Serviço Social
Pesquisas Acadêmicas: Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 2/12/2013 • 1.058 Palavras (5 Páginas) • 246 Visualizações
De Bret – o artista que pintava com o coração
Jean Baptiste De Bret nasceu em 18 de abril de 1768 em Paris. Por ser um aluno brilhante foi selecionado para cursar engenharia na École Nationale dês Ponts ET Chaussées. Foi pintor, desenhista, engenheiro e professor. Em 1815 Napoleão é derrotado e com esse golpe duro a arte neoclássica perde seu principal pilar de sustentação tanto financeira como ideologicamente. Nessa mesma época De Bret perde seu único filho de dezenove anos, com essa tragédia fica muito abalado. No mesmo período De Bret junto com o arquiteto Grandjean de Montigny foram convidados para participar de uma missão que rumava para a Rússia a pedido do Czar Alexander I da Rússia, Mas, paralelamente uma missão partiria de Paris rumo ao Brasil, De Bret escolheu então o Brasil que junto com um grupo de artistas e artífices fizeram parte da Missão Artística Francesa. Com isso foi introduzido no Brasil o sistema de ensino superior acadêmico. O grupo era liderado por Joachin Lebreton e amparado pelo governo de Dom João VI.
Com a morte de D. Maria I, De Bret é incumbido de retratar o funeral da rainha e a aclamação do novo monarca da corte, isso facilitou sua rápida penetração na Corte Real.
De Bret viveu no Brasil por quinze anos e apesar de ter alegado problemas de saúde, acredita-se que ele queria voltar para a França para rever familiares e organizar o primeiro volume de Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. Em sua obra ele tenta mostrar principalmente para os leitores europeus que o Brasil não era apenas um país exótico e interessante, Ele tenta mostrar com detalhes, beleza e minuciosos cuidados na formação da cultura, do povo e da nação brasileira, questões políticas, a religião e costumes que já tinham adquirido no passado. Apenas um artista como De Bret conseguia enxergar beleza em momentos tão tensos como ele conseguia reproduzir em suas obras.
O estilo da obra de De Bret onde contém textos descritivos acompanhados por imagens não era muito comum entre os artistas que retratavam o Brasil. Sua obra é considerada importante por combinar interesse em retratar o cotidiano com a presença de textos descrevendo as litografias(gravura envolvendo a criação de marcas ou desenhos sobre uma matriz de pedra calcária com um lápis gorduroso).
Ele também se preocupou com o sentido dos textos e as ilustrações contidas no seu trabalho. O uso da palavra pitoresca denota uma precisão, habilidade e talento; características que buscou em suas representações. O livro em estilo almanaque é dividido em três tomos:
O primeiro publicado em 1834 representa os índios, aspectos da mata brasileira.
O segundo publicado em 1835 concentra-se na representação de escravos negros, no pequeno trabalho urbano e nas práticas agrícolas da época.
O terceiro publicado em 1839 trata das cenas do cotidiano, manifestações culturais, festas e tradições populares.
Em Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil observa-se uma forte influência do iluminismo francês. De Bret não se prende a representar batalhas e feitos grandiosos do país, ele representa cenas e características do cotidiano e da sociedade como por exemplo, as casas, ocas dos índios, rostos de pessoas com detalhes para mostrar características do povo brasileiro.Ele também representa o caráter do povo seus costumes, relações de trabalho, ferramentas e utensílios utilizados pelo povo.
De Bret foi um artista de formação neoclássica ,mas observa-se em sua obra alguns detalhes que o identifica como um artista de transição entre o neoclassicismo e o romantismo .
Ao representar os índios como homens fortes, traços bem definidos, em cenas heróicas, são detalhes do neoclassicismo, porém os textos que defende a liberdade de criação, a emoção, o sofrimento amoroso, a religiosidade cristã, a natureza, os temas nacionais e o passado são características do romantismo.
No primeiro tomo de Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, algumas representações indígenas são muito semelhantes com as imagens de uma tribo de índios norte americana feita décadas antes pelo artista naturalista da antiga Prússia, Georg Heinrich Von Langsdorff. Também utensílios e ferramentas representadas por De Bret já se encontravam em museus de História Natural da época, levantando a dúvida se realmente De Bret viajou pelo Brasil ou ele era um plagiador.
Um livro francês relata que depois da abdicação, D. Pedro I e De Bret se encontraram por acaso numa esquina em Paris e trocaram gentilezas. D. Pedro I, civilmente ofereceu sua casa em Paris ao artista que antes o condecorara com a Ordem Militar de Cristo e a quem chamara de homem virtuoso.
Carlota Joaquina – A Princesa do Brasil
O filme Carlota Joaquina nos chama atenção pelos acontecimentos que marcaram a vinda da família real para o Brasil acontecimentos que marcaram de maneira positiva e maneira negativa. Acontecimentos que influenciaram a vida do povo português que do dia para a noite perdeu a proteção da corte e também como ficou a vida do povo brasileiro que agora tinha o rei morando na colônia mais rica de Portugal. Vale à pena destacar quatro cenas relevantes que marcaram a época e vemos reflexos desses acontecimentos nos nosso dia.
A primeira cena em destaque é quando a família real parte às escondidas, com uma frota de trinta e seis navios com aproximadamente quinze mil pessoas a bordo dessas embarcações, Levam consigo ouro, prata, acervos da biblioteca real, tamanha é a preocupação com o tesouro que esquecerão a bagagem de roupa e comida e até da pequena anã que já estava por muito tempo servindo a realeza. Dá para imaginar o desespero da população que estava desprovida da proteção real e quando se ouviram os canhões de Napoleão Bonaparte a família real já estava a caminho do Brasil.
Na nossa sociedade vemos políticos com atitudes semelhantes. Aparentemente preocupados em fazer o bem para a população mais carente, que necessitam de alguém que faça algo que para melhorar as condições dessa população tão fragilizada, mas infelizmente seus atos são em próprio benefício e depois se esquecem de tudo que prometeram. Outro detalhe que é muito comum nos nossos dias é a preocupação com bens materiais e de consumo e deixam de lado os cuidados com a família, a amizade, o bem estar do ser humano.
A segunda cena nos chama atenção por um fato que é muito comum nos nossos dias que é o preconceito. Ao desembarcar na Bahia e depois no Rio de Janeiro fica evidente que
a família real encarava aquelas pessoas como sendo inferiores principalmente por parte
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