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SOCIAL E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Por:   •  5/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.060 Palavras (5 Páginas)  •  190 Visualizações

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FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL                                                                                    

    QUESTÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

* Larissa Silveira Dias                                                                                                                  Prof ª: Elizete Menegat

Exercício de avaliação 3[pic 1]

   O presente trabalho tem como objetivo reproduzir três argumentos desenvolvidos pelos autores no artigo “Será Guerra?” (BRITO et al.,2013) para afirmarem que se por uma lado não vivemos declaradamente em guerra, por outro, não vivemos em tempos de paz.

    De modo geral e sucinto, o artigo chama a atenção por abordar e questionar o crescente número de homicídios registrados no Brasil, dando ênfase ao estado e cidade do Rio de Janeiro. Fatores econômicos, étnicos e espaciais deixam claro o peso da seletividade no quadro brasileiro de homicídios, em 2008 a cada três brasileiros assassinados, dois eram negros. Ou seja, “os ecos da escravidão ainda retumbam” implacavelmente no quadro de criminalização, genocídio e desigualdade ainda maior e mais violento que na colonização.

    Os autores chamam a atenção para a promoção e naturalização da experiência cultural da violência, destaca que as medidas de segurança emergenciais (ou não) são semelhantes às de áreas declaradas ou não em guerra, o uso de aparatos repressivos, vigilantes e punitivos de combate ao crime é naturalizado e legitimado pelo Estado que militarizou não só a segurança pública, mas a vida social e o cotidiano da “sociedade civil”. Essa guerra da modernidade capitalista promove e é sustentada pela privatização e terceirização da segurança (negócio altamente lucrativo, que vem crescendo a cada ano) e pela grande produção de armas.

“No Brasil, não há guerras civis nem enfrentamentos étnicos e/ou religiosos oficialmente declarados ou reconhecidos. Não obstante, há uma torrente de 192.804 vítimas, bem próxima, aliás, do total de mortes provocadas pelos 62 conflitos supracitados.” (BRITO, 2013, p. 216 e 217)

    Portanto, o primeiro argumento reproduzido usado pelos autores é o significativo laboratório de regulação social armada que naturaliza e dramatiza a violência, legitima e relaciona-se com a tendência política de se converter em “política de segurança” que luta pela “garantia de lei e ordem” e combate forças e grupos insurgentes, mas que na realidade privatiza, militariza, intervêm, puni, vigia e oprime a população (vale ressaltar, população negra, pobre e “favelada”) por meio de ações conjugadas entre a Polícia Militar e Forças Armadas financiadas e treinadas para combater o “tráfico de drogas” e libertar a população das favelas dos domínios de facções criminosas. Mas, que na realidade normaliza e normatiza a violência bélica justificada como “operação de polícia” que naturaliza os conflitos armados, a violência e o uso de aparatos militares e paramilitares.

“Logo, não é fortuita a identificação da “pacificação” via UPPs com a doutrina da contrainsurgência. As UPPs, sob o auspício da intervenção armada, visam a população favelada e mantêm a posição iníqua e subalternizada que lhe foi destinada no edifício social. [...] As UPPs visam os poderosos agentes de mercado, na medida em que turbinam a especulação imobiliária no “asfalto” e no interior das próprias favelas e asseguram mão de obra abundante e bareteada.” (BRITO,2013, p.220)

     O segundo argumento a ser reproduzido compõe as assombrosas transformações bélicas, a privatização/terceirização da segurança         que cresce rapidamente pelo mundo, um ramo altamente lucrativo. No Rio de Janeiro, o número de vigilantes excede em mais de quadro vezes o número de policiais civis, militares e federais do estado, e empregam um arsenal de 21.751 armas. Ou seja, o “policiamento privado” é sem dúvida elemento central do sistema capitalista, da economia de guerra e “primordial” no combate e controle do crime.

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