Serviço Social

Nessa época profundas mudanças sociais e econômicas advindas com o golpe militar impulsionaram o Serviço Social a se colocar como profissão capaz de atender às novas particularidades oriundas da “modernização conservadora” e da reorganização do Estado. Essas mudanças repercutiram sensivelmente no Serviço Social e começam a produzir alterações substanciais na prática profissional.

É a partir deste Serviço Social refuncionalizado pelos imperativos Socioeconômicos que, inicialmente, pretendemos sinalizar a influência que operou a teoria marxista no interior da profissão, uma vez que contribuiu para a superação da perspectiva inicial – atenuar as complexas relações entre capital e trabalho, normalmente funcionais ao capital – transpondo-a para uma prática que priorizasse o usuário.

Tendo em vista que a influência exercida pelo marxismo no Serviço Social é

Considerável, prender-nos-emos, ao transcurso histórico da profissão compreendido entre o início da década de 1960 ao final dos anos 1980, por ser justamente neste período que se dão os grandes embates no interior da profissão e a apropriação da teoria original de Marx e dos marxistas.

Novas perspectivas emergem no seio profissional, passando a travar lutas para dar o tom da renovação. Dentre elas, três assumem relevante destaque: a Perspectiva Modernizadora, a Perspectiva de Reatualizarão do Conservadorismo e a Perspectiva de Intenção de Ruptura. Se na década de 1980 já se visualiza um Serviço Social renovado, distante mesmo dos padrões exercidos pelo Serviço Social tradicional, foi na década anterior que essas três perspectivas tentaram se impor, a fim de se consolidar e dar a tônica à nova face do Serviço Social brasileiro, sempre destacando a influência do Marxismo neste processo. Demonstrar que, neste período, essa aproximação favoreceu um Ascenso progressista da profissão, cuja diretriz volta-se para a emancipação humana, a defesa intransigente dos direitos humanos, a liberdade, a eqüidade social e a justiça social.