Retrospectiva Do Serviço Social No Brasil
Trabalho Escolar: Retrospectiva Do Serviço Social No Brasil. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Thiagotd • 6/11/2014 • 873 Palavras (4 Páginas) • 423 Visualizações
Retrospectiva do Serviço Social no Brasil
O atraso do surgimento do Serviço Social no Brasil, de pelo menos, meia década, se deve ao atraso da evolução do capitalismo no país de praticamente um século.
A economia brasileira, enquanto colônia portuguesa, baseava-se principalmente na produção agrícola (café) não sendo permitida a instalação de fábricas a não ser em alguns segmentos para consumo interno, pois basicamente tudo era importado da Europa/Portugal e Estados Unidos.
Com a crise do final do século XIX até 1929 e a Revolução de 1930, percebemos a posse de Getúlio Vargas à Presidência da República e com ele, a implantação do “modelo” de desenvolvimento nacionalista-populista, proporcionando a burguesia nacional o desenvolvimento de suas indústrias.
Com o avanço da industrialização na década de 1930, observa-se um movimento de êxodo rural, bem como o surgimento de movimentos sociais contra os baixos salários, desemprego e pobreza em geral.
Neste período, a ajuda aos necessitados era realizada principalmente pela igreja católica, mas a mesma já não dava mais conta de fazer assistência e ainda apaziguar os operários e trabalhadores. Sendo assim, no ano de 1936 surge a primeira escola de Serviço Social no Brasil com uma ideologia Franco-belga, uma estratégia utilizada pelo Estado com a Igreja Católica para amenizar os conflitos entre a burguesia e os trabalhadores, baseando-se principalmente nos mandamentos das encíclicas e posteriormente sob forte influência norte-americana (política da boa vizinhança do presidente Roosevelt).
Com o fim da Segunda Guerra Mundial na década de 1940 duas grandes potências constituem-se: Estados Unidos e União Soviética (Mundo “bipolar”), com isto, os americanos aproximam-se ainda mais do Brasil, com medo que o mesmo viesse a se tornar Socialista. Esta aproximação facilita a criação de convênios, onde Assistentes Sociais brasileiros viajam para os EUA para aprender “seu modo de fazer Serviço Social”.
Aprende-se o SS de Caso com sua idealizadora Mary Richmond e posteriormente o SS tripartite (Caso, Grupo e Comunidade).
Em 1945 o então presidente Getúlio Vargas é deposto decretando o fim do Estado Novo, com isso indicou Eurico Gaspar Dutra candidato do exército para assumir seu lugar.
Getúlio volta ao governo em 1951 mas com um pensamento diferente em relação a abertura política e econômica do país, em vez de abusar do uso de capital estrangeiro, Getúlio opta por isolar a economia brasileira das influências estrangeiras. Porém, o golpe militar já era algo inevitável e para não entregar o poder, Getúlio suicida-se em 1954.
Após a morte de Getúlio Vargas quem toma o poder é JK, presidente responsável por grandes construções, como a cidade de Brasília, mas também trouxe muitas dívidas para o país.
Na década de 1960, já sob o governo de Jânio Quadros, configuram-se duas propostas de desenvolvimento para o país: a curto prazo, onde o país se desenvolveria com recursos estrangeiros (pacto com o capitalismo monopolista internacional) e o desenvolvimento a médio prazo, mais demorado, mas com recursos próprios (controle da entrada de capital estrangeiro).
O presidente Jango era a favor do desenvolvimento a médio prazo e dos movimentos sociais da época como a reforma agrária, porém não soube ser um bom articulador, não conseguindo, assim, formular uma estratégia para seguir ao lado dos movimentos sociais e foi deposto. Em 1964 acontece o golpe militar e inicia-se
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