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Serviço Social

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Por:   •  6/4/2014  •  2.498 Palavras (10 Páginas)  •  213 Visualizações

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1° Etapa: O filme Tempos Modernos dirigido e atuado por Charles Chaplin no papel principal como um operário, mostra o retrato das adversidades entre a classe trabalhadora e a burguesia num período muito importante da história, marcado pela Revolução industrial. Operários de grandes metalúrgicas eram vítimas da exploração decorrente de extensas jornadas de trabalho de muito cansaço tanto físico quanto mental, para garantir o aumento da produtividade nas fábricas, sem direito a nenhum benefício. As questões sociais vão sendo retratadas no decorrer da história contada no filme como, por exemplo, na falta de moradia, o desemprego, a fome, o trabalho infantil entre outros.

No Brasil é neste cenário de muitos problemas que se inicia o nascimento do serviço social por iniciativa da igreja católica, promovendo movimentos sociais visando à prática da caridade pelos cristãos, sobretudo as mulheres. As primeiras escolas foram sendo constituídas por jovens cristãos e jovens de classe alta, que tinham o intuito de obter uma profissão com remuneração e gratificação pessoal. Essa classe por muito tempo procurou motivar uma profissão com o objetivo de atender as necessidades do próximo.

A igreja católica exerceu uma grande influência no Serviço social, considerando-as questões sociais como um problema moral enxergando o individuo e a família como prioridade na busca de solução de problemas materiais, sociais e morais. Como profissão nota-se, que o Serviço Social trabalha com as relações sociais, como um exercício que auxilia e presta auxílio na tarefa de domínio social e na disseminação do princípio ideológico da classe dominante e a classe trabalhadora.

Em 1930 as instituições sociais e assistenciais passam a ser controladas pelo estado com o objetivo de cuidar e amenizar os problemas sociais. No mesmo ano a industrialização começa a dar sinais de crescimento. Com isso cresce também o fluxo de trabalhadores rurais, rumo às áreas urbanas buscando melhores ofertas de emprego, decorrente da má estruturação agrícola. O setor econômico brasileiro neste período passava por uma fase de crescimento, que acarretou no surgimento de novas indústrias, carentes de mão de obra para prestação de serviços. O ocorrido torna-se um problema para o estado que começa a sofrer pressão por parte da população, que reivindica cuidados básicos tais como saúde, educação, moradia entre outros. Pressionado o estado passa a intervir para estabelecer e controlar uma prática assistencial, visando junto com as classes dominantes exercer um manejo sobre as classes subalternas.

Já em 1937/1945 época da ditadura do Estado Novo, surgiram as instituições de assistência social no Brasil. Dentre elas: Em 1938 CNSS (Conselho Nacional de Serviço Social) tinha o papel de administrar obras de assistência pública e privada. Em 1942 LBA (Legião Brasileira de Assistência) comandada pelas primeiras damas de maneira clientelista, a favor do governo. Anos depois em 1946 nasce o SESI (Serviço Social da indústria) depois do pós-guerra, para atender os trabalhadores da indústria, assim empresários buscavam inserir-se na política de controle social para assegurar seus próprios interesses. No mesmo ano o governo federal cria a Fundação Leão XIII em conjunto com a igreja Católica para cuidar dos mais pobres especialmente “prestar assistência moral, material e religiosa aos habitantes dos morros e favelas do Rio de Janeiro”. A fundação foi a primeira grande instituição do governo voltada a área de “assistência”. Com um olhar amplo a FLXIII percebeu que a só a urbanização não era suficiente, pois havia também a necessidade de socializar prestando serviços de Saúde e Serviço Social. Para promover o resgate de valores morais, materiais e sociais a esta parcela da sociedade criou o CAS (Centros de Ação Social).

Um dos primeiros estudos realizados na área Assistencialista foi o Trabalho de Conclusão de Curso da Assistente Social Maria Hortência do Nascimento e Silva, publicado no ano de 1942 em um livro, com o título Impressões de uma assistente social sobre o trabalho na favela. Neste período surgem os primeiros indícios da importância em pesquisar informações claras sobre a miséria e os meios onde ela esta infiltrada, a partir deste ponto surge à ideia “conhecer para intervir”. Com isso foi possível realizar algum tempo depois outros estudos, por meio de pesquisas observando que o pobre tinha sua imagem ligada a fatores negativos como, por exemplo: a vadiagem, a sujeira e a preguiça mostrando-se evidente a necessidade da atuação do Serviço Social junto a estes para tentar de alguma maneira, suprir as carências estruturais, sendo ela tanto material ou assistencial, vivendo assim com a pobreza, e o analfabetismo, considerados os principais fatores da marginalização.

No governo do então presidente da república Juscelino Kubitschek na década de 1950 as instituições de assistência, transformam-se em ferramentas de veículo para políticas sociais com formas claramente assistencialistas. Quatro anos depois por causa da ditadura militar o regime político sofreu com mudanças diminuindo, recursos das instituições com um principio partindo da ideia “deixar o bolo crescer para depois repartir”. A classe trabalhadora seguia cada vez mais pobre, mesmo com o crescimento da economia.

Em 1970 instituições como LBA ganham força no cenário da área assistencial sobre a influência da politica desenvolvimentista, burocrática e “modernizada”. Na década de 1980 em decorrência do desastre na economia cresce os índices de miséria, desnutrição e mortalidade infantil, com isso as instituições começam a desenvolver programas para atender as necessidades da população em forma de benefícios.

De acordo com a Constituição Federal brasileira criada em 1988 a Assistência Social passa a ser tratada como Política de Seguridade Social, transformando-se em direito do cidadão estabelecido por lei e não visto como caridade, das entidades filantrópicas ou mero favor do estado. Contudo somente em 1993 nota-se a falta de interesse do estado com a área de assistência. Com o fim do Ministério do Bem Estar Social e da LBA em 1995 surgi o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), em parceria com a (SNAS) Secretaria Nacional de Assistência Social. Ainda no mesmo ano as políticas de assistência ganham os primeiros sinais de mudança, para começarem a ser tratadas como direito e não como favor na primeira Conferência Nacional de Assistência Social realizada em Brasília com a participação da sociedade.

Em 1996 a Lei Orgânica da Assistência conhecida como (LOAS) prever beneficiar os idosos, portadores de deficiência, criança e adolescentes com a implantação de benefícios. Estados e municípios

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