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Retenção De Talentos

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Por:   •  9/10/2013  •  3.277 Palavras (14 Páginas)  •  400 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Na transformação da economia capitalista, os países desenvolvidos substituíram o fracassado “Estado do Bem-estar Social” por uma organização econômica diferenciada e baseada em políticas neoliberais. O neoliberalismo de imediato consegue êxito em uma das suas prioridades que seria a deflação dos anos 70. Porém seu alicerce estaria baseado na competição entre firmas e países, numa grande ênfase no desenvolvimento tecnológico, na promoção de um Estado mínimo e de todas as formas de ação coletiva e num novo fortalecimento do individualismo como o caminho para a liberdade. Surge assim uma nova esfera do capitalismo avançado que por sua vez desencadeou as desigualdades sociais nas nações, principalmente aquelas em desenvolvimento. A forma predatória de crescimento das grandes corporações que com a prática de baixos salários e a constante exploração da força de trabalho foi fator culminante para os problemas enfrentados hoje no campo do trabalho.

Historicamente o modelo de trabalho perpassou por inúmeras mudanças, desde o período da escravidão até o assalariado. Na antiguidade os pequenos produtores ou artesãos realizavam sua produção de acordo com a demanda. Hoje vivenciamos a produção em escala na qual as empresas precisam expandir suas fronteiras para comercializarem o que produzem. Também buscam a força de trabalho com menor custo e maior qualificação, visando o lucro do negocio.

Todavia estes fatores desencadearam o desemprego estrutural que devido a grande demanda do avanço tecnológico e a exigência do mercado empresarial expandiram sua força de produção concomitantemente necessitando de profissionais bem preparados e que possuíssem conhecimento na área de tecnologia e informação. Este avanço está bem definido no fordismo e toyotismo que reduziram a importância da matéria-prima, criada e recrida pelo avanço tecnológico, e da mão-de-obra direta, que foi e continua sendo suplantada pela automação e robótica.

Portanto é neste circulo vicioso que os países com baixo desenvolvimento social e econômico se posicionam na primeira década deste século XXI: repartidos entre valorizar o sistema de economia global, mas pagando um alto preço pela regressão do trabalho visando atrair as grandes indústrias internacionais para atingirem o crescimento econômico, e ou, o reparo das deturpações provocadas pela globalização no seu processo evolutivo na esfera social.

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Neste trabalho, tem-se o intuito de observar à realidade atual do mercado de trabalho brasileiro com enfoque específico a região Soteropolitana, os desafios que os trabalhadores enfrentam para se recolocarem no mercado de trabalho e as políticas públicas com finalidade de qualificação deste profissional para retorno ao mercado.

Para tanto, buscamos responder ao respectivo questionamento: Quais impactos socioeconômicos o desemprego estrutural tem provocado a classe trabalhadora da cidade de Salvador e região metropolitana?

Todavia devemos abordar a nuança de como o desemprego estrutural e a internacionalização do trabalho tornam-se fatores impactantes para o desenvolvimento profissional dos trabalhadores da cidade de Salvador e região metropolitana. Culminando assim vagas não preenchidas por falta de profissionais qualificados e uma grande demanda de pessoas fora do mercado de trabalho. São estes os aspectos que estarão norteando este estudo.

2 - OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAIS

Esta dissertação tem o objetivo de avaliar o desemprego estrutural e seus impactos junto à classe de trabalhadores, o desequilíbrio social causado, a influência do capitalismo nesta nova modalidade de desemprego e as consequências que vem trazendo para o desenvolvimento da cidade de Salvador e região Metropolitana.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1- Identificar quais fatores são relevantes para o trabalhador soteropolitano no desemprego estrutural e como este afeta o desenvolvimento da cidade.

2- Avaliar a posição dos sindicatos com as novas exigências patronais e seu poder de influencia junto à classe trabalhadora.

3- Analisar a posição na qual a comunidade trabalhadora se coloca nesta esfera trabalho x desemprego.

4- Evidenciar a posição do governo diante dos desafios apresentados nesta modalidade de desemprego e as medidas tomadas para combater este problema.

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3. JUSTIFICATIVA

Cada vez mais ouvimos falar do desemprego estrutural, porém fica o vácuo quando se trata de qual classe social este atinge e principalmente a faixa etária que sofre maior impacto. Com base nestes aspectos este projeto tem a finalidade de investigar os impactos econômicos para a classe trabalhadora entre 20 e 40 anos de idade, analisando escolaridade, conhecimento de um segundo idioma, classe social e segmento de área. De acordo com estas avaliações buscaremos compreender os impactos que a internacionalização do trabalho e as constantes mudanças vêm afetando o desenvolvimento do mercado de trabalho da região em estudo. Sendo levados em conta os dados divulgados pelos órgãos de pesquisas oficiais tais como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o SEI (Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais) do Estado da Bahia que realizam pesquisa mensal com a finalidade de acompanhar o nível de desemprego nas regiões metropolitanas do país. Este estudo tomará como base o ano 2012 de janeiro a dezembro, sendo levado em conta os fatores internos (política interna para amenizar o problema em discussão) e os fatores externos como a crise mundial.

A escolha deste tema baseou-se na necessidade de depreender os impactos que a crise do capitalismo culminou na esfera do trabalho juntamente com os impactos sociais que vem se agravando cada vez mais nas grandes cidades e regiões metropolitanas do Brasil. O desemprego estrutural é um sistema epidêmico para a sociedade moderna que enfrenta enumerados desafios neste processo de requalificação do trabalhador para que possa atingir as exigências das grandes empresas.

Apesar de este tema ser constantemente pesquisado por diversas áreas de estudo da ciência é levado em conta à importância do mesmo perante a sociedade, pois o desemprego estrutural surge como uma nova modalidade desencadeada pela constante exigência do sistema capitalista. Que apesar de estar vivenciando mais uma crise continua ditando regras e impondo seus preceitos. Para tanto as sociedade vivem o dilema de possuírem vagas, contudo não dispõem de mão-de-obra qualificada para atender

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