Serviço Social
Artigo: Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: decris • 12/5/2014 • 1.387 Palavras (6 Páginas) • 494 Visualizações
INTRODUÇÃO
A pesquisa e produção textual a seguir foi realizada tendo como objetivo refletir sobre as mudanças ocorridas na questão social desde o surgimento do Serviço Social até a atualidade.
Originalmente, a questão social foi constituída em torno das transformações econômicas, políticas e sociais ocorridas na Europa do Século XIX, devidas à industrialização. Inicialmente essa questão foi levantada quando com a tomada de consciência da sociedade, ou parte dela, dos problemas decorrentes do trabalho urbano e da pauperização como fenômeno social. Hoje a “questão social” é a expressão das desigualdades e lutas sociais em suas múltiplas manifestações e todos os segmentos sociais envolvidos (trabalhadores e desprotegidos)
Partindo do princípio da desigualdade social desta época, veremos que devido a mesma se expressar de diferentes formas, algumas sociedades decidam intervir, surgindo aí conflitos diretos com autoridades diretas.
Com isso, refletiremos sobre as mudanças em curso das refrações da questão social no passado extrapolando no contexto da atualidade.
“O objeto do Serviço Social, de uma perspectiva histórica, passa para a discussão das relações de poder e saber, aprofundando o olhar crítico do contexto em mudança” (PELLIZZER, 2008, p. 28).
Surgimento do Serviço Social
No país, a proposta inicial das Políticas Sociais era uma tentativa de suprir as necessidades e as reivindicações da classe trabalhadora e de diminuir as expressões da Questão Social. Segundo Iamamoto, a expressão “questão social”
“diz respeito ao conjunto das expressões das desigualdades sociais
engendradas na sociedade capitalista madura, impensáveis sem a
intermediação do Estado. Tem sua gênese no caráter coletivo da
produção, contraposto à apropriação privada da própria atividade
humana – o trabalho –, das condições necessárias à sua realização,
assim como de seus frutos” (2001, p.10).
Inicialmente, o Serviço Social se apresenta envolvido com os interesses da classe dominante, mas, antagonicamente, também está sujeito à classe subalterna sendo o mediador entre ambas as classes. A contradição é uma característica presente em países industrializados assim como os altos índices de pauperismo na zona urbana. Por volta da década de 30, começa no Brasil uma urbanização crescente, e as contradições da industrialização fazem surgir as lutas reivindicativas, a classe trabalhadora passa a se organizar resultando na hostilidade do outro grupo. Diante desta situação as formas de assistência até então utilizadas já não respondiam às necessidades emergentes da época, sendo necessário um Serviço Social institucionalizado, com fundamentos em conhecimentos técnicos e não apenas com boas intenções.
Neste momento, nasce através do papel pacificador por parte do Estado, a institucionalização do Serviço Social que, movido pelas profundas alterações sociais através do processo de transição do modelo agrário-comercial para o modelo industrial, atua frente à "questão social" que é apresentada diante de todos, e, segundo Iamamoto (2004, p. 18) "o debate sobre a 'questão social' atravessa toda a sociedade e obriga o Estado, as frações dominantes e a Igreja a se posicionarem diante dela".
Sindicatos e movimentos sociais avançam neste momento na luta por direitos da classe trabalhadora, onde segundo Gohn (2003) ocorreram no meio urbano, surgindo novas categorias de luta. Então, o Estado responde a essa questão social como questão de polícia, presente na repressão geral. Além disso, as empresas começam a oferecer uma assistência (precária) aos operários, através de ambulatórios, creches, incluindo outros.
Serviço Social na Contemporaneidade
Hoje vivemos em uma sociedade civil mais organizada, onde se consegue ampliar suas responsabilidades e atividades de acordo com as “demandas”, e esta mesma sociedade o faz principalmente por meio de diversos tipos de organizações, como entidades profissionais, setores de igrejas, sindicatos, partidos, ONG’s e outros tipos de organizações.
A exclusão econômica e social no Brasil deste século pode nos deixar pessimistas com relação ao futuro do mesmo, e num plano geral, há razões que nos obrigam a privilegiar a análise da pobreza e da exclusão como algumas das “novas” resultantes da questão social que permeiam a vida das classes subalternas em nossa sociedade.
Aliás, podemos pontuar aqui algumas “novas” resultantes da questão social. Um exemplo brutal é em relação ao preconceito, seja ele quanto a mulheres trabalharem; contra o deficiente, o negro, enfim. São várias questões envolvendo esse assunto, mas o principal é o porque dessa mentalidade permanecer até os dias de hoje. Acredito que neste século conseguiremos gerar uma sociedade mais preparada a lidar com essas mentalidades. A desigualdade social no Brasil origina vários problemas como o desemprego, sequestros, violência, problemas que causam desequilíbrios no clima político e social brasileiro.
O grande desafio é que alguns problemas como desigualdades sociais e injustiças são muitas vezes tolerados e ignorados porque não representam uma ameaça direta ao poder político. Por outro lado, os homicídios e sequestros, por representarem ameaças ao poder, recebem uma intervenção por parte do governo. É por esse motivo que a questão social representa uma área que precisa evoluir bastante no Brasil.
Como a questão social se manifesta na vida cotidiana de nossa sociedade, é de suma importância uma atitude crítica de toda a sociedade juntamente com os profissionais de Serviço Social, para amenizar os reflexos
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