo não-experimental: classes sociais e tipos de criação

Neste experimento a análise feita não sofrerá manipulação externa, as variáveis estudadas serão comparadas e quantificadas, estabelecendo relações quando houver.

Miller e Swanson (1960), estudaram a relação entre a classe social e o tempo de desmame dos filhos. Os dados obtidos foram analisados e a conclusão, é que as mães de classe média desmamavam seus filhos mais cedo, as da classe trabalhadora mais tarde, apesar de ser uma tendência, mais estudos são necessários para reforçar a afirmação e a certeza.

Os dois estudos apresentam características da pesquisa comportamental, um estudo foi experimental e o outro não, ilustram a objetividade, e fazem análise quantitativa dos dados coletados, sendo que os problemas, relações e metodologia são simples e claros. Os estudos buscaram a compreensão do fenômeno humano, apesar de incompleta, pelo fato dos próprios estudos não responderem de foram única aos questionamentos abordados, necessitando de mais pesquisas e estudos para corroborá-los.

Os fenômenos humanos sociais, são extremamente difíceis de compreender e explicar, como é o caso da realização, mas através dos estudos, a ideia que norteia a realização é o que está relacionada a ela. Clark e Walberg evidenciaram que o reforçamento maciço da realização, afetou positivamente até certo ponto as crianças. Já no estudo de Miller e Swanson estabeleceram a relação entre duas classes sociais que divergem no cuidar de seus filhos.

Objetividade e pesquisa científica

A objetividade sendo um dos aspectos importantes da ciência, permiti que os cientistas não interfiram nos seus próprios experimentos com suas influencias e predileções. Quanto mais complexas as observações, mais afastadas da realidade física, dependendo da variável analisada existiram muitas formas de mensuração que por sua vez resultariam em fins totalmente diferentes, e a adoção de um método único pode por fim a essa falha científica. Resultado disso, é que qualquer avaliador que pudesse analisar o experimento chegaria na mesma conclusão de seus realizadores, satisfazendo o critério de objetividade.

Ao analisarmos os dois experimentos podemos aferir que Clark e Walberg foram mais objetivos em seus experimentos, com testes mais confiáveis, sendo possível a repetição por