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Resumo nobbio direita e esquerda

Por:   •  26/4/2016  •  Resenha  •  943 Palavras (4 Páginas)  •  1.249 Visualizações

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UFRN 2015.2

Discente: Tábata Negreiros

Docente: Antonino Condorelli  

Trabalho resumo e análise:

Bobbio, Norberto. Direita e esquerda: Razões e significados de uma distinção política. Tradução de Marco Aurélio Nogueira. 2ª edição. São Paulo. Editora UNESP, 2001.

Texto: Protestos em São Paulo e as janelas quebradas: nenhuma preocupação com a tarifa do ônibus, por Flávio Morgenstern.

Resumo: Capítulos 6, 7, 8

  Bobbio se dedica a tratar da diferença entre os dois campos políticos. O autor expõe critérios estabelecidos por diversos autores para diferenciar os dois sistemas e coloca seu próprio elemento fundamentador da dicotomia. Ele se engaja em buscar os critérios que fazem uma ideologia ser de esquerda ou de direita, e dá, como resposta, que os principais pontos de distinção entre esquerda e direita são a visão sobre a igualdade ou desigualdade humana e a opinião se o mais preferível é conservar a tradição vigente ou submetê-la à mudança histórica.

    O livro ajuda a ter uma compreensão inicial sobre o que fundamenta a dicotomia entre esquerda e direita, independente da época, e o que faz a esquerda ser esquerda e a direita ser direita

    Bobbio Parte da constatação de que os homens, por um lado, são todos iguais entre si; de outro, cada indivíduo é diferente dos demais, aponta que a esquerda acredita que a maior parte das desigualdades é social, desta forma, eliminável; a direita acha que a maior parte delas é natural e portanto não eliminável. É válido ressaltar o caráter relativo do conceito de igualdade, sendo submetido a três variáveis: Igualdade entre quem, em relação a que e com base em quais critérios. Nesse mesmo tópico ele diferencia a doutrina igualitária do igualitarismo, em que para ser esquerda não é preciso partir do princípio da “igualdade de todos em tudo”, desta forma a doutrina pode ser igualitária mas não igualitarista, tendendo a reduzir as desigualdades sociais e a tornar menos penosas as desigualdades naturais, para Bobbio o igualitarismo é uma visão utópica.

    O autor esclarece também em relação as variantes internas dos sistemas, enquanto a apreciação diante da igualdade distingue a direita da esquerda, a postura frente a liberdade é o valor que separa os moderados dos extremistas no interior de cada um dos campos. A contraposição entre extremismo e moderantismo (esquerda, centro-esquerda, centro, centro-direita e direita) reside no método, desta forma a antidemocracia é o ponto em comum historicamente mais persistente e significativo entre os extremistas, como por exemplo, o fascismo e o comunismo.

   Bobbio faz uma vasta explanação das referências sobre igualdade e desigualdade, atribui a seu posicionamento pessoal como de esquerda, e ver este como algo bom, considera mais importante, para a boa convivência humana, aquilo comum que os une, em uma coletividade, que estão na margem esquerda e podem ser corretamente chamados de igualitários, já os que acham relevante, para a melhor convivência, a diversidade e/ou a competitividade, estão na margem direita e podem ser chamados de meritocratas, ele conclui o livre dizendo: “ E é certo que, para apreender o sentido deste grandioso movimento histórico, deve-se erguer a cabeça das escaramuças e olhar mais alto e mais longe.”

Análise do texto: Protestos em São Paulo e as janelas quebradas: nenhuma preocupação com a tarifa do ônibus. De acordo com os conceitos do livro Direita e Esquerda

    De acordo com o texto “Protestos em São Paulo e as janelas quebradas: nenhuma preocupação com a tarifa do ônibus” de Flávio Morgenstern, percebemos que este não acredita na legitimidade dos protestos que tiveram início no Brasil com aumento da tarifa de ônibus ser puramente social, o autor crer na manipulação de partidos comunistas, que estariam a aproveitar-se dos levantes para propagandas políticas e manipulação das massas. Ele acredita ainda no vandalismo por parte destes, no qual estariam mais preocupados em depreciar patrimônios públicos e privados, citado no texto como criminologia, a  Teoria das Janelas Quebradas. Basicamente, ela diz que se um edifício tem janelas quebradas por vândalos, a tendência é que outros vândalos quebrem mais janelas.

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