SUSTENTABILIDADE E O FATOR HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES

Introdução:

Este trabalho se baseia na sustentabilidade nos fatores humanos organizacionais, porém, não podemos começar a escrever sobre o assunto, sem antes comentar sobre a revolução industrial.

A revolução industrial começou na Inglaterra a partir de 1770 até 1860, pois a população mundial crescia e os trabalhos manuais já não estavam suprindo as demandas.

Com a utilização das máquinas para substituir os trabalhadores a burguesia industrial buscava um aumento na produção para atender a demanda, maiores lucros, menores custos e na contra mão do progresso o uso de bens não renováveis seria cada vez maior, sem se preocupar com o que estava sendo afetado pela corrida industrial, como: desmatamento, a poluição das águas ou com o fim dos recursos naturais.

No ano de 1860 a 1900, se expandiu por toda a Europa e depois se proliferou pelo mundo.

No ano de 1972 em Estocolmo, na Suécia, obteve a primeira conferência da ONU voltada para tentar reverter os impactos da revolução industrial no planeta.

O conceito de desenvolvimento sustentável se originou no Relatório Brundtland – documento intitulado Nosso Futuro Comum, publicado em 1987. Este relatório está baseado no princípio de que o ser humano deve usufruir dos recursos naturais de acordo com a capacidade de renovação dos mesmos, evitando assim, o seu esgotamento.

Posteriormente, outro evento que impulsionou as práticas de desenvolvimento sustentável foi a ECO-92, onde após várias análises foram desenvolvidos documentos, nos quais constam a Carta da Terra e a Agenda 21 que expõe a situação atual do planeta e o que a humanidade deve fazer para continuar crescendo, mas de maneira consciente.

Sustentabilidade Social:

Segundo Camargo (2004), o avanço maior foi o reconhecimento do desenvolvimento sustentável como uma possível e aceitável solução para os problemas ambientais e sociais enfrentados pelo mundo.

Desenvolvimento sustentável é a resposta às necessidades humanas nas cidades com o mínimo ou nenhuma transferência dos custos da produção, consumo ou lixo para outras pessoas ou ecossistemas, hoje e no futuro. (SATTERTHWAITE, 2004).

O desenvolvimento sustentável deve ser uma consequência do desenvolvimento social, econômico e da preservação ambiental e realizado com sustentabilidade. Pois, sustentabilidade em sua essência é a capacidade de ser sustentável, ou seja, a capacidade que um indivíduo tem de se manter de maneira sustentável num determinado ambiente sem degradar esse meio.

Sachs (1993), afirma que a sustentabilidade ambiental refere-se à manutenção da capacidade de sustentação dos ecossistemas. A sustentabilidade econômica está relacionada a uma gestão eficiente dos recursos geral caracterizado pela padronização de fluxos do investimento público ou privado e intervém na avaliação da eficiência por processos macro social. E a sustentabilidade social está relacionada ao desenvolvimento e tem por objetivo a melhoria da qualidade de vida da população e gerações futuras, imprescindível para a mudança do panorama geral da sociedade.

A responsabilidade ou sustentabilidade social é o comprometimento voluntário das organizações com o desenvolvimento da sociedade e a preservação do meio ambiente de forma consciente de que estará contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa.

Assim, se presume que as organizações gerem receitas e se desenvolvam relativamente, mas que também contribuam para que a sociedade se desenvolva consciente de que todos os recursos naturais são finitos e devem ser utilizados de maneira responsável.

Sustentabilidade Corporativa consiste em assegurar o sucesso do negócio em longo prazo e ao mesmo tempo contribuir para o desenvolvimento econômico e social da comunidade, um meio ambiente saudável e uma sociedade estável. Instituto Ethos (2001).

Na atualidade, a sustentabilidade social é considerada um dos pilares mais importantes das organizações, pois o mundo pós-capitalismo se tornou bastante irregular em alguns aspectos, tais como desigualdade social, o crescimento desproporcional da população e o uso excessivo de recursos naturais. Tais fatores são combatidos diretamente pela Sustentabilidade Social.

A sociedade tem pilares de sustentação, que são o acesso a saúde, a educação, o desenvolvimento de técnicas industriais, econômicas e financeiras, a política e o meio ambiente. O que a Sustentabilidade Social procura é um equilíbrio de todos estes pilares, juntamente com a Sociedade como um todo.

Porém, como a Sustentabilidade Social é feita pelas empresas? Primeiramente, elas têm que promover práticas que atinjam toda a comunidade.

Ou seja, a Sustentabilidade Social visa o bem-estar da sociedade de hoje e do futuro de forma equilibrada, e para que isso aconteça, é necessário que empresas promovam campanhas, sendo privadas ou não, provocando uma mobilização social para a causa.

Podemos citar como exemplo a empresa Suzano Papel e Celulose S/A que atua de diversas formas na Sustentabilidade e que uma de suas principais vertentes é a Sustentabilidade Social.

A Sustentabilidade Social é dividida em vértices, como exemplo: A Educação, o Meio Ambiente, a geração de trabalhos e a renda para desenvolvimento local.

Diante de inúmeros projetos Sustentáveis, destacamos algumas iniciativas, sendo elas: “Escola Formare”, “Educar e Formar”, “Educação para a Sustentabilidade” e “Diálogos Sociais”.

“Escola Formare” tem como objetivo profissionalizar jovens de famílias de baixa renda em cursos ministrados em suas unidades industriais, com duração de um ano, por colaboradores e prestadores de serviço voluntários. Além disso, recebem uma bolsa-auxílio de meio salário mínimo, atendimento ambulatorial, seguro de vida, alimentação, transporte, material didático e uniforme.

Em sete anos, foram formados 385 alunos em Suzano (SP), Embu (SP), Limeira (SP) e Mucuri (BA), em 2012 foram dedicadas 1.685 horas voluntárias a iniciativa.

“Educar e Formar” foi desenvolvido em parceria com o Instituto Ayrton Senna e Prefeituras, assegura suporte ao ensino fundamental, capacita coordenadores e professores da rede pública e promove melhorias nas unidades escolares. Em 2012, foram beneficiados 159.283 alunos e 11.419 educadores.

O programa