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Resumo Marxismo

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Por:   •  18/4/2014  •  2.206 Palavras (9 Páginas)  •  367 Visualizações

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RESUMO

Educar é um desafio social. Assim sendo, esta prática pode tornar-se um instrumento mobilizador para com a situação atual em que vive a população ou ainda ser um meio de alienação. Convém ressaltar, que são inúmeros os interesses políticos, sociais e econômicos que coordenam toda a ação pedagógica e fazem da educação sinônimo de acomodação. Criticar ou contradizer qualquer que seja o trabalho político desenvolvido é motivo de repressão, de anarquia e/ou vandalismo. Ao povo é preciso aceitar a situação de pobreza, dominação e exploração, opor-se é ser revolucionário. Portanto, é preciso que o homem cidadão busque no seu passado um princípio filosófico de vida para que assim seja capaz de refletir a atualidade.

INTRODUÇÃO

Marx acreditava que a educação era parte da superestrutura de controle usada pelas classes dominantes. Por isso, ao aceitar as idéias passadas pela escola à classe dos trabalhadores (que Marx denominava classe proletária) cria uma falsa consciência, que a impede de perceber os interesses de sua classe. Assim, Marx concebia uma educação socializada e igualitária a todos os cidadãos.

Versar sobre os paradigmas e suas contribuições para o processo educacional, não é um trabalho fácil, exige a localização da relação sujeito-objeto como um eixo central. A história da filosofia tem demonstrado ser esta preocupação e é um dos principais problemas da filosofia. Assim, compreender a relação sujeito-objeto é compreender como o ser humano se relaciona com o ambiente, com a natureza, em suma, com a vida (Gramsci, 1991).

Marx não via com bons olhos uma educação oferecida pelo Estado-Nação burguês, capitalista, basicamente por desacreditar no currículo que ela traria e na forma como seria ensinado. Mesmo que tenha defendido a educação compulsória em 1869, Marx opunha-se a qualquer currículo baseado em distinções de classe. Defendia a educação técnica e industrial, mas não um vocacionalismo estreito, essas idéias tiveram um impacto posterior na educação, especialmente no que diz respeito à educação tecnológica.

Para Ghiraldelli Junior (2003), as idéias de Marx, conta-se tipicamente, a percepção do mundo social pela categoria de classes, definida pelas relações com os processo econômicos e produtivos, a crença no desenvolvimento da sociedade além da fase capitalista através de uma revolução do proletariado. Na prática, o marxismo é um comprometimento com as classes exploradas e oprimidas, e com a revolução que deverá melhorar sua situação.

Um ponto forte do marxismo [1] como filosofia é que ela fornece uma visão da transformação social e promove uma visão da ação humana determinada a levar adiante essa transformação. Ela retrata um mundo onde as coisas não são fixas e luta por mudança. Por essas características, o marxismo, muitas vezes, tem um apelo àqueles que se vêem como oprimidos. Além disso, enfatiza um ideal de poder social para as classes menos favorecidas, dessa forma, têm um forte elo para aqueles que vivem sob regimes ou em circunstâncias que demonstram pouca preocupação com a classe mais pobre.

No Brasil as obras de Marx começaram a ser mais divulgada depois da fundação do Partido Comunista do Brasil, isto é, a partir de 1930. Ainda nesta época o educador Paschoal Lemme considerado marxista, publica um trabalho sobre o ensino dos adultos e organiza cursos para operários no Distrito Federal.

Neste documento pode ser visto algumas características do marxismo que o influenciava. Contudo, Lemme (1988:213), “argumentou que só algum tempo mais tarde, principalmente, a partir de 1933, influenciado pelos acontecimentos político-sociais que vinham se desenrolando no mundo e no país, é que se interessou mais de perto pelo estudo dessas questões, ou seja, as obras de Marx”. Vale salientar, os pressupostos do pensamento neoliberal estão povoando a educação nacional e disputam uma nova configuração educacional, especialmente no que diz respeito às políticas de formação profissional.

Todavia, todo e qualquer processo relacionado com a educação é lento, o que induz a persistência e luta dos ideais, pois somente então poderá haver a concretização do saber teórico com a prática, o que será motivo de muitas contradições e ao mesmo tempo de aprendizagem, e isto, têm início em cada um de nós.

Antigamente, a educação existia principalmente para a sobrevivência. As crianças aprendiam as habilidades necessárias para viver. Gradualmente, entretanto, as pessoas passaram a usar a educação para uma grande variedade de funções.

Hoje em dia, a educação ainda pode ser usada para sobrevivência, mas também ajuda proporcionar um melhor uso do tempo dando maior refinamento à vida social e cultural. O homem depende da educação e ela está presente no seu cotidiano. Porém, existem diferentes concepções de educação e diferentes modelos. Sua prática vai além da escola e abrange desde sociedades primitivas até as sociedades mais desenvolvidas e industrializadas.

Assim como a prática da educação desenvolveu-se, as teorias da educação seguiram o mesmo caminho, no entanto, tornou-se fácil não vermos a conexão entre a teoria filosófica e a prática educacional bem como lidar como a prática separada da teoria.

Para Ozmon e Craver (2004), a filosofia da educação começou quando as pessoas se tornaram conscientes da educação como uma atividade humana diferenciada. As sociedades pré-alfabetizadas não tinham os objetivos em longo prazo e os sistemas sociais complexos dos tempos modernos nem possuíam as ferramentas analíticas dos filósofos modernos, mas mesmo a educação da pré-alfabetização envolvia uma atitude filosófica com relação à vida. Em essência a filosofia da educação é aplicação de princípios fundamentais da filosofia à teoria e ao trabalho da educação.

Para Enguita (2004), um dos debates mais insistentes e repetidos em torno da instituição escolar, sempre foi à questão de evidenciar o seu papel, que era reprodutor ou transformador, isto é, se contribuía para conservar a sociedade ou mudá-la. Até certo ponto, era trivial, pois, por um lado nenhuma sociedade poderia substituir sem formar seus membros em certos valores, habilidades, etc. e, por isso, toda educação é reprodutora; mas ao mesmo tempo, nenhuma sociedade atual seria, sem a escola, o mesmo que chegou a ser com ela, e, por isso, toda educação é transformadora.

Pela educação o ser humano aprende como se criam e recriam as invenções de uma

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