SEGURANÇA SOCIAL

INTRODUÇÃO

A Psicologia Social tem sua essência nas relações entre os membros de um

determinado grupo, pois ela busca de maneira minuciosa compreender como o ser humano

comporta

-

se diante da sociedade, visando revelar o grau de conexão entre o individuo e a

sociedade

em que

este se

encontra inserido

. Desconstruindo a imagem de um

indivíduo,

oposto

ao grupo social, contudo ela possui em sua base estrutural a idéia

de que as pessoas,

por mais diversificadas que sejam, apresentam um comportamento distinto de que

express

ariam se estivessem isoladas, pois imersas na massa elas encontram

-

se infundidas de

uma mente coletiva.

Em virtude deste paradigma teremos através dos textos que a nós foram propostos nas

etapas da ATPS de Psicologia Social realizar um trabalho que nos rev

ele todas as faces em

que os indivíduos atravessam na sociedade por ser considerados invisíveis publicamente e

humilhados socialmente. Desta forma realizamos este, baseado nas leituras do livro da

disciplina e nas pesquisas a

internet que

tratam do assunto

.

Contudo os psicólogos procuram pesquisar o tema em questão na busca de entender as

transformações da sociedade, compreender o porquê de tanta diferença entre as classes

sociais, percorrendo por muitos casos de descasos que se tornam invisíveis para socie

dade até

os dias atuais.

1

–

HUMILHAÇÃO SOCIAL

O texto humilhação social

–

Um problema político em psicologia (FILHO, 2006)

deixa

evidente que os métodos de pesquisa de Karl Marx e Freud, não se unem e nem se misturam,

apenas se completam.

Enquanto os marxistas veem a humilhação social sobre o aspecto do pensamento socialista,

buscando resolver os dilemas no sentido societário; os adeptos da psicanálise defendem que

tudo começa dentro do próprio individuo, por meio de pressão inconsciente, p

ara depois se

expandir e influenciar a sociedade na qual pertence. Portanto a investigação deve ser

executada por ambos os lados, do homem como individuo e social.

A humilhação social esta ligada diretamente a questão da desigualdade de classes, sendo um

fato político (Marx) e psicológico (Freud), sendo os pobres os mais expostos a tais

experiências. Segundo Marx é resultado do capitalismo burocrático que separa homem e

trabalho. Antigamente, o trabalho era visto como forma de sobrevivência para o individu

o e

sua família, trabalhavam em conjunto para manter a integridade familiar. Esse mesmo

trabalho que servia para a subsistência tornou se instrumento de dominação dos interesses

capitalistas.

Segundo Freud:

Os homens não são criaturas gentis e amáveis, e

sim dotadas de uma

poderosa cota de agressividade. Disto resultam as diversas maneiras de exploração entre os

seres humanos, das quais destacamos a capacidade de trabalho e, também a pura humilhação.

Esses fatos fazem o autor considerar o dito de Plauto “h

omo homini lupus” (Freud,

1929/1930

-

1976, p. 133).

A humilhação social caminha com a desigualdade social que parece ter o poder de controle,

como se o sujeito estivesse condenado a agir de acordo com o que a sociedade determina uma

forma de dominação incon

sciente.

Humilhação

é literalmente o ato de ser tornado

humilde, ou diminuído de posição

ou

prestígio, no entanto, o termo tem muito mais em comum com a

emoção

da

vergonha. A

humilhação social não é geralmente uma experiência agradável, visto que diminui

o

ego, e

não marca apenas este ou aquele sujeito mais susceptível, mas atinge de alguma forma, todos

os integrantes de determinados grupos ou classes que vivem a realidade da dominação e

recebe cotidianamente um sinal de rebaixamento moral, situação traumá

tica que gera

sofrimento e angústia, negação da própria condição