Saúde: Uma Compreensão sócio-histórica

01. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, trouxeram diversos problemas no que diz respeito ao âmbito histórico e sociológico. Causaram etnocídios e genocídios envolvendo os indígenas, e um dos fatores se relaciona com as doenças e infecções trazidas para o Brasil. As primeiras ações tomadas pelo Estado foram: a criação de “Institutos de Aposentadoria e Pensão” (IAP), em que existiam vínculos e diferentes atendimentos de acordo com determinadas profissões sociais. Após esse período, no ano de 1966, uma única instituição permanecia: “Instituto Nacional de Previdência Social” (INPS). E no ano de 1974, outro acontecimento marcou a história que foi a instalação do “Instituto Nacional de Assistência Médica de Previdência Social” (INAMPS). Porém, todas essas ações desenvolvidas pelo Estado tinham como foco alcançar objetivos econômicos, sendo que nas instituições havia diferentes tratamentos para as categorias profissionais, por exemplo, na INAMPS em que a saúde não era acessível para todos, pois os que possuíam assistência médica eram os trabalhadores com carteira assinada ou os que possuíam importância profissional, enquanto quem não tivesse a inscrição era encaminhado para instituições de caridade e considerado indigente. Primeiramente, o Estado não estava interessado em proporcionar saúde para todos de maneira igualitária, ambicionavam era a inserção no mercado trabalhista e avanços no setor econômico.

02. O termo “medicina social” utilizado na época que o texto retrata foi atribuído para se referir à saúde coletiva no Brasil, e isso aconteceu devido ao fato dos níveis de saúde e as estruturas que eram destinadas a ela, demonstrarem a organização social e econômica de uma determinada sociedade, pois através do espaço e avanços, é possível estudar sobre a sociedade em questão. E segundo o texto, existe também uma preocupação sociológica e um desejo de ajustar e modificar os processos de saúde, e outro fator se deve aos fatores socioambientais e sociais que tinham como objetivo a prevenção e tratamento de doenças e epidemias.

03. Os princípios norteadores do SUS (Sistema Único de Saúde) são: a universalidade, integridade e equidade. O primeiro garante e defende a ideia de que todos possuem o direito ao acesso a saúde e caso precisem, podem utilizar os serviços destinados a este setor. Integridade que se refere à disposição de serviços para prevenção e curativos e ações contínuas, que são exigidos para diferentes casos. E por fim, o princípio da equidade considerando que todos têm direitos iguais, o que consta também no Código Civil Brasileiro.

04. A sociologia tem grande participação na questão da saúde, pois no Brasil a contribuição sociológica tinha como base o caráter crítico, em que debatiam sobre a dominação de determinadas classes sociais e do capitalismo como um fator central para a organização do país. Além disso, a sociologia reporta e defende a saúde como fonte também de bem-estar social e do corpo físico, e analisa o sistema de saúde para modificá-lo caso seja preciso. A sociologia também oferece para os indivíduos um novo olhar em relação à medicina preventiva e comunitária. E a sociologia participa da saúde, pois os sociólogos têm diversos compromissos e responsabilidades, sendo um dos principais a investigação da realidade